da Folha
por Laura Carvalho
O presidente interino, Michel Temer, ao comunicar o afastamento de Romero Jucá do seu ministério, registrou “o trabalho competente e a dedicação do ministro Jucá no correto diagnóstico de nossa crise financeira e na excepcional formulação de medidas (…) para a correção do deficit fiscal e da retomada do crescimento da economia”.
O pacto confessado por Jucá na gravação de Sérgio Machado, cujo conteúdo foi divulgado nesta Folha na segunda-feira (23), não deve conseguir nem uma coisa nem outra. Em vez de técnicos notáveis, fica claro que quem manda na economia do governo provisório são os políticos. E que políticos! Temer esclarece, aliás, que Jucá continuará dando as cartas desde o Senado.
A redução da meta fiscal para um deficit de R$ 170,5 bilhões em 2016 apresentada pelo ex-ministro interino –que teve muito mais tempo para planejar o golpe do que o Orçamento deste ano– difere da proposta de R$ 96,7 bilhões do ministro Nelson Barbosa ao prever menor contingenciamento de despesas e nenhuma nova fonte de receita.
Laura Carvalho é professora do Departamento de Economia da FEA-USP com doutorado na New School for Social Research (NYC).
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
BNDES
Desculpem repetir o mesmo comentário que escrevi em um post anterior, mas gostaria de tirar uma dúvida.
esse dinheiro do tesouro que foi emprestado ao BNDES já não consta no passivo do Banco? E se ele estivesse quebrado, não teria dado prezuízo (banco divulgou lucro em 2016)
sou funcionária do BB, gerente de PJ e sou constantemente questionada por diretores de grandes empresas sobre a volta do PSI e de outros excelentes programas do BNDES, por isso não consegui compreender o que o Mirelles quis dizer com “ativo ocioso” do BNDES. Acho, inclusive, que esses programas com juros baixos são excelentes para retomarmos os investimentos das empresas.