Volatilidade do dólar pode mudar frequência de reajustes da Petrobras, diz Parente

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Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
 
Jornal GGN – A política de reajustes dos preços dos combustíveis adotada pela Petrobras poderá deixar de ser mensal devido à volatilidade do dólar e do preço do petróleo, afirmou o presidente da estatal, Pedro Parente. 
 
“A volatilidade do preço do petróleo e do câmbio, isso varia todo dia. E a gente está fazendo [os reajustes no preço dos combustíveis] uma vez por mês. Essa diferença é que estamos pensando como pode aproximar mais isso”, disse Parente nesta terça-feira (13), afirmando também que os reajustes mensais não são uma questão “bem resolvida” dentro da empresa. 
 
No começo deste mês, a companhia informou em documento ao mercado que poderia tornar os reajustes mais frequentes, o que faria com que a Petrobras tenha uma resposta mais imediata em casos de desvalorização cambial. 

 
Após as delações dos executivos da J&F, que controla o frigorífico JBS, a crise política tem provocado uma maior volatilidade do dólar, que chegou a subir mais de 9% após as revelações que envolvem o presidente Michel Temer. 
 
Apesar da possibilidade de mudança, Parente disse que não há nenhuma decisão sobre a frequência dos reajustes. Ele também afirmou que a questão ainda está sendo debatida pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP), criado em sua gestão. 
 
A Petrobras adotou a política de preços com reajuste mensal em outubro do ano passado, e, no último ajuste, a empresa diminuiu o preço médio da gasolina nas refinarias em 5,4% e, o do diesel, em 3,5%.
 
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Redação

2 Comentários

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  1. Comentário.

    É a mão do Pedro Parente, que decidiu pela política (sic) de variação de preços não apenas em relação ao dólar, mas também às variações do preço do óleo no mercado.

    Significa que o país deixa de administrar a produção e os preços de acordo com o gosto do mercado.

    Quer dizer, Pedro Parente e a camarilha do golpe finge que não aconteceu uma crise do petróleo lá na década de 1970 e que não se acumulou experiência geopolítica, sobre a dinâmica econômica e processos técnicos que impedissem a fragilização do país desde então.

    Uma política (sic) que se complementa com venda de refinarias a preço de banana, diminuindo a capacidade de produção com valor agregado, descapitaliza o país.

  2. das coisas mais estúpidas que já vi na vida

    “A volatilidade do preço do petróleo e do câmbio, isso varia todo dia. E a gente está fazendo [os reajustes no preço dos combustíveis] uma vez por mês. Essa diferença é que estamos pensando como pode aproximar mais isso”

    Agora me diz, não podia fazer isso uma vez a cada dois meses? ou cada seis meses? ou, como nos balanços empresariais, a cada 3 meses?

    Ora, fixe um preço da gasolina logo após um balanço trimestral.  Se ao final do trimestre o preço da gasolina estiver muito acima do razoável, dado um eventual comportamento baixista do preço do petróleo e do câmbio durante o trimestre, o balanço vai registrar altas margens de lucro com a venda de gasolina. Então, se a empresa entender que deve, após o balanço do trimestre em pauta, reduzir as margens, ela reduz o preço da gasolina. Se, ao final do próximo trimestre, o petróleo e o dólar variarem substancialmente para cima, no próximo balanço, será acusado uma redução de margens, ou até em eventual prejuízo. Então a Petrobras pode aumentar o preço da gasolina.

    Simples e criterioso. E todo o mercado fica sabendo que a Petrobras ajusta o preço da gasolina trimestralmente, de acordo com o que dizem os números. Ou seja, dá previsibilidade ao processo.

    Agora, esta brincadeira da Petrobras fingir que está num mercado competitivo e ficar reajustando todo mês, ou agora a cada 15 dias o preço, só prejudica o consumidor: quando a gasolina sobe na refinaria, imediatamente sobe na bomba. Já quando o preço na refinaria cai, o preço na bomba não cai, ou cai mas demora (histerese)…

    E resulta que nenhum consumidor sabe mais o preço “justo” da gasolina na bomba, já que ninguém nem sabe mais se a Petrobras aumentou a gasolina num mês, mas depois reduziu no outro, ou seja, é um samba do crioulo doido.

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