Marchinhas, a alma do Carnaval
por Carlos Motta
As marchinhas, que me perdoem o samba, o samba-enredo, o frevo, o axé e que tais, são a alma do Carnaval brasileiro.
Os maiores compositores populares do Brasil têm marchinhas em seu currículo. Alguns deles, como Lamartine Babo e Braguinha (o João de Barro), ficaram conhecidos pelas suas marchinhas, embora tenham feito também lindos sambas.
No caso do gênio Noel Rosa aconteceu o contrário: ele ficou conhecido pelos seus sambas, mas também compôs marchinhas imortais.
A relação a seguir aponta 23 marchinhas das mais tocadas até hoje no Carnaval – e três marchas-rancho, a irmã dolente, preguiçosa, da marchinha.
Os mais velhos certamente conhecem todas. Os mais jovens fariam bem em ouvi-las.
https://www.youtube.com/watch?v=QGr3uIRCfMA&t=14s
“Ô Abre-Alas” (Chiquinha Gonzaga, 1899)
“Pra Você Gostar de Mim” (Joubert de Carvalho, 1930)
“O Teu Cabelo Não Nega” (Lamartine Babo e Irmãos Valença”, 1932)
“Linda Morena” (Lamartine Babo, 1933)
“Linha Loirinha” (Braguinha, 1933)
“Cidade Maravilhosa” (André Filho, 1934)
“Pierrô Apaixonado” (Noel Rosa e Heitor dos Prazeres, 1936)
“Mamãe eu Quero” (Jararaca e Vicente Paiva, 1937)
“As Pastorinhas” (Noel Rosa e Braguinha, 1938)
“Touradas em Madri” (Alberto Ribeiro e Braguinha, 1938)
“Jardineira” (Benedito Lacerda e Humberto Porto, 1939)
“Hino do Carnaval Brasileiro” (Lamartine Babo, 1939)
“Aurora” (Roberto Riberti e Mário Lago, 1940)
“Alá-lá Ô” (Haroldo Lobo e Nássara, 1941)
“Chiquita Bacana” (Braguinha e Alberto Ribeiro, 1949)
“Sassaricando” (Luiz Antônio, Oldemar Magalhães e Zé Mário, 1952)
“Saca Rolha” (Zé da Zilda, Zilda do Zé e Valdir Machado, 1953)
“Cachaça” (Mirabeau, Lúcio de Castro e Heber Lobato, 1953)
“A Turma do Funil” (Mirabeau, M. de Oliveira e Urgel de Castro, 1956)
“Me dá um Dinheiro aí” (Homero Ferreira, Ivan Ferreira e Glauco Ferreira, 1960)
“Cabeleira do Zezé” (João Roberto Kelly e Roberto Faissal, 1964)
“Mulata Iê-Iê-Iê” (João Roberto Kelly, 1965)
“Máscara Negra” (Zé Kéti e Hildebrando Pereira Matos, 1967)
“Transplante Corintiano” (Manoel Ferreira, Ruth Amaral e Gentil Junior, 1968)
“Bandeira Branca” (Laércio Alves e Max Nunes, 1970)
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Linda morena, linda morena. Morena que me faz penar…
Eu também sou das marchinhas. O carnaval na minha cidade era mais em clubles e com isso muitas marchinhas. A gente brincava tanto… E nem estou falando do “tempo dos bons tempos”. Estou lembando dos anos 80, e isso foi ontem, logo ali, porém ficou para tras em defitinivo.
Nao está na relação a maior
Nao está na relação a maior de todos os tempos, que é Máscara Negra (Zé Keti e Pereira Matos).