O sinistro e estranho encontro com Jair Bolsonaro

Sugerido por Tamára Baranov – Rio Claro/SP

Stephen Fry entrevista Jair Bolsonaro, vergonha nacional

(Stephen Fry no Brasil. Foto: divulgação/BBC)

“Um dos mais estranhos e sinistros encontros que já tive na vida”: assim o famoso comediante inglês Stephen Fry define a entrevista que fez com o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) para seu documentário Out There, atualmente em exibição pela BBC no Reino Unido. No documentário, Fry mostra como  a homofobia avança em várias partes do mundo. Infelizmente, para nossa vergonha, o Brasil aparece ao lado de Uganda e Rússia como um dos países onde existem políticos e líderes religiosos que perseguem homossexuais.

Fry, que é gay assumido, chegou a tentar o suicídio durante as filmagens, certamente deprimido com o que presenciou. “Ver tanta ignorância, brutalidade, estupidez e horror não ajudou”, reconheceu. No encontro com Bolsonaro, o comediante conta que se concentrou para não perder a calma diante dos absurdos que ouviu. “Nenhum pai tem orgulho de ter um filho gay”, afirma o deputado, atribuindo as agressões a homossexuais em nosso país ao uso de drogas e à prostituição. “Mas não há razão para clamor, não existe homofobia no Brasil”, dispara, antes de cair na gargalhada.

(Parêntese: não adianta se irritar: o único jeito de se livrar de figuras como Bolsonaro é não votando nele. Espalhe essa ideia.)

Assista o trecho do documentário, com legendas em português, onde Stephen Fry entrevista a mãe de Alexandre Ivo, garoto carioca de 14 anos assassinado em 2010 por skinheads, e Jair Bolsonaro. Íntegra de Out There aqui (sem legendas).

http://socialistamorena.cartacapital.com.br/stephen-fry-entrevista-jair-bolsonaro-vergonha-nacional/

http://www.youtube.com/watch?v=9TiqyO5JQZs

Redação

10 Comentários

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  1. (Parêntese: não adianta se

    (Parêntese: não adianta se irritar: o único jeito de se livrar de figuras como Bolsonaro é não votando nele. Espalhe essa ideia.)

      Não, o único jeito é não falar sobre ele. E os gays só fazem o contrário. Só falam dele…não falam nada sobre o tal do Jeal willis. 

    1. Athos,
      Fala-se nele para

      Athos,

      Fala-se nele para combater suas ideias, como essa proposta absurda e estupida de orgulho heterossexual. Eh claro que o que ele procura são os holofotes e assim, graças aos sem noção da vida, tornar-se deputado ad eternum. 

      1. Mas, felizmente…

        O público-alvo para esse discurso não cresce.

        A estratégia dele é de se manter em evidência e continuará conseguindo se eleger deputado.

        Mas nisso absorverá votos que seriam de outros deputados.

  2. Deus do céu!

    Onde é que a gente enfia a cara ? Stephen Fry fica tão perplexo com a ignorância de Bolsonaro, que evita a todo custo cair na gargalhada. E o caso do menino Alexandre é chocante e grotesco. Nenhum processo ?

    Fry ja tentou suicidio, pelo que ja li, ao menos uma outra vez, ha muitos anos, por causa de sua homossexualidade. Eh claro que ele busca esclarecer essa questão, que nem ele nem nos poderemos ver plenamente na sociedade dos dias de hoje. Pois como ele diz ao final da passagem pelo Brasil, so a educação e cultura farão as pessoas viverem melhor as diferenças. E entender de ondem vem e para onde vão. 

    1. Foi tão triste o caso que se

      Foi tão triste o caso que se propõe o nome de Alexandre Ivo para o dia em que o PLC 122/06 (inclusão de orientação sexual na lei 7716/89) for sancionado.

      Segundo pesquisa do Datasenado em 10/2012, esse e outros episódios são conhecidos e 77% da população apoia o PLC 122/06.

      Mas o Senado não o votou quando devia, em nov./2009, para evitar justamente a aprovação (com vistas à coligação definida em 05/2010.)

      E não o recolocou em votação depois para não atrapalhar a coligação de 2014 e o tempo de TV.

      E projetos apoiados pela OEA e Unesco, que poderiam melhorar as condições para as novas gerações, como o Escola sem Homofobia e as cartilhas de educação sexual do Min. da Saúde, foram simplesmente revogados sem previsão de retorno.

      E os colegas no blog ainda imaginam ser possível defender esse “estado de coisas” em nome de “realpolitik”.

      Enquanto as coisas forem assim, sou inequivocamente oposição.

       

  3. O Capitão

       Esta pessoa é um tremendo de um marketeiro, que desde sempre em sua carreira politica, encontrou, agora junto com seu filho, um nicho de eleitores entre os desiludidos militares do Rio de Janeiro, suas esposas e familias, os “velhinhos” dos Clubes Militares do RJ sempre fazem campanha para este “impedido”.

        Este rapaz, de origem um fracassado na carreira militar ( reprovou na ECEME ), resolveu ser um sindicalista da “tropa” (decada de 80) para esconder sua derrota em uma futura promoção, e abraçando convenientemente valores afeitos a extrema direita mais retrograda, tornou-se politico.

         Jair Bolsonaro, ex-capitão do exército, foi tão baixo na carreira de origem, tornou-se um “IMPEDIDO”.

  4. Vergonha Carioca

    Vergonha nacional e vergonha carioca, pois é eleito pelo rio de janeiro. Infelizmente há estúpidos que pensam como ele, senão não seria eleito.

  5. Bolsonaro fez o que pode para

    Bolsonaro fez o que pode para ocultar um estrupo acontecido muito perto dele. Fui sua vizinha num prédio na Tijuca, RJ, e lembro muito bem dos fatos que envolveram o Príncipe dos homofóbicos. Ou seja, heterossexuais agressores são benvindos.

    Sua guerra contra homossexuais é uma das coisas mais odiosas que se pode ver no Brasil hoje. Dele e daquela corja evangélica liderada por Malafaias e Felicianos da vida. Mas um dia serão varridos do mapa.

  6. CONDOLÊNCIAS

    Minhas profundas condolências à família do garoto, e a todas as famílias que perdem seus entes por conta da violência . Não tenho o que dizer aos homossexuais , afinal  apenas  estes sabem do que pensam/sonham/sentem, entretanto uma verdade seja dita: Nunca vi ou soube de uma pai ou mãe que durante a espera pelo seu bebê tenha se orgulhado e idealizado: “Aí vem meu bebê, espero que ele/ela seja um(a) grande homossexual!!”. Podem dizer que o processo de educar a sociedade é que vai mudar estas expressões, mas…não seria ir longe demais tentar mexer numa coisa dessas? Por mais que se discuta e/ou se compare homens com animais: Há machos e há fêmeas, e só!

    Minhas profundas condolências a todos que morrem e que matam por motivações desta ordem…realmente uma lástima!! 

    Nenhum humano pode julgar ao outro e decidir por lhe retirar a vida.

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