“Melhor que tivessem ficado caladas”, diz Kennedy Alencar a associações que negam suicídio de reitor

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
 
Jornal GGN – O jornalista Kennedy Alencar publicou artigo nesta terça (10) criticando a postura de seis entidades de classe que representam setores que atuam na operação Ouvidos Moucos. Em nota, essas instituições disseram que a morte do reitor da UFSC, Luiz Carlos Concellier, foi uma “tragédia pessoal” que não deveria ser explorada por grupos que consideram o suicídio decorrência do abuso de autoridade.
 
“A reação de Cancellier foi a de alguém que se sentiu injustamente acusado e envergonhado pelo episódio ao qual foi submetido”, disse Kennedy. “Melhor que as seis entidades tivessem ficado caladas. Elas deveriam usar esse caso para fazer uma autocrítica a respeito de eventuais abusos e linchamentos públicos. Realizam operações e dão entrevistas no dia seguinte fazendo um julgamento sumário dos acusados. Será que não valeria uma reflexão para saber se algum erro foi cometido?”, disparou.
 
Por Kennedy Alencar
 
Morte de Cancellier simboliza abuso de investigadores e julgadores
 
Seis entidades que representam servidores públicos que atuam na Operação Ouvidos Moucos divulgaram nota ontem a respeito do suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
 
Essas entidades criticaram o que seria o uso de uma “tragédia pessoal” para “manipular a opinião pública”. A Operação Ouvidos Moucos investiga suposta irregularidades na concessão de bolsas de ensino à distância. A nota é uma reação às críticas de políticos, jornalistas, acadêmicos e amigos de Cancellier.
 
Cancellier foi obviamente vítima de um abuso de investigação da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça. Foi preso num dia e solto no seguinte. Negou as acusações. Mas foi afastado da universidade. Matou-se na segunda-feira da semana passada, deixando um bilhete no qual disse que a sua morte foi decretada pelo banimento da universidade.
 
A reação de Cancellier foi a de alguém que se sentiu injustamente acusado e envergonhado pelo episódio ao qual foi submetido. A nota das entidades afirma: “Uma tragédia pessoal não deveria ser utilizada para manipular a opinião pública, razão pela qual as autoridades públicas em questão, em respeito ao investigado e à sua família, recusam-se a participar de um debate nessas condições”. Ora, a nota participa do debate dando lição de moral e ética.
 
Melhor que as seis entidades tivessem ficado caladas. Elas deveriam usar esse caso para fazer uma autocrítica a respeito de eventuais abusos e linchamentos públicos. Realizam operações e dão entrevistas no dia seguinte fazendo um julgamento sumário dos acusados. Será que não valeria uma reflexão para saber se algum erro foi cometido?
 
Mas as entidades acusam quem está criticando a forma como a Operação Ouvidos Moucos foi feita de tirar proveito “de uma tragédia para fins políticos”. O reitor saltou do quinto andar no vão de um shopping em Florianópolis. Políticos, acadêmicos e jornalistas e amigos de Cancellier têm todo o direito de questionar publicamente os métodos e as decisões da Operação Ouvidos Moucos.
 
As entidades que assinam a nota formam a nata da alta burocracia do país e de Santa Catarina. São elas: a Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), a ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), a ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), a Ajufesc (Associação dos Juízes Federais de Santa Catarina), a Unacon (Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle) e o Fonacate (Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado).
 
Se essas entidades realmente lamentam a morte do reitor, como escreveram, deveriam buscar descobrir quais foram os seus erros e não agir de forma arrogante, dizendo que há tentativa de manipulação da opinião pública.
 
Quando cometem abusos, dizem que os críticos defendem a corrupção. Quando defendem privilégios, como salários acima do teto constitucional, fazem campanha na TV dizendo-se perseguidas injustamente.
 
Esses funcionários públicos têm poder demais para usá-lo sem questionamentos da sociedade. Não gostam de controle externo, algo necessário numa democracia. A imprensa, que tem o dever de ser crítica do poder, de fiscalizar os políticos, deve ter a mesma atitude em relação a policiais, promotores e juízes. O jornalismo não pode ser correia de transmissão da polícia nem do Ministério Público e tampouco do Judiciário.
 
A morte de Cancellier é um símbolo do abuso e da arrogância desses supostos cavaleiros do combate à corrupção. Diante da morte de uma pessoa, recorrem ao velho truque de que críticas são tentativa de manipular a opinião. Ora, a nota dessas entidades é uma vergonhosa tentativa de manipular a opinião pública.
 
Afinal, houve o suicídio de um acusado. Deveria ser um fato suficiente para que investigadores e julgadores reavaliassem a correção das suas condutas. Um pouco de autocrítica não faz mal a ninguém, inclusive a nós, jornalistas. A morte de Cancellier simboliza a reação de um injustiçado. É isso o que mais importa nesse triste episódio.
 
Continue lendo aqui.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

26 Comentários

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  1. Esses Pulhas lavam as mãos mas suas almas continuam sebosas

    Os Pulhas dessas Associações lavam suas mãos mas suas almas continuam sebosas.

    E a gente fazendo contas pro dia que vai chegar

  2. A vanguarda do atraso reunida
    A vanguarda do atraso reunida em seis entidades cuja razão de ser é a defesa dos interesses de seus associados.

  3. O desejo de apagar o cara do

    O desejo de apagar o cara do curso da historia eh tamanho que ate agora NINGUEM desejou entrevistar qualquer pessoa da familia do reitor…

    1. Estão tentando abafar o caso

      Estão tentando abafar o caso de qualquer jeito.

      Ainda não vi ninguém tentar entrevistar a tal delegada celebridade.

      O que custa ao menos entrar em contato/

      O que custa ao menos tentar e, com a provável recusa ou não retorno, registrar que entraram em contato com ela mas não obtiveram resposta?

      E o pivô do caso, o tal “corregedor”? Ninguém foi atrás dele também?

  4. Vejam o caso de Maria de

    Vejam o caso de Maria de Cavalho Nóbrega abaixo. Foi abuso de autoridade e homicído doloso qualificado:

     

    http://esquerdadiario.com.br/Vitima-de-agressao-policial-morre-em-hospital-no-Meier

     

    Vítima de agressão policial morre em hospital no Méier

     

    Marisa de Carvalho Nóbrega, 48 anos, recebeu uma coronhada de um fuzil da Polícia Militar, e morreu no dia de ontem no Hospital Salgado Filho, no Méier. Marisa é mais uma vítima da violência da polícia racista do Rio de Janeiro.

    A agressão ocorreu na Cidade de Deus, favela da zona oeste do Rio em que o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) fazia mais uma de suas operações sanguinárias.

    Policiais do Bope abordaram o filho de Marisa, de 17 anos, afirmando que ele estava “bem vestido” e por isso deveria ser um traficante. O filho dela estava com a namorada e começou a ser agredido pelos policiais. A família interviu assim que ficou sabendo, e o BOPE terminou agredindo a todos.

    Marisa Nóbrega recebe uma coronhada de fuzil na cabeça e não resistiu, tendo falecido no hospital na manhã do dia de ontem (09).

    Marisa é mais uma mãe negra vítima da polícia polícia racista que assassina os jovens negros na favela diariamente e condena as mães à chorar pela morte de seus filhos. Marisa não aceitou e lutou contra esta realidade, por isso a polícia tirou a sua vida. Basta de mortes de negros e pobres pela polícia, punição imediata aos policiais que devem ser julgados por juris populares compostos por membros da comunidade!

     

  5. Kennedy matou a pau nesse

    Kennedy matou a pau nesse texto. Não há como negar que houve abuso. Mesmo que venha a se provar que o reitor quisesse abafar a investigação, seja por querer preservar a imagem da UFSC, ou outro motivo qualquer. É bom já ir avisando a esses caras

    O que fizeram com ele só se explica, e olhe lá, se se tratasse de um assassino pego em flagrante. Um estuprador, sequestrador, por aí, um meliante da alta pericolosidade. Nem para o Aécio, eu desejo tal tratamento.

    Se pensaram que fazendo isso com um cidadão de classe média com curso superior, um reitor, provariam ser implacáveis contra criminosos poderosos, deram um tiro no pé. Mostraram apenas ser “democraticos” em sua truculência fascista descontrolada.

    Democráticos sim, “mas não rasgam dinheiro”. Agora mesmo há uma suspeita de que o Merval deu uma palestra fraudulenta no Senac-RJ. Os implacáveis tem coragem de dazer o mesmo com o funcionário padrão dos Marinho?

  6. Demonstração de poder e defesa de interesses.

    Quando uma instituição pública cujos membros tem um poder outorgado pela população que os paga , vem em conjunto a público afirmar que qualquer cŕitica é uma manipulação , é sinal de que usurparam um poder que não tem de direito  ou não deveriam ter. E que usurpando o termo justiça, dizem que qualquer ataque ou crítica é uma critica à justiça, esta sem duvida manipulando a opinião publica.

    Os mesmos que abusam do convívio promíscuo com uma imprensa. Os mesmo  que vivem de entrevistas coletivas, ou de vazamentos, que pretendem tomar o lugar das provas e da investigação. Os mesmos que decidem prisões  e conduções coercitivas, sem amparo da lei, mas apenas porque dizem que facilita o próprio trabalho. Que dizem que sem a supressão de direitos de cidadão, não conseguem fazer o seu serviço.   E que a todo momento lançam informações falsas, como neste caso, quando lançaram para o mundo uma quantia de 80 milhões, não podem acusar ninguém de manipulação .

  7. Não bastasse a sordidez da nota, fazem uma propaganda criminosa

    Não bastasse a sordidez da nota, fazem uma propaganda criminosa

    A AJUFE – associação de juízes federais -, não bastasse a nota conjunta com seus colegas nas outras instituições – o mesmo time, como vergonhosamente costumam dizer e se orgulhar -, ainda produz uma propaganda afrontosa, sórdida e criminosa, para, mais uma vez, tentar encobrir o corpo de delito, o cadáver do reitor Cancellier, morto por culpa da irresponsabilidade e do abuso de poder de cretinos filiados.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=TL8Ge0O_Zxs%5D

    1. Propagandas
      Estarrecedor o tom da peça publicitária divulgada pelo Francisco de Assis. Nota-se claramente o discurso de convencimento linha reta nos moldes fascistas, que não admite mediação no caminho da “verdade” que o interessa. Um discurso ahistorico que passa ao largo das contradições sociais nas quais o judiciário é personagem repleto de ambiguidades.

      Pois bem, aqui em Brasília, por cerca de duas semanas, recentemente, os espectadores da rede Globo foram brindados com propaganda em horário nobre, na qual a peça supostamente educativa, de autoria do MPDF se ocupava ensinar o povo a manter as ruas limpas. A mensagem subliminar era de que o povo sequer tem a noção mínima de higiene cívica.

      Qual o objetivo do MPDF em tal desvio de suas atribuições constitucionais?

      A intuição me diz que aí tem maracutaia com recursos públicos utilizados como moeda de troca junto ah Vênus Platinada.

      Sugiro algum jornalista investigativo do GNN pautar esse assunto.

  8. O episódio do suicidio do

    O episódio do suicidio do reitor Cancelier demonstra que a doença que arruina a sociedade brasileira é devastadora. Agentes do estado que até agora atuavam exterminando “inimigos ideológicos” começaram a se voltar para seus pares ideológicos tal o poder com que atuam sem freios do estado. Cancelier votou no Aécio, foi a favor do impeachment, era fã do juiz Moro e se dava bem com o ministro da Educação do governo golpista. Poderia perfeitamente estar no facebook da delegada, do procurador ou da juiza que o prendeu abusivamente e o submeteu a humilhações torturantes.

    Mas o mais grave e patológico do estado policial em que vivemos é a total ausência de culpa dos algozes. A manifestação em conjunto do judiciário, ministério público e policia federal demonstra isso. Se lermos Dostoievski, o mais perfeito escritor que descreveu a alma humana, teremos descrito um homem que peca, que erra mas que se pune. Ou seja, um homem com formação cristã e humanitária. É o homem russo pré-revolução bolchevique.  Os algozes atuais da sociedade brasileira, além de deter o poder de repressão do estado, não demostram culpa das tragédias que causam. Ainda não atingiram o estágio da civilização judaica cristã ou em termos juridicos, não chegaram à Revolução Francesa.

    E o mais doentio: uma grande parcela da sociedade brasileira os apoia. Somos definitivamente um país bárbaro.

    1. Se as posições políticas de Cancielier eram as acima descritas!

      Se as posições políticas de Cancielier eram as acima descritas, se entende melhor os motivos do ato extremo que ele realizou, ou seja, ele deve ter refletido que com o voto em Aécio, como o apoio a golpe, com sua admiração a Moro e outras aqui não descritas ele mesmo ajudou a criar o seu próprio destino, e a sofrer um pouco a humilhação que passou, a injustiça e o arbítrio deve ter pensado em todos aqueles que sofreram o que ele sofreu ou ainda pior.

       

      Talvez o seu ato mostre àqueles que apoiam o que Cancielier apoiava a terem uma vaga ideia do que seus atos podem levar a eles mesmos.

       

      Por mais que saibamos o sofrimento dos outros, a verdadeira compreensão só acontece quando passamos por algo semelhante.

       

      (vide o que escrevi em A morte do Reitor. Por que deveríamos estar surpresos?)

        1. Apesar de você, amanhã há de ser outro dia!

          Dando como título o refrão da música de Chico Buarque e já imaginando que o golpe ainda se agravará mais com uma ditadura militar ainda mais sangrenta do que a de 1964, espero que todos reflitam e pensem no que escreverei e não sei até quando isto será possível e até quanto mesmo este texto estará aqui.

          Não se iludam, o que passamos nos dias atuais é simplesmente um prenúncio de uma situação bem pior, pior se houver um golpe militar ou também pior se Lula for eleito e o confronto será inevitável. Um golpe militar na situação atual significa que as forças da reação virão para “terminar o serviço”, porém este término encontrará uma população mais mobilizada e muitos grupos e pessoas já esperando o que ocorrerá.

          Além disto tem o fator externo, que está se agudizando com o início de uma revolta generalizada dos países europeus contra os ataques dos liberais aos seus direitos sociais, não haverá uma abundância de crédito, ou mesmo não haverá crédito nenhum para fantasiar o assalto ao povo com um endividamento externo como feito no governo militar do passado, as portas dos bancos estarão fechadas para um crédito que foi no início barato, e gasto o dinheiro do patrimônio público só sobrará a repressão.

          Não será por total falta de um horizonte distante mais ameno que as oligarquias deixarão de fazer o que sempre fazem, espoliar o povo brasileiro. Logo elas seguirão adiante numa direção sem um retorno ameno e de consenso, todos já sabemos que a amenidade a aceitação de pactos não serão mais soluções, logo o confronto virá.

          Se num vacilo permitirem a eleição de Lula, para este governar terá que escolher um lado, e a opção do consenso também neste caso deixará de existir devido a sabotagem cada vez mais forte que ocorrerá no dia a dia, logo para aqueles que acham que no ano 2018 poderá vir a solução, esqueçam, o ano 2018 será simplesmente um novo marco do aumento do confronto. Se olharmos por este lado talvez entendamos a pressa dos militares em se mostrar mais e mais agressivos, pois de uma forma ou de outra o confronto aparentemente se mostra inevitável.

          Agora porque comecei com a música de Chico, simplesmente porque ela se mostrará com mais vigor que realmente o amanhã quando chegar deverá ser diferente do fim do governo militar do passado, não haverá abertura, ou haverá uma derrocada ou nada, pois as chamadas forças democráticas constitucionais não terão o mínimo crédito, além dos diretamente ligados a repressão teremos claro que judiciário, sistema policial e outras instituições ditas republicanas deixarão de lado o seu véu e sairão de cabeça descoberta.

          Agora qual a certeza que nos garante que “amanhã há de ser outro dia”, o simples e claro sinal de completo esgotamento do imperialismo que começa a ficar claro. Se olharmos a situação da Inglaterra, da França, da Espanha e do próprio Estados Unidos, que não consegue nem dar assistência correta as suas colônias mais diletas como Porto Rico. O imperialismo só tem duas soluções, ou um declínio um pouco mais suave ou uma guerra, para levar ao caos sua própria sociedade, para reconstruí-la de novo e com isto começar com um nível mais baixo o seu crescimento. Porém nos dias atuais devido aos arsenais atômicos a situação é muitas vezes mais difícil, pois a destruição pode trazer no seu bojo o fim do próprio sistema. Devido a este impasse, provavelmente o imperialismo tentará na metrópole uma solução de consenso, porém isto era para ser feito a uma década atrás agora a marcha da história recomeçou.

          São previsões bem sombrias, porém assim como no Brasil eles não acham mais um candidato de direita, os candidatos europeus e os pseudo democratas norte-americanos perderam o seu prazo de validade, a farsa está sendo exposta, e o povo terá que fazer a sua escolha, entre a escravidão e o futuro.

          [video:https://youtu.be/1ZNNUU_AbXs%5D

           

  9. Os barnabés não gostam de ser

    Os barnabés não gostam de ser questionados.

    Eis o Brasil improdutivo e, além de tudo, autoritário.

    Não bastam 2 homicídios, não estão nem aí.

  10. Só aumentam o meu nojo por estas agremiações

    Fiquei enojado com o tratamento que o Sr. Reitor recebeu da pf (marena), do mpf e da juiza janaina que entendo ser a principal responsável. Agora estendo meu asco às agremiações corporativistas destes assassinos. Cancelier foi assassinado por meio de execração pública.

  11. muito tarde pra se afastar

    muito tarde pra se afastar das responsabilidades. Agora que o cidadão se matou todo mundo fala de abuso. Pergunta a ele sobre o Vaccari ou sobre o Dirceu pra ver o que ele acha. Ou melhor, pega as enrtrevistas que ele fez com o Lula e co m o fhc e vejam a diferença de tratamento. 

    Inclusive não consigo entender tanta moral que a esquerda oferece a esses jornalistas. Estão incensando esse kennedy como se ele fosse um jornalistya imparcial, coisa que não é e nunca foi. 

  12. É tudo conversa fiada.
    O fato

    É tudo conversa fiada.

    O fato lamentável do suicídio é uma tragédia pessoal.

    O que temos que saber, o cerne da questão é: havia justa-causa para o pedido e aceitação de prisão ?

    Os métodos utilizados contra o reitor foram corretos ?

    A partir daí é que se deve abrir investigações contra pf, mp e judiciário.

    Mas tem que ser em cima de fatos, não de conversa fiada.

    1. Stalingrado um dia chegará para vcs
      Para essa raça subumana presunção de inocência só vale para os seus.

      Cancellier é um mártir da ditadura togada, vítima da violência fascista dos agentes de Estado. O novo Herzog.

      As ratazanas continuam manipulando a lei e a verdade, e prosseguem nas acusações contra o defunto que não pode mais se defender. Asco e nojo.

  13. Deuses

    Eles se acham intocáveis, portanto se permitem qualquer arbitrariedade. Mal sabem que os deuses do olimpo também tinham seus pontos fracos, e é justamente nesse pontos fracos (filho, netos, irmãos, etc) que também serão atingidos pelo arbítrio. Aí seberão o que os simples mortais, que lhes pagam pornográficos salários, sentem quando são violados.

  14.  O mais grave é que o Reitor

     

    O mais grave é que o Reitor não era investigado por estar envolvido no desvio, que ocorreu antes da sua eleição para o cargo. A violência que foi cometida contra ele foi por uma suposta tentativa de obstrução, ao pedir ao Corregedor da Universidade informação sobre as investigações. O Corregedor seu adversário político na universidade fez a acusação, e a Delegada como é de seu perfil, pediu a prisão dele, e como é de praxe nesses casos a humilhação aconteceu.

    É urgente a aprovação pela Câmara de Deputados da Lei de Abuso de Autoridade – batizada com o nome de Lei Cancellier. O Reitor da UFSC foi a segunda vítima fatal da falta de limites dos membros do MPF, e Justiça Federal, principalmente os que atuam na região do TRF4.  

  15. “As entidades que assinam a

    “As entidades que assinam a nota formam a nata da alta burocracia do país e de Santa Catarina. São elas: a Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), a ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), a ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), a Ajufesc (Associação dos Juízes Federais de Santa Catarina), a Unacon (Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle) e o Fonacate (Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado).”

    Putz, quanta quadrilha!!!

    A única coisa que tem em comum é a união entre elas para assaltar os cofres públicos.

    É urgente uma intervenção no judiciário. Alguém terá de fazer ou o país contiuará ingovernável.

  16. QUESTIONAMENTOS NÃO ABORDADOS

    Importante ressaltar que a Nota Pública em tela não aborda nenhum dos fatos questionados por aqueles que repudiam a violação das garantias constitucionais.

    Não há, na referida nota, nenhum argumento para contrapor as denúncias relativas à inexistência de fatos comprovados que pudessem justificar a prisão do Reitor, e nem tampouco nenhuma palavra acerca da violência que representa a condução de um mero investigado para uma penitenciária, a humilhação de ser obrigado a ficar nú diante dos policias e de ser tratado com se fosse um criminoso condenado em última instância.

    Desse modo, fica evidente que há muito o que ser debatido, com a devida transparência, pois urge tratar de modo objetivo as questões concretas arguídas pelos defensores do respeito ao devido processo legal e ao estado democrático de direito.

  17. Urgência

    É urgentíssima a necessidade de aprovação da lei contra o abuso de autoridade, que já se tornou costumeiro por parte dos representados pelas associações qie publicaram a nota infame. Do contrario, o atual estado de exceção se aprofundará e demorará muito tempo para voltarmos ao estado democrático de direito.

  18. O “discurso dos inocentes” foi mais pérfifo do que seu silêncio
    Nas últimas 24 horas acabei escrevendo dois textos sobre as últimas notícias referentes ao suicídio do reitor da UFSC, , Luiz Carlos Cancellier.
    .
    O primeiro, indignado com a notícia veiculada no post “Padres denunciam: PF impediu reitor de receber ajuda religiosa, por Raquel Wandelli” – quando tomei conhecimento do absurdo que foi mais essa violência GRATUITA contra o reitor, a negação do conforto que representa aos que creem, da assistência espiritual.
    .
    O nome desse primeiro artigo (que se tornou uma ironia pelo que logo se seguiu…) era “O silêncio dos inocentes”, onde eu criticava a omissão das autoridades sobre essa tragédia, suas causas óbvias, os abusos de autoridade do procurador, da delegada Érika, da juíza Janaína, da Polícia Federal na revista íntima desnecessária, a exposição do reitor na grande mídia confundindo a população (as manchetes davam a entender que ele estava diretamente envolvido no caso de corrupção em si, e não em uma acusação SEM PROVAS, de obstrução da justiça…), enfim, uma série de aberrações jurídicas, impensáveis em qualquer país onde a cidadania e os direitos fundamentais são levados a sério, por agentes públicos igualmente sérios e cientes de suas responsabilidades.
    .
    Cheguei a publicar o comentário-artigo e logo o apaguei às pressas, quando cinco minutos depois me deparei com o contundente e excelente post “O cadáver do Reitor explica o sentido da Operação Ouvidos Moucos, por Armando Coelho Neto”, e perplexo cheguei à mesmíssima conclusão do Kennedy Alencar: “Melhor que tivessem ficado caladas!” – as associações de juízes, procuradores, delegados, etc. etc. – Porque o “silêncio dos inocentes” era menos ultrajante, menos indigno e até patético, do que “o discurso dos inocentes”.
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    O fato grave, gravíssimo, entre os tantos erros e distorções cometidos nessa nota absurda, resume-se a UM que caracteriza esse tempo de violências à cidadania: todo o discurso nela inserido representa uma CHANCELA a esse Direito e práticas penais eminentemente “de exceção”, onde a espetacularização das ações, suas subjetividades – porque baseadas nas “convicções” dos agentes públicos, ou sua simples indiferença com as consequências sobre aquela vida afetada por suas ações, caso estejam cometendo uma leviandade.
    .
    Isso coloca todos nós DE JOELHOS diante de qualquer um, a qualquer momento, que por qualquer motivo, queira em conluio com outros servidores, cada um na sua área, prender, difamar, humilhar, expor a vida ao massacre da mídia, pior, com o ALÍVIO de se saberem ONIPOTENTES, já que seus superiores estão atentos a qualquer GRITO da sociedade, qualquer voz, que queira frear, interromper, ou mesmo apenas QUESTIONAR os métodos, e tudo aquilo que tenha a aparência óbvia do que chamamos de ABUSO DE PODER.
    .
    O parágrafo onde essa arrogância, esse cinismo, esse nonsense aparecem desnudos, nos diz com toda a clareza, na nota:

    “Ao contrário do que vem sendo afirmado por quem quer se aproveitar de uma tragédia para fins políticos, no Brasil os critérios usados para uma prisão processual, ou sua revogação, são controlados, restritos e rígidos. Uma tragédia pessoal não deveria ser utilizada para manipular a opinião pública, razão pela qual as autoridades públicas em questão, em respeito ao investigado e a sua família, recusam-se a participar de um debate nessas condições”
    .
    Não somos cidadãos conscientes e indignados com essa tragédia e toda uma série de violências de delegados, juízes, procuradores….. Somos seres apequenados, mesquinhos, que queremos “nos aproveitar de uma tragédia para fins políticos”…..
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    A baixeza MORAL da nota, esta sim oportunista e sórdida, se permite USAR a tragédia, eles sim, para manipularem a opinião pública, querendo nos fazer crer que nosso Ministério Público e Judiciário são esse primor de legalidade, impessoalidade e “em respeito ao investigado e a sua família”, recusam-se os nobres signatários da nota, a participar de um debate “nessas condições”. – Um “cala boca” em toda a nação brasileira….
    .
    É provavelmente uma das “falas” mais infelizes de um conjunto de autoridades em nosso país, em todos os tempos. Caracteriza de modo ímpar esse período de arrogâncias, narcisismos, onde “eles” são “eles”, e nós,somos nós, “eles” fazem o que querem, “nós”, somos reféns deles, e a nota deixa claro: esqueçamos essa “coisa” idiota chamada cidadania.

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