Francisco Celso Calmon
Francisco Celso Calmon, analista de TI, administrador, advogado, autor dos livros Sequestro Moral - E o PT com isso?; Combates Pela Democracia; coautor em Resistência ao Golpe de 2016 e em Uma Sentença Anunciada – o Processo Lula.
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Os penetras e o embusteiro, por Francisco Celso Calmon

Através da barbárie e do caos decorrentes, Bolsonaro fomenta o Estado policial para controle social, com instrumentos estatais arbitrários e na atuação marginal dos seus seguidores e das milícias.

Os penetras e o embusteiro

por Francisco Celso Calmon

Ir à casa do outro sem ser convidado, já não é educado, ir e levar uma turma é característica de penetra.

Na casa alheia, do outro, ocupar a sala, assumir a cabeceira e dar início ao show, demonstrou uma postura autoritária, típica de biltres tirânicos.

Não olhar para o rosto do anfitrião, quando ele falava, foi falta de civilidade, de vergonha e covardia, típica de moleque de rua quando briga e fica-de-mal.

Quem levou os empresários à presidência foi o ministro Paulo Guedes, com o propósito de pressionar para ele vetar o projeto de lei que mantém os reajustes de salários dos servidores públicos.

Diz a lenda que temos um anjinho de um lado, que sopra o bom caminho, e o diabinho de outro, que nos incita ao mau caminho. Guedes é este diabinho que vive a soprar as maldades para o sociopata, que, por sua vez, vocacionado para o autoritarismo as acolhe com deleite e sem medir as consequências.

Todo o espetáculo bufo foi encerrado com o presidente dizendo que fará o que Guedes mandar.

“Eu sigo a cartilha da Paulo Guedes na economia. Não é de maneira cega, é de maneira consciente e com razão. Se ele acha que deve ser vetado esse disposto, assim será feito.”

Guedes quer que o funcionalismo faça sacrifício em prol da economia, mas ele não faz o mesmo sacrifício doando a sua fortuna, bastaria 30% dela e ajudaria a milhares de necessitados.

O projeto bolsonarista é o de destruir a plataforma civilizatória construída no Brasil até o golpe de 2016 e se assenta sobre dois eixos: 1 – desregulamentar a economia, implantando um capitalismo à moda laissez-faire; 2 – implodir o Estado democrático de direito.

Através da barbárie e do caos decorrentes fomenta o Estado policial para controle social, com instrumentos estatais arbitrários e na atuação marginal dos seus seguidores e das milícias.

Seguindo a máxima “deixai fazer, deixai ir, deixai passar, o mundo vai por si mesmo”, Guedes implementa medidas perversas, sem dó e piedade, à classe trabalhadora, na crença ideológica de que o mercado corrigirá os seus efeitos deletérios e sempre EM BENEFÍCIO do mercado financeiro.

Sua verborragia de colocar medo nos incautos, sacrificar o povo e aumentar o domínio do capital financeiro sobre o sistema, tem sido um fracasso de resultados e de tolas afirmações, as quais, infelizmente, a sociedade esquece e os meios de comunicação não cobram, porque têm seus negócios também entrelaçados com o seguimento financeiro da economia.

Guedes como Bolsonaro é mitômano, blefador experiente, pois fez fortuna jogando no grande cassino que é o mercado financeiro.

O PIBinho de 2019, a recessão deste ano, que na solfa de sua política pode chegar até a 10% negativos, e suas irresponsáveis previsões, como se falasse para uma sociedade de apedeutas, aponta para ele como a torre que precisa cair, após a queda da outra torre, que era o ex-ministro da justiça, Sergio Moro.

Se fizer muita besteira, o dólar pode chegar a R$ 5, disse Guedes há dois meses.

Aspas para os registros da imprensa na ocasião.

“O ministro da Economia, Paulo Guedes, atribui a alta do dólar aos patamares recentes aos efeitos do coronavírus, à desaceleração econômica e ao que a imprensa vem relatando, em sua visão, como “choque” entre Congresso e o presidente da República e afirmou que se “muita besteira” for feita o dólar pode ir a 5 reais. É um câmbio que flutua. Se fizer muita besteira pode ir para esse nível (5 reais). Se fizer muita coisa certa, ele pode descer”, completou.

“Ele voltou a afirmar que o câmbio é flutuante e que não há “nada de errado” com a cotação da moeda norte-americana, que manteve o comportamento de alta forte e chegou a R$ 4,66”.

“Guedes repetiu que o país mudou seu modelo econômico e usou agora uma nova metáfora: “Agora o modelo é 4×4, tração nas quatro rodas.”, afirmou na ocasião.

Com a sua política desastrada e suas metáforas debochadas o dólar está chegando a 6,00 reais. Se com muita besteira chegaria a 5,00, a 6,00 constitui besteira 4×4. Como o dólar não caiu significa que não acertou nada, consoante as suas palavras faraônicas.

Como todo embusteiro irá jogar a culpa nos outros!

Enqunto as forças golpistas e bolsonaristas se digladiam, Guedes passa com a sua caravana de rentistas e especuladores capitalistas.

Paulo Guedes, é uma fraude como gestor da economia, é o dragão das maldades do povo, e merece ser o alvo imediato a ser atingido pelas forças democráticas e de bom senso deste país, se quisermos minorar a tragédia nacional.

Abaixo o bolsonarismo!

Francisco Celso Calmon é Administrador, Advogado, Coordenador do Fórum Memória, Verdade e Justiça do ES; Ex-coordenador nacional da RBMVJ; membro da coordenação da FBP-ES, autor dos livros Sequestro Moral E o PT como isso?(1997) e Combates pela Democracia (2012), e autor de artigos nos livros A Resistência ao Golpe de 2016 (2016) e Comentários a uma Sentença Anunciada: O Processo Lula (2017).

 

Francisco Celso Calmon

Francisco Celso Calmon, analista de TI, administrador, advogado, autor dos livros Sequestro Moral - E o PT com isso?; Combates Pela Democracia; coautor em Resistência ao Golpe de 2016 e em Uma Sentença Anunciada – o Processo Lula.

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  1. Um governo genocida, com ministros medíocres. Um carreirista deixa o MJ; outro, o MS. Um boçal comanda a educação e uma anciã abobalhada metida a broto, a cultura. Cereja do bolo é o Verme Ipiranga, suas “novidades” anacrônicas chicaguenses, um espertalhão que só aprendeu a amealhar uns cobres ao próprio bolso, tirando o véu que cobria sua arrogância ridícula (“a arrogância é o disfarce da ignorância”), não entende lhufas de gestão pública; não se importa com o cancelamento de CPFs e, de quebra, como é próprio da elite escravagista, ainda ajuda a afundar CNPJs. Pobre povo desse rico país!

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