Cafezá – Catarina e Jarirí, uma paixão sobre-humana

 

Entonces, Cafezá, tudos eiles pegaru caderas i colocaru in vórta da cápisula di Nicanor. Néja disse qui cunversanu cuele eile distraía i isquicia as doris. Maisi a cara deile tava féchada, cumu si eile tivesse barrianu pesado. Oszói vertia lágrimas, danu pá vê qui u sufrimiento eira brabo. Sanfredo dizia prele:

Gúenta, Nica! Doisi dia passa rápido. Ucê sufria aos poco, agóra compensa ucê sofrê di montão, maisi acabá cos teos calo pá sempre. O qui são duas lua pá quem sufria feito uma mula? 

Nica urrava di doris, pórem. Num quiria cunversa não. Nem cunsiguia falá dereito, maisi pidiu pá mestre Bódim:

Mestre, dá uma pinga preu, éila vai anéstesiá as dori, vai dá um refresco.

Mestre Bódim, entonces, encheu um caneco e falô:

–  Ié só eisse caneco, Nica. Num pódi tumá muito senonces préjudica os éfeito dos remédio. A cada cinco hora ucê vai pudê tumá um canéco desses.

Entonces, Nica catô u caneco cas duas mão e virô tudo num góli só. I falô:

– Ié cumu si diz: “Ié a marvada da pinga qui mi ajuda…” Éila vai mi ajudá a passá eisse carvaro.  Quanto maisi sufrido o povo, maisi eiles toma seus canecos, pá apracá as doris da miséra.

 

Redação

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