A campanha da ONU pelos direitos da população LGBT

Sugerido por Gilberto.

Da ONU

ONU lança hoje no Brasil campanha pela igualdade e direitos de população LGBT

A Organização das Nações Unidas, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, lança hoje, segunda-feira dia 28 de abril, a campanha “Livres & Iguais”. Diante dos alarmantes índices de violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, a ONU busca promover a igualdade e o respeito aos direitos humanos de pessoas LGBT.

O evento faz parte das atividades do Mês do Orgulho LGBT de São Paulo e será realizado na segunda-feira, dia 28 de abril, às 18h30, no auditório da Prefeitura de São Paulo. O lançamento contará com a presença do Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e de Daniela Mercury, Campeã de Igualdade da ONU.

Também estarão presentes o Representante Adjunto do Escritório para a América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Humberto Henderson, e o Diretor do Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio), Giancarlo Summa, representando o Sistema das Nações Unidas no Brasil. A sociedade civil será representada por Keila Simpson, Presidente da Associação de Travestis da Bahia (ATRAS) e vencedora do Prêmio de Direitos Humanos 2013 na categoria LGBT.

O lançamento trará ainda um debate sobre políticas públicas LGBT com Alessandro Melchior, Coordenador Municipal de Políticas LGBT; Fernando Quaresma de Azevedo, Presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT); Gustavo Bernardes, Presidente do Conselho Nacional LGBT; Thaís Faria, Oficial de Programa da Organização Internacional do Trabalho (OIT); e Leandro Ramos, Representante da AllOut, organização internacional que desenvolve campanhas de mobilização em defesa dos direitos LGBT, que também atuará como moderador do evento.

Após as apresentações, os palestrantes responderão a perguntas do público e da imprensa. Aqueles que queiram participar deste evento devem se registrar por meio do preenchimento do formulário disponível em www.onu.org.br/inscricao-livres-iguais

Inscrições limitadas ao espaço do local.

“Livres & Iguais” é uma campanha inédita e global das Nações Unidas para promover a igualdade de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis (LGBT). Projeto do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, implementado em parceria com a Fundação Purpose, “Livres & Iguais” pretende aumentar a conscientização sobre a violência e a discriminação homofóbica e transfóbica e promover maior respeito pelos direitos das pessoas LGBT, em todos os lugares do mundo.

Para conhecer um pouco do trabalho da ONU Brasil para promover a igualdade LGBT, acessewww.onu.org.br/livreseiguais

Redação

23 Comentários

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  1. Mas a população LGBTs já não é “livre” e “igual”?

    Mas a população LGBTs já não é “livre” e “igual”?

    Por acaso eles estão proibidos, legalmente, de serem o que/quem são? E os direitos -casamento/adoção de crianças/inseminação artificial/direito a pensão do companheiro(a) etc- , até onde eu saiba são iguais?

    A ONU não teria coisa mais importante a fazer?

    Por que não, no Brasil, uma campanha para acabar com trabalho infantil, crianças pedindo dinheiro em semafaros, inxistência de creches e escolas para todas as crianças, subnutrição infantil etc?

    Enfim, por que a ONU não faz uma campanha pela liberdade [sem maus tratos ou trabalho infantil] e igualdade [saúde, escolas e creches para todos] de todas as crianças?

    Ou ainda, por que  ONU não faz, no Brasil, uma campanha contra o “etnocídio” – mortes violentas de jovens negros – em especial das periferias e favelas?

    1. que tal

      Que tal você tentar agir como um gay, daqueles bem pintosos, durante algumas semanas? Aí poderá embasar essa sua ideia de que gays já são livres e iguais.

      1. EpaminondasDo mesmo modo, um

        Epaminondas

        Do mesmo modo, um ou uma heterosexual, agindo de forma exagerada e artificial e, sobretudo, trepando á noite e, ao ar livre, no Parque do Ibirapuera  ou zuando em saunas [como os gays fazem], igualmente, será questionado em sua “liberdade” e “igualdade”.

         

  2. Ai, ai.  Quais são as

    Ai, ai.  Quais são as demandas desse pessoal, exatamente?  Não sei de onde eles conseguem fazer tanto barulho e tirar tanta “opressão”.  Eu também quero ganhar uma boquinha livre do governo, não é possível que eu não tenha conseguido ganhar nenhum privilégio até hoje!  Que tal falar sobre os direitos humanos dos canhotos?  Não aguento mais sofrer tanta opressão diariamente só pelo fato de ser canhoto.  Já passou da hora de lutar contra esta sociedade destrocêntrica e canhotofóbica!  Toda semana, centenas de canhotos são assassinados, na maioria das vezes por destros!  No mais puro ato de preconceito.  

    Que tal o meu movimento?  Movimento canhotista – para canhotos, ambidestros e simpatizantes.

    Ultimamente eu notei uma coisa interessante: só quem é rico geralmente, é que é homossexual.  Ou gente rica, ou então artistas (o que explica o fato dos LGBTs terem tanto apoio da mídia).  Homossexualismo, sadomasoquismo, quem é pobre geralmente não gosta desse tipo de coisa.  Na verdade, quase qualquer movimento esquerdista costuma ser liderado por gente de classe média ou alta, e que portanto já é privilegiada, mas que quer ter mais privilégios ainda.

  3. Pelos dois comentários (até

    Pelos dois comentários (até agora) abaixo, nota-se a homofobia dos progresistas do blog. Não a toa que o Gunter Zibell, um comentarista de primeira linha, anda meio que afastado do blog, não por sua defesa radical do movimento LGBT (coisa que em certos termos também divirjo radicalmente do pensamento dele) mas simplesmente por se declarar eleitor do PSB e discordar de políticas adotadas pelo PT..

    1. Walker
       
      O Brasil tem

      Walker

       

      O Brasil tem problemas mais sérios a resolver do que a autovitimização do pessoal LGBTs.

      Que tal a ONU fazer um movimento, no Brasil, por moradias dignas – e próprias – para todos? 

      Seria legal se as pessoas não tivessem mais, no Brasil, que invadir prédios antigos ou terrenos baldios abandonados por não ter onde morar.

      Abs.

    2. Não há no quê divergir de movimento LGBT

      Simplesmente porque a igualdade de direitos para LGBTs é algo óbvio que deveria ser defendido por todos, como a ONU bem lembra. Para sermos livres temos que ser iguais em direitos. Igualdade é que virou “radical”.

      Vi os comentários dos quais fala, de Gavião e Orlando. Não sei se eles se autodeclaram ‘progressistas’, mas que ‘progressismo’ anda virando sinônimo de defesa de homofobia oficializada com fins eleitoreiros, é fato. Daí não se deve esperar nada, sempre que um governo ou partido apela para isso é sinal de decadência. Não há exemplo histórico contrário a essa assertiva.

      O que eu discordo no PT é, recapitulando, retroceder em e/ou cancelar todos os programas ministeriais e/ou projetos-lei que levariam à inclusão de LGBTs em troca de tempo de TV e/ou suspensão de abertura de CPIs. Considero isso – e usar de sofismas para defender isso – antiético.

       

       

      1. Gunter  Não me considero de

        Gunter 

         

        Não me considero de direita ou de esquerda e muitro menos progressista ou conservador. Conceitos que considero anacrônicos nesse pósmodernismo relativista do  século XXI.

        Simplesmente, acho que os LGBts estão longe da extinção, ou perigos outros, para se fazer tanto barulho. Prezado moramos no Brasil, lembra-se? País de chacinas diárias, grosso modo, de jovens negros e também o país das invasões de sem teto que depois são expulsos a bala de borracha pela polícia. Nas úliimas semanas vários jovens negros forram mortos de forma violenta, em especial o rapaz do Esquenta no Rio. Que eu saiba não foi morto, em razão de “homofobia,” nenhum LGBts nesse período….

        O Brasil também é  o país dos sem escola ou sem creche ou daquelas crianças que ficam nos cruzxamentos das cidades pedindo dinheiro ou comida. Lembra-se?

         

        1. Vou ser obrigado a sair do

          Vou ser obrigado a sair do armário e confesso: também sou bi.  Jogo tanto no time da esquerda quanto no da direita.  Sou “progressista” em algumas coisas e “conservador” em outras.

          Claro que sou contra o linchamento de homossexuais, o que é fato que acontece, sim.  Mas já existem leis disponíveis para lidar com este tipo de situação.  Inclusive, a lei que vale para este caso, deve valer para o linchamento de qualquer outra pessoa.  Não é necessário criar uma lei específica, senão já vira populismo.  A situação é parecida com o que acontece com os judeus.  Os judeus sofrem preconceito, sofrem linchamentos na rua?  Sim.  Mas isso significa que eu tenha que seguir o judaísmo, e que tenha que defender os judeus em tudo que eles fazem?  Claro que não.

          1. Não carece eu responder a alguns comentários

            Tanto o de Gavião como o de Orlando abaixo repetem sofismas manjados. Por isso nem li os dois em resposta a mim agora.

            Eventualmente, quando eu tiver tempo, prepararei um post com as respostas para os sofismas e falácias mais comuns no assunto.

            Perder tempo e energia com repetições na área de comentários não vale a pena, é melhor fazer no ‘atacado’.

            Vocês podem insistir o quanto quiserem, não vai ter muita visibilidade mesmo.

             

    3. Eu também vou votar no PSB,

      Eu também vou votar no PSB, até porque não acho que seja bom que um partido se torne este gigante que o PT está virando.  Mas o Gunter está sendo ingênuo, se acha que o PSB não vai seguir o mesmo caminho do PT nas questões LGBT.  Os únicos partidos que são fieis a essa causa são os de esquerda, como PSOL e PCB.

      1. Não acho que o PSB será melhor.

        Há apenas a esperança que seja menos pior, que faça negociações no Congresso para governabilidade mais aos moldes do que o PSDB fazia, com recursos de emendas e cargos, não com a venda de direitos civis.

        Também há a esperança de ao reconhecer simultaneamente méritos em PT e PSDB o PSB possa conduzir de modos menos fisiológico as relações com a sociedade.

        E que, finalmente, caso o PT não queira fazer parte do novo governo, o PT na oposição volte a ser defensor do Estado Laico.

        De qualquer modo, pior que está não fica.

        E não voto no PSB para deputados, como também não voto no PT, PMDB ou PSDB.

        O PSoL, PSTU e PCB podem ter boa postura programática nas questões LGBT. O PSoL até tem um deputado, Wyllys, que além de LGBT é provavelmente o melhor congressista em geral. E Freixo não se furta a fazer declarações simpatizantes.

        Mas na hora de fazer propaganda ao público são tímidos.

        Este ano muito provavelmente votarei no PV para deputados federal e estadual.

        O espaço que o PV está dando para os candidatos LGBT e os discursos pró-LGBT dos dirigentes e pré-candidatos (Eduardo Jorge e Natalini) deve ser valorizado.

         

  4. Como dizem que essa onda LGBT

    Como dizem que essa onda LGBT é coisa de comunista gostaria de ver essa campanha lançada na Russia ou Coreia do Norte ou mesmo na China.

  5. Iguais

    Os “argumentos” usados pelo pessoal “do contra” não difere em nada dos argumento dos que são contra as cotas raciais, porque, afinal, o Brasil vive uma “democracia racial” e os negros não são discriminados em nada, certo?

    Segundo esses aí, o grupo LGBT já tem todos os direitos e não existiria nenhuma discriminação contra eles….

    Sempre a mesma conversa mole….

    1. Edsonmarcon
      A diferença entre

      Edsonmarcon

      A diferença entre cotas para negros e movimento LBGTs ocorre já no IDH de negros e LGBTs. O do pessoal LGBTs é bem maior do que o de negros e isso demonstra, no minimo, que o pessoal LGBTs, ao contrário dos negros, no Brasil, tem menos barreiras e preconceitos com que lidar/enfrentar. Você encontra gays em todas as camadas sociais e, grosso modo, não há vazio gay nas camadas mais altas e abastadas da sociedade.

      Não dá para ser contra fatos; casamentos gays e afins. No entanto, a sindrome de autovitimização da comunidade LGBTs é vergonhosa face a penúria de grupos de pessoas, no Brasil, que vivem à margem de tudo e, sobretudo, carecendo de coisas básicas; saúde, educação, moradia decente, lazer etc. 

      A morte violenta de jovens negros ocupa os noticiários todos os dias e, de certo modo, é um problema mais grave do que os eventuais casos de “homofobia”. No entanto, os casos de “homofobia” são mais valorizados e repercutem mais do que as cotidianas chacinas da perfiferia.

      1. link

        A diferença entre cotas para negros e movimento LBGTs ocorre já no IDH de negros e LGBTs. O do pessoal LGBTs é bem maior do que o de negros

         Link para a fonte da informação, por favor.

        LGBT não escolhe classe social.

         

        1. Qual outro grupo, ou

          Qual outro grupo, ou comunidade de pessoas, iria movimentar, por três ou quatro dias, a economia – lazer, compras e hotelaria, resturantes – de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, por ocasião da Parada Gay?

          Qual outra comunidade é alvo preferencial de campanhas publicitárias? Em especial de turismo Brasil/exterior?

          Em razão de ser alvo consumidor de seus produtos a rede Globo tem especial carinho por LGBTS e cria shows, novelas e séries para esse público. Por outro lado a presença, no Brasil, de negros, na televisão como um todo, é pifia. Negro, no Brasil, grosso modo, não compra, não viaja e não consome.   .

           

          1. argumentos

             Seu comentário me lembrou um texto que li, sobre interpretação de pesquisas.

             

            Teria sido feita uma pesquisa sobre os consumidores de iogurte diet. Verificou-se que 80% dos consumidores estavam acima do peso ideal.

            Interpretação da pesquisa: iogurte diet engorda!

             

            Na parada gay de são paulo participam homossexuais de todo o país e alguns do estrangeiro, e claro que para viajar eles devem ter melhores condições finaceiras de que outros, que ficam nos seus locais de origem, e naõ participam da parada gay.

          2. EdsonMarcon
            Na parada gay de

            EdsonMarcon

            Na parada gay de são paulo participam homossexuais de todo o país e alguns do estrangeiro, e claro que para viajar eles devem ter melhores condições finaceiras de que outros, que ficam nos seus locais de origem, e naõ participam da parada gay.

            Então você concorda comigo. Pois cerca de 2 milhões de gays, grosso modo, do Brasil tem condições de gastar, por três dias, (muito) dinheiro com hotel, lazer e comprasem São Paulo e Rio. Não raro, o grande barato de boa parte da comunidade de negros, no Brasil, é sair em escola de samba e se economiza o ano inteiro para isso. Ou ficar na geral em estádio de futebol.

            Abs.

          3. Não concordo nao

            O pessoal que viaja para participar da parada pode ter renda acima da média.  Isso não diz NADA sobre a renda dos homossexuais em geral.

             

            Vc ainda acha que iogurte diet  engorda….

  6. Só para registro

    Ninguem comentou ainda estes tópicos do texto:

    A Organização das Nações Unidas, em parceria com a Prefeitura de São Paulo

    O evento faz parte das atividades do Mês do Orgulho LGBT de São Paulo e será realizado na segunda-feira, dia 28 de abril, às 18p0, no auditório da Prefeitura de São Paulo. O lançamento contará com a presença do Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad…

    Enquanto alguns discursam e prometem, Haddad faz o que é possível.

    1. Caberia à PMSP

      divulgar mais isso, não?

      Quem sabe eles aproveitam a parada agora domingo dia 04.

      Ou não. 

      Haddad é muito tímido em se posicionar pró-LGBTs. Ele é contra o Casamento Igualitário e contra o combate à homofobia em escolas.

      O que ele faz com frequência é um discurso duplo.

      Por um lado solta verbas recordes para patrocinar a Parada, o que mantém algumas ongs satisfeitas. E colocou no programa de governo itens que talvez nunca venha a cumprir.

      Por outro lado promove coisas como o fechamento do Autorama e blitzes na região do Arouche e Vieira de Carvalho.

      Em 2012 ele não quis ir à Parada na condição de pré-candidato. Ano passado foi na condição obrigatória de prefeito, mas não foi mais visível que Alckmin.

      Veremos como será domingo.

      (Eu não acho que Haddad faz o possível não, muito pelo contrário, ele é vacilante e dúbio. E em SP só sou mais crítico a Padilha do que a ele nisso de cortejar voto fundamentalista religioso.)

       

      1. Divulgou na primeira página do seu site

        Ainda está em destaque.

        Há uma reportagem sobre o evento (também em destaque na primeira página). Caberia a imprensa acompanhar, não? 

        Penso que dar o devido crédito às pessoas, quando acertam, funciona. É mais eficaz para traze-las para o lado que julgamos correto, do que a crítica constante. Se Haddad acertou nesta, tem o meu crédito.

        Respeito porém, totalmente, as avaliações que você faz para determinar o seu voto.  

        http://www.capital.sp.gov.br/portal/noticia/2197#ad-image-0

        ONU lança em São Paulo campanha “Livres & Iguais”

         

        Objetivo da campanha é promover a igualdade de direitos de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis; evento faz parte das atividades do Mês do Orgulho LGBT de São Paulo

        21:22 28/04/2014

        De Secretaria Executiva de Comunicação

        Com a proximidade da 18ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que acontece no dia 4 de maio, a ONU lançou nesta segunda-feira (28), com apoio da Prefeitura de São Paulo, a campanha “Livres & Iguais” para promover a igualdade de direitos de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis (LGBT), com foco na necessidade de reformas legais e na educação pública para o combate à homofobia. O evento faz parte das atividades do Mês do Orgulho LGBT de São Paulo e contou com a presença do prefeito Fernando Haddad e da cantora Daniela Mercury.

        Na cerimônia de lançamento da campanha, realizada na sede da Prefeitura de São Paulo, Haddad ressaltou a importância de lutar contra a discriminação e a violência que a população LGBT ainda sofre. “Nós temos aqui mais uma rodada de lutas, de lembrança e protesto. Muitos infelizmente perderam a vida por uma questão de educação sexual. Muitos foram agredidos, muitos são humilhados e nós temos que estar juntos para impedir que isso continue acontecendo na nossa cidade e no nosso país. É uma causa internacional que a ONU nos faz lembrar. Nós temos que fazer essa defesa não só no Brasil, temos que fazer essa defesa dos direitos fundamentais em todo o mundo”, afirmou Haddad.

        A cantora Daniela Mercury comemorou a iniciativa da ONU. “É espetacular que a ONU tenha lançado essa campanha, porque eu estou falando sempre da Carta Magna dos Direitos Humanos, que foi proposta pela ONU há mais de cinquenta anos, e é inclusive a razão do nascimento da própria [Organização] das Nações Unidas”, disse a cantora Daniela Mercury. “É diferente quando a ONU vem para cá, lança essa campanha mundialmente e vemos muitos formadores de opinião manifestando essa campanha. Nós podemos ver que esta é uma atitude que precisava.”

        Criada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) em parceria com a Fundação Purpose, a iniciativa foi lançada mundialmente em julho do ano passado e chega agora ao Brasil. A campanha busca ainda, diante dos alarmantes índices de violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, promover a igualdade e o respeito aos direitos humanos de pessoas LGBT e conscientizar sobre a violência e a discriminação homofóbica e transfóbica. A campanha busca ainda promover maior respeito pelos direitos das pessoas LGBT, em todos os lugares do mundo.

        O secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, disse na cerimônia que, segundo os últimos dados de 2012 da Ouvidoria Nacional, foram recebidas 10 mil denúncias de crimes motivados por homofobia no país. “Quase uma pessoa é morta por dia no nosso país por conta da homofobia. São dados assustadores e não podemos nos omitir diante desta realidade, mas infelizmente a realidade da violência aos grupos LGBT não é só brasileira. Por isso a campanha mundial contra a homofobia é tão importante para conscientizar e transformar essa história. Essa campanha discute algo que deveria ser muito simples, que é uma luta muito antiga, mas que ainda não alcançamos, a liberdade e a igualdade de todos e de todas”, afirmou.

        “Sabemos que todos os dias a população LGBT sofre na pele violações dos seus direitos e muitas vezes agressões físicas e homicídios. Infelizmente esta é uma realidade em um país onde não só existem leis contra as opções sexuais e pessoais, mas há até políticas públicas a favor da população LGBT. Então podemos imaginar como é a situação nos países onde a situação das leis são mais preconceituosas e dramáticas”, destacou o diretor do Centro de Informação da Organização das Nações Unidas no Brasil, Giancarlo Summa.

        Livres & Iguais
        A campanha surgiu na sequência do primeiro relatório oficial da ONU sobre a violência e a discriminação contra a população LGBT, publicado pela ACNUDH em dezembro de 2011. O relatório aponta que, hoje, 76 países ainda criminalizam relações homossexuais consensuais e que agressões, manifestações de ódio e assassinatos motivados por homofobia são registrados em todas as regiões do mundo.

        Para conhecer um pouco do trabalho da ONU Brasil para promover a igualdade LGBT, acesse http://www.onu.org.br/livreseiguais.

         

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