Carta de uma palestino-brasileira a Gil e Caetano

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Soraya Misleh

No Ciranda

Queridos Caetano e Gil,

Tenho 46 anos de idade. Como muitos da minha idade e geração, cresci ouvindo suas belas músicas. Mas, infelizmente como poucos da minha idade e geração, também cresci ouvindo histórias de um povo muito generoso, hospitaleiro, que cuidava de sua terra com muito amor, até que um dia foi expulso dali, violentamente. Estou falando do povo palestino, das minhas raízes. Sou brasileira de origem palestina. Meu pai tinha apenas 13 anos de idade quando, juntamente com toda a família e cerca de 800 mil palestinos, foi obrigado a deixar sua terra para um exílio – e refúgio – que já dura 67 anos. Minha mãe também é filha de palestino.

Caetano, é por isso que leio com tristeza sua resposta a Roger Waters, em que afirma: “Eu me lembro que Israel foi um lugar de esperança.” Israel se fundou sobre um projeto deliberado de limpeza étnica do povo palestino, para constituição de um estado homogêneo, exclusivamente judeu. O que há de lugar de esperança nisso? Até então, na Palestina, vivia uma minoria judaica, além de cristãos, muçulmanos e pessoas não religiosas. Meu pai conta que, quando era criança, judeus, cristãos e muçulmanos brincavam juntos, sem rótulos. Isso não é possível com apartheid. Nunca tivemos qualquer problema com judeus. Somos contra o projeto sionista – não contra judeus. Assim como o mundo se posicionou contra o apartheid na África do Sul e os horrores do Holocausto sob o nazismo, nosso pedido é que se posicionem contra o sionismo. Gil, diferentemente do que afirmou à imprensa, não há nada de democrático em um estado com essa natureza.

Muitas das músicas de vocês, que trazem tanta poesia à nossa vida, servem para embalar também a nostalgia de uma terra para a qual os palestinos expulsos em 1948 estão impedidos de retornar, onde cabia todo mundo. “Felicidade foi se embora, e a saudade no meu peito ainda mora (…) A minha casa fica lá de trás do mundo, onde eu vou em um segundo quando começo a cantar. O pensamento parece uma coisa à toa, mas como é que a gente voa quando começa a pensar.”

De lá para cá, Israel expulsou em 1967 mais milhares de palestinos. Hoje são 5 milhões vivendo em campos de refugiados. Ao longo de todo esse período, a situação não tem melhorado. Pelo contrário, com o incremento da colonização, muitos palestinos continuam sendo expulsos de suas terras. Assim, com base no direito internacional e tendo como referência o apartheid que perdurou até os anos 1990 na África do Sul, o Tribunal Russell sobre Palestina declarou em 2011 que Israel é um estado de apartheid institucionalizado (leiam aqui, por favor: https://goo.gl/nL3UKR). Há leis racistas e discriminatórias contra os palestinos, que são desumanizados cotidianamente.

As nossas famílias foram separadas e apenas em 2010 pude pisar pela primeira vez na terra em que meu pai nasceu. Tive a emoção de conhecer o único irmão de meu pai ainda vivo e uma enorme e amorosa quantidade de primos. Tenho, por justiça, lutado para denunciar a ocupação e o apartheid israelenses há anos e estou engajada na campanha de BDS a Israel – um chamado da sociedade civil palestina até que os direitos humanos fundamentais lhe sejam garantidos. Pela minha origem e por esse crime – o crime de fazer valer o direito à liberdade de expressão e manifestação no Brasil por que vocês tanto lutaram –, não pude mais rever minha família. Em 2011, fui impedida de entrar na Palestina, após um calvário de interrogatórios, revistas e intimidação de mais de dez horas (calvário esse que todos os brasileiros-palestinos passam quando vão visitar seus familiares). Neste ano, em março, participei do Fórum Social Mundial em Túnis, na Tunísia, e construímos, como parte do processo por um mundo mais justo, uma missão humanitária à Palestina ocupada. A missão foi devidamente negociada junto ao governo brasileiro e as autoridades israelenses e mesmo assim, foi negada a entrada a mim e a outro brasileiro, Mohamad El Kadri – dos 16 integrantes, os dois únicos com pais e avôs árabes, dados que Israel pediu a cada um de nós. Como ficou demonstrado, o apartheid começa já na fronteira israelense.

Lembro-me que em 2010 encontrei-me com Nita Freire, viúva do educador Paulo Freire, que me contou que Paulo Freire recusou-se a participar de uma atividade numa universidade israelense que falaria sobre diálogo. Paulo Freire recusou-se por entender que parte dos interlocutores do suposto diálogo não poderia estar presente, diante do apartheid. Disse que estaria à disposição no momento em que de fato essa situação se transformasse.

Como infelizmente ainda não chegou este momento, peço a vocês: cancelem o show em Israel. Os palestinos, fãs da sua música, não poderão estar presentes – eles não podem transitar livremente. Se eu quisesse ver o show de vocês em Tel Aviv, não poderia. Israel afirmou que sou “ameaça a sua segurança” e estou banida de visitar meus familiares e a terra de meus ancestrais por cinco anos. Não sou terrorista, sou um ser humano que luta por justiça.

Gil, ouvi você cantar “Imagine” no Fórum Social Mundial em Túnis, Tunísia, em 2013. Esse outro mundo que você tão bem cantou, trazendo a lembrança de John Lennon, não é possível enquanto aceitarmos como normal o apartheid a que está submetido o povo palestino.

Mantenho a esperança de contar com a mensagem inestimável de vocês ao mundo, por justiça, igualdade e liberdade. E deixo aqui as palavras do poeta palestino Mahmoud Darwish: “Nós, palestinos, sofremos de um mal incurável que se chama esperança. Esperança de libertação e de independência. Esperança de uma vida normal, na qual não seremos nem heróis nem vítimas. Esperança de ver nossas crianças irem à escola sem riscos. Para uma mulher grávida, esperança de dar à luz um bebê vivo, num hospital, e não uma criança morta diante de um posto de controle militar. Esperança de que nossos poetas verão a beleza da cor vermelha nas rosas e não no sangue. Esperança de que esta terra reencontrará seu nome original: terra de amor e de paz. Obrigado por carregar conosco o fardo dessa esperança.”
Obrigada, Gil e Caetano!

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

20 Comentários

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  1. A valorosa palestina perde

    A valorosa palestina perde seu tempo. Essa dupla e toda sua turma são movidos exclusivamente a cachês. Os tons de vermelho de suas carreiras são só apelo de marketing. Esquerda de salão, esquerda caviar, quem não conhece?

    1. E desde de quando “essa

      E desde de quando “essa dupla” pertence a alguma esquerda “de salão” ou mesmo a do “caviar” ?

      So mesmo voce e outros desinformados para considerar Gil e Caetano  cidadãos de “esquerda”.

      Alias, Caetano Veloso é um dos maiores reacionarios que ja cruzaram no ambiente artistico nacional.

      É importante dizer que é  direito de qualquer pessoa ser de direita, de esquerda ou mesmo acreditar nos caminhos apontados por um pastor.

      O erro não esta na opção politica da dupla baiana.

      O engano consiste em enquadra-los como “de esquerda”.

      Porque esse fato ocorre?

      Porque o Brasil não passou o passado a limpo.

      Achou que sairia de uma ditadura castradora sem incriminar ninguem, zerando tudo num passe de magica, sem uma discussão aprofundada sobre o passado.

      Caetano e Gil foram colocados na cena artistica para se opor ao movimento musical que acontecia nos anos 60, considerado de vanguarda no mundo inteiro.

      Supervalorizou-se o tal tropicalismo,que não passava de um mero movimento pop tupiniquim, em detrimento de uma musica popular que alcançava altos niveis de qualidade, exercida por grandes musicos, em parceria com grandes poetas.

      Essa roupagem “de esquerda” era necessaria, porque na epoca poucos brasileiros admitiam um artista com ideias reacionarias.

      Ate hoje se fala que a dupla foi “exilada”, mesmo depois do Caetano contar que, com saudades, pegou um avião e desmbarcou “escondido” para ver a familia.

      O erro, Andre Araujo, não esta na “valorosa palestina” aceditar nas boas intenções da dupla baiana.

      O incompreensivel erro foi Lula escolher alguem com as ideias de Gil para exercer o cargo de ministro da cultura.

      As consequencias foram gravissimas.

      O apagão cultural reviveu cadaveres da mediocridade elevando-os a categoria de expoentes da cultura.

      Passaram a brilhar lobões, rogers, caio não sei de que ( aquele “ator” que não gosta de teatro e livros) e outros do mesmo nivel.

      Malafaias, Felicianos e outros exploradores da fe passaram iluminar as almas,no lugar dos artistas.

       

       

  2. Fontes seguras garantem que

    Fontes seguras garantem que Gil e Caetano não só não estão interessados apenas no cachê, André, como crêem que podem ajudar levando alegria e reflexão, paz, enfim, a Israel, em lugar de acirrar os ânimos beligerantes do apartheid sionista. Eles crêem que quanto mais isolarem Israel e os demonizarem, mais violência haverá naquele lugar, crêm que ali o povo precisa de mais amor e entendimento, coisas que crêem que podem levar na bagagem. Crêem, enfim, no poder da música.

      1. Talvez eles pensem como o

        Talvez eles pensem como o Marco Aurelio e o PT que adoram defender terrorista e ditadura alegando que isolar é mais prejudicial lembra?

        rs

        Essa pseudo esquerda é mesmo uma piada…

        1. Seu comentário dá a entender

          Seu comentário dá a entender que acha certo isolar regimes que sejam ditaduras e não acha certo isolar regimes que possam ser plena democracia para cidadãos de primeira classe, mas ao mesmo tempo pratiquem genocídio e limpeza étnica.

          Não sei se entende, mas numa ditadura você pode simplesmente optar por não ser inimigo dela. Mas num estado onde impera a limpeza étnica basta você nascer com os genes errados. Entende a diferença do porque um é condenável e o outro é abominável?

      2. É… tem bastante gente que

        É… tem bastante gente que acha que músico e poeta… ou melhor, que todo mundo segue a lógica de mercado, como se fosse a única possível. Me lembra a Forbes dizendo que Fidel é milionário (como alguém pode ter tanto poder e não ser milionário?), ou a dos Flintstones / Jetsons (o american way of life é o único possível hoje, ontem e amanhã). Mas se até Fukuyama já confessou ter “forçado” a barra por encomenda do liberalismo, quem sabe essa gente não consegue expandir seus horizontes… né?

  3. Soraya,
    isso é mais um

    Soraya,

    isso é mais um reflexo da carreira descendente dos dois…fim de linha.

    já não ouço estes imbecis a muito!

     

  4. Embora admire as músicas de

    Embora admire as músicas de Gil e Caetano (mais de Gil), penso que eles não possuem estatura moral e militância política no nível necessário para tomar uma decisão tão “revolucionária” como a de cancelar o show em Israel e serem criticados pelos sionistas. Eles não são páreo para Roger Waters! Mas posso ser surpreendido.  

  5. Como sempre a mesma cantilena

    Como sempre a mesma cantilena …

    A Palestina como estado tem o direito de existir como ISRAEL tambem.

    Importante frissar que em 49 /56/67/73 nenhuma das guerras foi ato deliberado Israelense.

    Em 56 o Egito proibiu navegação de barcos Israelenses quando nacionalizou o canal o que naõ deixou opção a Israel pois atentava contra sua segurança basica de existencia, em 67 Israel apenas atacou forças ja deslocadas para ataca-la algo confessado por Nasser antes, durante e depois dos fatos.

    O maior massacre contra palestinos foi feito pela Jordania e a essquerdalha só fala em Sabra e Chatila.

    a esquerda apoia o Hamas grupo que mata gays, mataria adeptos de Umbanda/candoblé ou qualquer outro credo que nao seja ”  do livro ” e teria as mulheres ditas progressistas que tanto acham moderninho falar em prol dele, como PROSTITUTAS apenas pq alem de ESTELIONATARIA da verdade , tem birrinha com Israel que representa o ocidente do qual sempre levou uma SURRA …rs

    Nada mais.

    Na Cisjordania tambme há palestinos e eles não vivem cercados por muro, omuro foi uma contençao fisica necessaria pq o povo palestino quando Israel saiu da faixa de gaza de forma UNILATERAL ao inves de buscar mostrar ao mundo que estavam interessados em ser uma sociedade moderna e voltada para seu crescimento votou no HamaS que MASSACROU todos os simpatizantes do FATAH com cenas na Internet deploraveis, e começou uma onda de suicidas em bares, restaurentes e onibus para não falar dos misseis lançados a partir de casas e escolas .

    Falam do ataque a bases da ONU na Faixa de gaza mas não explicam como a ONU permitiu que o Hamas colocasse munição e armas nestes lugares.

    Tambem ninguem explica o misterio pelo qual os mesmos tuneis onde passava munição, fuzis AK 47 , foguetes de + de 3 metros de comprimento e 150 kg de peso como dinheiro em cash para pagar a soldadesca do Hamas nao poderia ser usado para levar COMIDA E REMEDIOS para os palestinos.

    A explicação é a de sempre o HAMAS nao dá a minima para os palestinos, os faz de refens e conta com a conivencia de muitos deles atraves da manipulaçao de uma fé totalitaria.

    Para nao citar o fato que os palestinos sairam as ruas em 2001 comemorando a morte de 3 000 inocentes em nova york com direito a buzinaço e ao mesmo tempo ficam tao preocupados com a morte de inocentes deles.

    Israel tem sido vitima de ataques diarios de foguetes que só nao matam porque não conseguem, se pudessem matariam todos os israleneses, e isso ninguem fala…rs

    Esse papo furado de desproporção é a coisa mais ridicula do mundo, onde uma sociedade deve se ver refem de terroristas e nao usar todo seu poder de retaliação para nao parecer arbitraria.

    Israel comete excessos?

    Com certeza !

    Que podem e devem ser denunciados alias isso é feito por boa parte de sua sociedade em um ato democratico que INEXITE entre os que vivem a sombra do Hamas.

    Mas demagogia, mentira, deturpaçao dos fatos sempre foi sinonimo de esquerdismo, mas a gente fala né?

    Pq é sempre bom o contra ponto para aqueles que buscam informação com honestidade… 

    OBS: Só haveria decencia e honestidade neste tipo de “carta ” se juntamente com a condenação à açoes do governo isralense ( nao da nação de israel ) houvesse a DENUNCIA DA TIRANIA DO HAMAS não há, logo trata-se apenas de lagrimas de crocodilo à serviço da desinformação.

    1. Leonidas,
      Vamos supor que

      Leonidas,

      Vamos supor que tudo que você está dizendo fosse verdade. E não é. Mas nesse caso eu faria a seguinte pergunta..

      E dai? Os palestinos são tão humanos quanto os israelenses e ambos podem ser igualmente cruéis e perversos. Isso eu sei. Mas o caso fundamental é que a situação foi criada pelos Israelenses que para lá foram.

      Ai você vai dizer, mas isso não da direito aos palestinos de fazerem o que fazem.

      Não dá por quê? Por acaso acredita em nobreza humana. Em igualdade, fraternidade e liberdade por geração espontânea?

      Como já disse antes. Se os israelenses ainda que só matassem combatentes armados e os palestinos só matassem civis (e lembre de Dresden e Hirochima, lembre-se dos atos de violência dos militantes da resistência francesa contra os próprios franceses tido como simpatizantes dos nazistas), ainda assim os israelenses seriam o lado errado nessa guerra porque a lógica que deve imperar para manter a paz é o respeito as fronteiras e o espaço alheio.

      E isso não é uma preocupação motivada por simpatias a um e preconceito com outro. Pra mim israelenses e palestinos são as mesmas porcarias de seres humanos que todos somos. Mas para que amanhã não veja atacarem meu território é preciso condenar que façam isso aos outros. O resto é retórica vã.

      1. “… Vamos supor que tudo que

        “… Vamos supor que tudo que você está dizendo fosse verdade. E não é…”

        Não é verdade os fatos mencionados no texto?

        Ta serto…rs

        1. Ok Leônidas, já que prefere

          Ok Leônidas, já que prefere assim não me furto…

          Você diz que Israel estava só se defendendo (“nenhuma das guerras foi ato deliberado Israelense”). Essa argumentação é análoga a dizer que um assaltante que entra na sua casa é vítima e só te ataca porque você revida. Ou seja, dizer que o assaltante está se defendendo de você é fato. Mas isso não muda o sentido falso da argumentação. Consegue entender ou não? 

          Outro exemplo, você fala “O maior massacre contra palestinos foi feito pela Jordania e a essquerdalha só fala em Sabra e Chatila.”. E te ajudo nessa… Não só se esquecem disso como se esquecem de dizer que quem cometeu os massacres em Sabra e Chatila foram libaneses e não Israelenses. Fato, certo?… Mas agora me diga, quem foi que criou a situação de milhões de refugiados palestinos tanto na Jordânia quanto no Líbano que levou a esse desenrolar?… Percebe novamente a conversa vazia dentro dos seus “fatos”.

          Vou repetir o que disse antes. O lado errado é Israel pelo simples fato que eles são os invasores. A conversa de quem é o bárbaro malvado é história que só serve para contar aos infantes.

          1. Israel não é invasor de nada,

            Israel não é invasor de nada, nunca deixou de existir foi dissolvida como nação por ato de força que só encontra paralelo historico ao feito com Cartago.

            Agora se houvesse honestidade de sua parte voce faria o que já vi inumeros fazer.

            Ou seja são a favor dos palestinos porem sabem que não há como ignorar a legitimidade do estado israelense, logo pregam e torcem pelo dois estados .

            NÃO HÁ SANIDADE nesta linha ABSURDA de julgar como errado à revelia do qualquer coisa pessoas que já não tem relação nenhuma com as gerações da epoca do restabellecimento.

            Esse raciocinoé no minimo DESONESTO, deveria se envergonhar de falar algo tão estupido… 

          2. Israel não é invasor de nada,

            Israel não é invasor de nada, nunca deixou de existir foi dissolvida como nação por ato de força que só encontra paralelo historico ao feito com Cartago.

            A tese histórica… Boa essa

            Agora se houvesse honestidade de sua parte voce faria o que já vi inumeros fazer.

            Ou seja são a favor dos palestinos porem sabem que não há como ignorar a legitimidade do estado israelense, logo pregam e torcem pelo dois estados .

             Honestidade?

            Demonstre a legitmidade do Estado de Israel… Digo, houve um plebiscito universal na Palestina ou foi decisão dos senhores do ocidente?

            NÃO HÁ SANIDADE nesta linha ABSURDA de julgar como errado à revelia do qualquer coisa pessoas que já não tem relação nenhuma com as gerações da epoca do restabellecimento.

            Entendo, não vale a relação de algumas poucas gerações atrás, mas vale a relações ocorridas no tempo do império romano. Muita sanidade mesmo.

            Esse raciocinoé no minimo DESONESTO, deveria se envergonhar de falar algo tão estupido… 

            Sim é mesmo muito estúpido e desonesto. Devia se envergonhar. Porque eu não discuto quem é menos bárbaro nem fico repetindo conversa de demonização de A ou B. Bato numa única tecla, simples e objetiva…

            No começo do século XX havia cidades e populações majoritariamente de palestinos naquelas terras. Não eram Estados porque toda a palestina e regiões vizinhas eram colônias européias. Mas havia cidades ao estilo moderno e instituições nacionais organizadas. Se não fossem os judeus que para lá foram em massa no processo de saída das potencias européias e o apoio político externo nunca que haveria a fundação do estado de Israel. Esse é o fato objetivo e indiscutível.

            Vou repetir, se não houvesse a ideologia que fez os judeus irem para lá no processo de saída do mando europeu hoje a palestina seria um estado como é a Jordânia. Entende esse “casuísmo” ou não?

            Se não quer aceitar esse fato objetivo de que Israel se impôs de fora para dentro, é porque está a tomar para si a mesma ideologia baseadas em crenças religiosas e uma idéia de existir direitos históricos.

            E se manter nessa posição de crença definitivamente não te dá autoridade para acusar ninguém de ser desonesto.

            Mas vamos a questão…

            Se assumir que Israel é de fato um invasor, concorda que seja lá qual for as barbaridades que o invadido fizer, deve-se apoiá-los. Pergunta simples.

            Claro, pode depois reafirmar que não considera Israel invasor. Mas só responda.

          3. Eu nao concordo e nunca irei

            Eu nao concordo e nunca irei concordar com barbariedades de nenhuma especie.

            e não sou uma pessoa crédula, já fui e muito porem isso não vem ao caso.

            Israel é uma nação , sempre foi uma nação e tem todo o direito do mundo à sua existencia e seu estado como os palestinos.

            Concluir isso não passa por ignorar excessos que eu mesmo já condenei outras vezes como a condição de vitimas dos palestinos não justificam em absoluto reconhecer coisas como o Hamas ou achar que tudo o que ocorrer da parte deles é valido e vice e versa…

          4. Resposta ao post do Leônidas de 25/06/2015 – 20:43

            Eu nao concordo e nunca irei concordar com barbariedades de nenhuma especie.

            Agradeço ter respondido objetivamente. Isso demonstra vontade de diálogar.

            Mas ficamos assim então…

            Você não acha válido excessos. É uma visão humanista que está no direito de adotar.

            Eu já não tenho escrúpulos… Se destruir as fábricas do inimigo não adiantar pois eles conseguem reconstruí-las rapidamente, matemos o povo (Dresden, Hirochima; cito novamente para lembrar que não estou sozinho na minha crueldade).

            E matar o povo é matar crianças; bebês nos berços e nos ventres das mulheres. Não com um tiro na cabeça ou algo indolor, mas com fogo, estilhaços dolorosos, explosões dilacerantes, enterrados vivos nos escombros, morte lenta, terrível e dolorosa. É assim que a humanidade age. Mas naturalmente não devo desejar que pense igual a mim muito menos que deixe de condenar os “excessos” dos palestinos “terroristas”.

            Assim encerro a questão quanto ao discurso de querer justificar um lado e condenar o outro pela falácia da demonização com você estando no direito de não concordar com minha posição… Nossa discórdia ficará apenas na questão objetiva se os Israelenses são invasores ou não. E já dei minha explicação do porque os considero invasores. Logo não tenho também o que dizer a mais, pelo menos não no presente momento.

             

          5. Sionistas…

            Nenhum discursinho sionista rasteiro vai conseguir  esconder os fatos.

            O Twitter e toda a internet  estão repletos de vídeos que mostram a violência do ocupante sionista, Israel, contra os povos

            palestinos. Genocídio e ocupação, desrespeito a todas as leis internacionais, brutalidade, roubo

            de terras, demolição de moradias palestinas e assassinatos diários de jovens na Cisjordânica, isso é o sionismo.

            Querer que o povo oprimido e massacrado da Palestina seja gentil com o ocupante sionista é algo que só pode ser

            imaginado por uma mente muito limitada.

            Não adianta discursinho rasteiro, porque a verdade está gravada em milhares de vídeos, em depoimentos de

            jornalistas que estiveram na Palestina, em fotos, enfim, não adianta, sionistas, nós conhecemos os fatos.

             

             

             

             

             

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