As mulheres dedicaram 9,6 horas a mais aos afazeres domésticos ou ao cuidado de pessoas do que os homens no ano de 2022, pouco menos do que os 10,6 horas registrados em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa redução só foi vista em tempo: 92,1%% das mulheres com 14 anos ou mais realizaram afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas em 2022, enquanto 80,8% dos homens desse grupo etário estavam envolvidos nessas atividades.
Entre 2019 e 2022, o que mais contribuiu para a variação negativa da taxa de realização de afazeres domésticos no País foi a diminuição de 1,1 ponto percentual (p.p.) na taxa observada entre as mulheres.
Em 2022, 148,1 milhões de pessoas de 14 anos ou mais realizaram afazeres domésticos no próprio domicílio ou em domicílio de parente, o equivalente a 85,4% dessa população, um pouco abaixo da taxa estimada em 2019 (85,9%).
Enquanto 91,3% das mulheres realizaram alguma atividade relacionada a afazeres domésticos, essa proporção foi 79,2% entre os homens em 2022.
A população com 14 anos ou mais de idade dedicava, em média, 17 horas semanais aos afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas, sendo 21,3 horas semanais para as mulheres e 11,7 horas para os homens.
Desigualdade entre pessoas ocupadas
A divisão de tarefas segue desigual mesmo entre homens e mulheres ativos no mercado de trabalho: as mulheres ocupadas dedicaram uma média de 6,8 horas a mais do que os homens ocupados aos afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas em 2022.
Segundo o IBGE, a realização de afazeres domésticos era maior entre homens com curso superior completo (86,2%) e menor entre os sem instrução ou com ensino fundamental incompleto (74,4%).
O Nordeste tinha as menores taxas de realização de afazeres domésticos, para o total (81,1%), para os homens (71,6%) e para as mulheres (89,7%). A região também mostrou a maior diferença entre as taxas de realização de afazeres domésticos por sexo (18,1 pontos percentuais a mais para as mulheres) e o Sul, a menor (9,3 pontos a mais para elas).
As taxas de realização de afazeres domésticos pelas mulheres brancas (90,5%), pretas (92,7%) ou pardas (91,9%) são sempre mais altas que a dos homens dos mesmos grupos de cor ou raça (80,0%, 80,6% e 78,0%, respectivamente).
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