O preconceito vive, por Walcyr Carrasco

Sugerido por Gunter Zibell – SP

Da Época

O preconceito vive

Um restaurante que discrimina uma pessoa negra e sozinha deveria perder o alvará para funcionar
 
WALCYR CARRASCO
 
Em meio a tantas ONGs, grupos que vigiam cada frase da novela, tenho refletido sobre como o preconceito sobrevive, intenso, no cotidiano. Hoje mesmo fui surpreendido com um texto do escritor Aguinaldo Silva em seu blog. É público e notório que Aguinaldo e eu não somos os melhores amigos. Mas fiquei chocado com a situação que ele viveu. Aguinaldo foi a um restaurante em Petrópolis, da cervejaria Bohemia. Primeira situação de preconceito: não queriam arrumar mesa para alguém sozinho. É fato. Pessoas sozinhas sofrem preconceito em restaurante. Muitas vezes, nos japoneses, já me quiseram sentar no balcão. Como se o solitário não tivesse direito a ocupar uma mesa. Existe preconceito contra a solidão? Existe sim. Uma das primeiras perguntas sempre feitas a alguém que se separou é:
 
– Mas você está com alguém?
 
Há uma cobrança contínua de que a pessoa tenha alguém. Mesmo em novelas, atores que não terminam com um par romântico sofrem, como se o papel não tivesse valido a pena. Uma pessoa sozinha num restaurante é observada, encarada, como se tivesse algo errado.  Aguinaldo conseguiu sua mesa, improvisada numa área que não era responsabilidade de nenhum garçom. Portanto, ninguém o atendia. Óbvio, não o tinham reconhecido como Aguinaldo Silva, o grande autor de novelas. Aguinaldo é negro. Os garçons o trataram como um cliente de terceira categoria. Reclamou. Quando conseguiu pedir, o garçom, ao trazer o picadinho, espirrou no prato, enquanto seus colegas riam. Segundo o próprio Aguinaldo, ele comeu o picadinho com espirro e tudo. Eu jamais teria feito isso. Talvez atirasse o prato na cara do garçom, e terminássemos na polícia. Mas eu sou branco, não estou acostumado a conviver continuamente com situações de preconceito. Deve ser muito mais difícil para alguém que ao longo de uma vida toda é massacrado por olhares, atitudes, desrespeitos. A não ser quando o reconhecem como o grande autor que ele é.

 
Eu já vivi situações de preconceito sim, pela pobreza, durante boa parte da minha vida. Às vezes economizava para comprar uma camisa bacana. Entrava na loja do shopping, a vendedora me olhava de alto a baixo, respondia com voz gélida e má vontade. Desprezo absoluto. Uma conhecida, diretora de uma faculdade, é gorda. Veste-se com calças apertadas, camisetas soltas. Ia para o aeroporto. A alça da bolsa arrebentou. Parou no shopping, entrou numa loja e apontou uma bolsa, perguntando o preço. A vendedora:
 
– Olha, a senhora não tem condições de comprar essa bolsa.
 
Minha amiga é rica. Chamou a gerente, fez um barulho. Mas existe preconceito contra gordo, contra quem não é elegante e, principalmente, contra negros e quem é ou parece pobre.
É tão internalizado que às vezes a pessoa nem percebe. Tenho um amigo cujo filho é negro. É apaixonado pelo menino e ótimo pai. Se dá bem com a ex, negra. Em conversa,  ele não entendia por que eu acho que a existência de um elevador social e outro de serviço é preconceito.
 
– Se um médico vai dar consulta no apartamento de alguém, não pega o elevador de serviço. Ele é usado para discriminar os de aparência pobre ou negros. – Insisti. – O que impede a empregada do vizinho de subir no mesmo elevador que eu?
 
Meu amigo não havia pensado no assunto. Fui adiante.
 
– E o banheiro de empregada? Por que a empregada não pode usar o mesmo que o patrão?
O elevador de serviço e o banheiro de empregada estão tão banalizados no cotidiano que não se pensa no preconceito embutido em sua simples existência. É a discriminação, incorporada pelas imobiliárias.
 
Tenho um grande amigo, Júlio, filósofo, de meia-idade. É negro. Várias vezes, quando desce sua rua, próxima à Augusta, em São Paulo, nota que ela está deserta. Se há um casal mais adiante, ao vê-lo instintivamente a dupla atravessa para a outra calçada. O preconceito também funciona ao contrário: num recente assalto num prédio de luxo em São Paulo, um casal bem vestido apresentou-se na portaria. Imediatamente, abriram os portões. Foi a senha para depenarem o prédio todo. Em meu prédio, no Rio de Janeiro, várias pessoas entram sem ser anunciadas por estarem bem vestidas. É o preconceito na contramão.
 
Já fui contra a política de cotas para negros no trabalho. Hoje sou a favor. E também sou a favor de penalidades severas contra quem demonstra preconceito. Um restaurante que discrimina uma pessoa negra e sozinha simplesmente deveria perder o alvará para funcionar. 
Redação

26 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    1. O texto é muito bom. Mas

      O texto é muito bom. Mas realmente, que pegadinha é essa de dizer que o Aguinaldo Silva é negro? Pelo menos no Brasil certamente ele é branco.

    2. Pois é… tão “negritando”

      Pois é… tão “negritando” todo mundo, a fim de enaqudrar uma determinada situação à tese que se quer defender. Eu guento?

    1. O preconceito é algo

      O preconceito é algo inegável. Sempre existiu e sempre existirá. Algo que pode ser mitigado, jamais erradicado. Nada é mais humano do que discriminar outro ser humano.

  1. Não é preconceito, é

    Não é preconceito, é business. A pessoa sozinha representaria hipoteticamente (em caso de lotação) menor lucro para o restaurante, pois a mesa poderia estar ocupada por 2 (!!) pessoas. Por isso que não é bem visto, embora não justifique o tratamento diferenciado.

    Por sinal, em alguns casos já tive garçom pedindo para sentar outra pessoa sozinha comigo, e em nenhuma delas neguei tal possibilidade.

    E se o Aguinaldo Silva pode ser considerado negro, os albinos seriam o que? Pardos?!

    No próprio texto do Aguinaldo que  tinha lido tempos atrás ele em nenhum momento usa a questão de cor, no máximo levanta a questão da idade, além do fato de estar sozinho.

    Segue o link:

    http://asdigital.tv.br/portal/?p=9385

     

    1. Se Aguinado sofreu alguma

      Se Aguinado sofreu alguma discriminação no restaurante que não o fato de estar sozinho, como ele alega, foi por sua orientação sexual.

  2. O Aguinaldo é “negro” e o

    O Aguinaldo é “negro” e o autor do texto, influenciado pelo personagem da sua novela, é cego. Além de ter a pele branca, o Aguinaldo, não tem traços negróides. Ao invés de racismo, esse é um caso de  ódio LGBTs.

  3. Mais um que confunde tudo, (convenientemente?)

    Como já disseram aqui, pessoas sozinhas são atendidas de má vontade evidentemente por razões (indevidas, mas) comerciais. Eu mesmo (branco, sem registros de “má aparência”) quase sempre sou atendido de má vontade, se sozinho. Óbvio que espirro (explícito, há os de cozinha…) é caso grave, mas isso é outro assunto.

    No caso da “gorda”, ele mesmo fala da roupagem relaxada, o que induziu a (péssima) vendedora a (também indevidamente) pensar que ela não tinha dinheiro e não porque tinha “preconceito contra gordas”. Gordas ricas, “bem vestidas”, enjoiadas e acessoriadas” certamente seriam avidamente bem atendidas.

    Elevador de serviço hoje existe para transporte de cargas e mudanças. O próprio morador terá que usat o de serviço para, por exemplo, subir com compras.Segregações são proibidas por lei, o que não impede prédios “cheirosos” de transgredí-las. Talvez le more num desses.

    Enfim, deve estar acostumado a tarnsformar qualquer bobagem em novela, aquele negócio pra distrair distraídos e aumentar a audiência de telejornal panfletário.

    Por uma ou duas entrevistas que vi (uma, bêbado e “revelador”) e mais esta, percebo a mediocridade do celebrado (e bem remunerado) noveleiro. Suspeito até que pela confessa inimizade, tal besteirol possa ser apenas uma alfinetada para com o não amigo “negro”;

    A existência de preconceitos contra negros, gordos, gays, religiosos, feios, pobres, loiras, fedidos, burros,etc. obviamente existe. Mas é específica de cada um que se topa por aí.

    E os exemplos dados no post são medíocres.

     

     

  4. Embora não seja de cor negra,

    Embora não seja de cor negra, sou uma senhora que vai a ótimos restaurantes, geralmente só. A coisa mais chata é ouvir essa pergunta: a senhora está sozinha? Pior, quando a gente responde afirmativamente sempre vem um garçom para nos levar pra uma mesa pequena enfiada em algum canto esquisito. Eu, já macaca-velha, digo que não preciso de indicação, pois sei onde quero me sentar, e me sento em qualquer canto, mas sempre observando o descontentamento do garçom, e até do gerente. Às vezes, e respondo assim: por quê? o senhor tá vendo alguém atrás de mim? Já passei por coisas bem desgastantes, como essa de passar um tempão aguardando a comida, ou de, numa churrascaria, os garçons fugirem de mim. 

    Achei o post mito bacana, e acho que esse tal de preconceito, que nasce de uma mente estúpida, existe em todos os cantos do mundo, e aqui no Brasil não é diferente. Tem pra todos os gostos: por se ser negro, jovem demais, velhod emais, preto, pobre, por estar mal-vestido, por se engraçado demais, por ser triste demais… Não adianta chorar. A gente tem que denunciar, quando possível, e na maioria das vezes saber relaxar, porque passar recibo pra essa cambada de ignorante não vale a pena. Eu sinto a maior tristeza quando vejo um negro contando sua história de vítima do racismo com lágrimas nos olhos. Dá vontade de chegar nele e dizer: não chore; vá à luta, e levante sua cabeça.

    1. Maria, gostei do seu

      Maria, gostei do seu comentário!  Não devemos deixar de viver a nossa vida porque alguns ignorantes agem de forma preconceituosa.  Devemos agir como você, consciente dos seus direitos de cidadã.  O texto do Walcyr apesar de ser um assunto sério e complexo, acho muito exagerado e dramático.  Leio as colunas dele e os textos são sempre de reclamação e infantil.  Enfim, acho que o Walcyr deve amadurecer, está mais que na hora!

  5. O que será?

    O autor conhece Aguinaldo Silva e se relaciona com ele, portantoi, não cometeria o engano de considerá-lo negro. Fica a parecer então que, em vez de noticiar implicitamente a homossexualidade de Aguinaldo Silva neste texto, o autor preferiu ser eufemístico, dizendo-o negro, em vez de homossexual (ambas condições deflagram preconceitos). Por outro lado, se for realmente assim, o autor revelou-se: se não for homofóbico, sente-se desconfortável com o homossexualismo. Mas quem sou eu para compreender a alma de dramaturgos, pessoas complexas, ainda mai em contenda…

  6. Resposta da AMBEV à Aguinaldo Silva

    Resposta da AMBEV a Aguinaldo Silva, no blog de Aguinaldo, sobre o constrangimento pelo qual ele passou no restaurante de Petrópolis:

    A AMBEV ME CHAMA
    »Públicado por aguinaldo silva em jan 6, 2014 | 36 comentários

    O relações públicas da Ambev me liga, diz que já foram tomadas as devidas providências lá no restaurante da Cervejaria Bohemia após minhas queixas, e me convida para uma nova visita. Convite aceito. Mas dessa vez não irei só – levarei comigo meia dúzia de velhinhos da minha idade, e prometo que esvaziaremos aquelas garrafas todas! Aliás vou contar um segredo a vocês: até este domingo fatídico há oito anos que eu não bebia cerveja. Mas sabe que me caiu bem? Saí de lá tinindo.

    http://asdigital.tv.br/portal/?p=9392

  7. Mentira !

    “Aguinaldo é negro. Os garçons o trataram como um cliente de terceira categoria “

     Mentira !Para os padrões brasileiros o Agnaldo é branco.Ele naõ tem nenhum traço negro.Outra, o garçon espirrou no prato ? Sei não, acha que o Walcir forçou um pouco. Este senhor não é negro nem na Finlândia.

  8. O texto estava legal, ainda

    O texto estava legal, ainda mais que eu não gosto destes novelistas que se acham (e Walcyr Carrasco e Aguinaldo Silva são desta ala), até que a galera do blog coloca umas fotos do Aguinaldo…

    O que era para ser um texto sério se transforma numa comédia.

    O “negro” Aguinaldo com seu nariz afunilado é de uma branqueza só… 

  9. Sem pé nem cabeça.

    Fosse eu garçom da espelunca citada e entrasse por lá o Walcir Carrasco, seria servido por mim com a máxima atenção e cortesia.  

    Não por nada, mas por ter sido autor da novela/trama mais absurda, estrambólica e non sense da história da dramaturgia mundial.  

    Pode parecer, mas não é pouco.

  10. Bom, a discriminação que o

    Bom, a discriminação que o Aguinaldo sofreu ou diz que sofreu provavelmente tem a ver com o fato de que é idoso e tem aqueles trejeitos do homossexual estereotipado. Como dizem por aí, de forma bem ofensiva, uma “bicha velha”. Não vou discutir aqui se é feio, se é bonito, se é aprendido ou a pessoa já nasce assim, o que importa é que Aguinaldo ou qualquer um deveria ter o direito de ser como é sem ser maltratado por isso. Boa parte da discriminação contra homossexuais que tenho visto (e mesmo contra heterossexuais, já que há aqueles que também “desmunhecam”, pois não?) tem a ver com esses trejeitos e modo de falar. E o pior é que esses são discriminados até por outros homossexuais, a turma do braço grosso.

    Como eu disse abaixo, nada é mais humano do que discriminar outro ser humano. A diferença, mesmo quando não causa prejuízo a ninguém, incomoda quem segue a norma. Lamentável…

  11. O enígma: era a defesa de cotas raciais para ´negros´

           Conforme a maioria dos comentaristas também fiquei intrigado com a pretensa identidade racial de ´negro´ conferida por Walcyr Carrasco a Aguinaldo Silva. Esse é, tal como a maioria dos brasileiros, evidentemente um afro descendente fruto de várias miscigenações. Mas não é portador da ´marca´ da melanina que induz a crenças raciais.

           Se essa foto (Google imagens) for dele, andou ´melhorando´ a estampa.

           Somente ao final, no último parágrafo, compreendi a razão do autor para designar seu confesso inimigo à condição racial aviltante de um ´negro´ naquela presumida de inferioridade racial afirmada pelo racismo.

           Tal designação ´negro´ trata-se de uma ofensa racial introduzida no Brasil por lei através do Marquez de Pombal, em 1755, na primeira lei racial da nossa história oficial – destinada a reconhecer direitos de cidadania aos nativos para a inserção social – e proibia o colonizador designar os índios como ´negros´, condição reservada aos escravos – os pretos da Costa da África, por serem os pretos, como pertencentes à ´raça negra´:  art. 10 – Entre os lastimosos princípios, e perniciosos abusos, de que tem resultado nos Índios o abatimento ponderado, é sem dúvida um deles a injusta, e escandalosa introdução de lhes chamarem Negros; querendo talvez com a infâmia, e vileza deste nome, persuadir-lhes, que a natureza os tinha destinado para escravos dos Brancos, como regularmente se imagina a respeito dos Pretos da Costa da África.” Aqui a íntegra da lei pombalina editada no século 18, auge do nascimento da classificação racial dos humanos. http://www.nacaomestica.org/diretorio_dos_indios.htm

           É bom lembar que naquela época, século 18, marca o nascimento do racismo como ideologia de classificação humana com hierarquia racial, em que havia uma ´raça´ superior e as inferiores, reservando à ´raça negra´ a condição subhumana de base inferior na hierarquia. Com isso legitimava sua condição escrava essencial ao sistema mercantilista que imperava. “Eram escravos por natureza” conforme a tese de Aristóteles que se transformou em racismo.

           Na verdade Carrasco queria fazer um artigo para a defesa de políticas de segregação de direitos raciais e devia estar procurando um mote que justificasse a defesa do que no íntimo considera indefensável se não estiver ancorado num fato objetivo. E nada melhor do que alfinetar um adversário que considera ´inferior´ com a ofensa racial de ´negro´: ” Já fui contra a política de cotas para negros no trabalho. Hoje sou a favor. E também sou a favor de penalidades severas contra quem demonstra preconceito. Um restaurante que discrimina uma pessoa negra e sozinha simplesmente deveria perder o alvará para funcionar.”

           Ora qualquer discriminação é crime e (modéstia exclusa) ajudei a aprovar isso nos debate pré-CF/88 no inciso XLII do artigo 5º e nos debates da lei 7716/89 (a Lei CAÓ), pois de autoria do jornalista e Deputado Constituinte Carlos Alberto Caó de Oliveira (PDT/RJ), um afro-brasileiro antirracista, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro e amigo de Leonel Brizola. Essa lei foi a que pela primeira vez tipificou como crime atitudes de discriminação racial no Brasil, revogando a inócua Lei Afonso Arinos de 1951 que dizia ser apenas um ´quase crime´, uma simples contravenção penal.

                Portanto onde ocorrer discriminações – qualquer uma – aplica-se a lei do ordenamento jurídico é o que deve ser feito. E isso nada tem a ver com a defesa de políticas públicas de segregação de direitos raciais para os ´negros´ aquela designação que Pombal adjetivava com ênfase – injusta, escandalosa, infame e vil – e declarava com razão ser o emprego dela a razão para o ´abatimento ponderado´ dos índios. Portanto as leis estatais defendidas por Carrasco conferindo a pretos e pardos a identidade jurídica de ´negros´ irão violar por expressa e deliberada ação do estado – tal como fez o Marquez – a dignidade humana dos pretos e pardos beneficiários.

              Conforme o IBGE os pretos e pardos adotam mais de 130 distintas autoclassificações identitárias da cor da pele e apenas 7% deles se auto-classificam racialmente como ´negros´, não existindo razão sociológica e configurando flagrante fraude antropológica o estado, através dos atuais governantes, reclassificar a todos afro-brasileiros como se pertencentes àquela raça ´negra´ tão fortemente adjetivada na lei pombalina.

             Destarte fica evidente que o objetivo do autor ao utilizar a linguagem racial ofensiva foi, sem dúvidas,  defender o emprego da segregação de direitos raciais e aproveitou-se para imputar uma ofensa racial a seu declarado desafeto.

            Além disso, ele confunde conceitos: preconceito e discriminação não são a mesma figura jurídica.

     

    1. Ele clareou a pele e alisou o cebelo

      O retrato do Google é dele, sim. Ele é um complexado e gosta e mudar a aparência. Ele agora vive em Lisboa. Quer parecer branco. É compreensível: ser negro aqui no Brasil deve ser um tormento insuportável. Mas é ridículo ver o sujeito clarear a pele e alisar o cabelo. Eu lembro dele há anos atrás. Quando ele não podia esconder suas origens e nào havia a menor dúvida sobre a cor dele. Agora muita gente está convencia da “brancura” do autor nordestino. Que mudou de cor como Michael Jackson. 

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador