A instituição que cobra mais de mil porcento ao ano, por Luís Nassif

Das 59 instituições analisadas, 13 cobram mais que 700% ao ano e somente 9 cobram abaixo de 200% ao ano no crédito rotativo

É curiosa a discussão sobre a taxa Selic. Fala-se em uma taxa básica de 13,75% ao ano. Quando se entra no terreno das taxas aplicadas no mercado, a Selic se torna minúscula. Provavelmente não existe economia no mundo com taxas tão violentas, tanto às pessoas físicas quanto jurídicas.

Não é por menos que algumas fintecs ameaçaram parar com o crédito se fosse estabelecido um teto para o crédito rotativo.

Vamos ao último levantamento do Banco Central, para se ter uma ideia da boca de dragão dos juros.

Cartão de Crédito Rotativo

Das 59 instituições analisadas, 13 cobram mais que 700% ao ano; 17 cobram entre 500% e 700%; 15 cobram entre 300% e 500%; 5 cobram entre 200 e 300% e apenas 9 cobram abaixo de 200% ao ano.

Cartão de Crédito Parcelado

As taxas vão de 706,11% a 7,77% ao ano. Pelo menos 40 instituições cobram acima de 200% ao ano.

Consignado do INSS

São as únicas taxas civilizadas, que vão do máximo de 26,27% ao mínimo de 20,53% ao ano.,

7 Comentários

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  1. Essas taxas de 1000% pegam a população mais pobre e vulnerável. Trabalhando no TJ/SP vejo muitas ações discutindo essas taxas. São sempre pessoas simples e que permanecem presas a esses empréstimos por anos a fio.

  2. Está se vendo que não existe regulação no país para esse tipo de crime. Cobrar 1000% de juros no país que a inflação não chega a 2 dígitos, é um caso de policia. Mas quando
    é para roubar (que esse juros não é de longe legal para remunerar empréstimo de coisa nenhuma) o dinheiro do povo, ninguém se importa. Ético não é. Justo, muito menos. Juros
    muito alto é uma coisa inventada para roubar as pessoas como se não estivessem roubando.
    Se o país tem um sistema jurídico falho, perverso para os direitos do povo, e com a
    elite política e econômica que mantém uma mídia que esconde o achaque ao bolso do povo. Então eles avançam até além de todos os limites.

  3. Caro Nassif, o pai de um amigo meu “emprestava dinheiro”. Cobrou o pagamento de uma pessoa com “costas quentes” e dias depois, as 5 horas da manhã, a pf levou ele por agiotagem. Cobrava 150% ao ano, um absurdo, agiota mesmo. Hoje discutimos a selic a 13 e os juros ‘reais’ chegam a 1000%.Ninguém paga uma dívida de 1000% ao ano, não existe essa possibilidade. Isto não é agiotagem é Escravidão por Dívidas. Todo o país volta a ser escravo do sistema ‘financeiro’.

  4. Nassif,por favor , tenho 71 anos e, vivo um pouco isolado com meus dois cachorrinhos e, dois gatos e, minha companheira: aqui em casa somos todos muito felizes; faça um favor , Nassif : avisa o
    lula, ele vai cair numa armadilha; os dez bilhões (r$10.000.000.000,00) do orçamento secreto que o STF dividiu entre o governo e o congresso é uma armadilha..! A insistência do Arthur lira para que o líder do governo ,o Padilha, libere a verba,que está sob o controle do governo, denuncia a pressa de derrubar o lula..! Se é verdade que foi liberada verba desse orçamento Lula deve sustar o ato..! Dá um jeito, aí, Nassif,eu não sei como fazer; avisa o lula..!

  5. A verba do orçamento secreto dividida pelo STF de dez bilhões para o congresso e dez bilhões para o governo ,para ser repartida entre deputados , é uma armadilha para o
    lula..!

  6. A elite rica de São Paulo, que controlam os bancos do país e as grandes mídias, deveriam ser denunciadas aos Ministérios Públicos por essa acharque que fazem ao país. Essas taxas são mais que criminosas. São acintosas. E os congressistas e burocratas de órgãos que deveriam proteger a economia nacional, não fazem nada. Nem o poder judiciário faz nada. Então, quem tem que fazer é a sociedade mesmo, as pessoas em grupo deveriam pedir providências para as promotorias públicas, pedindo a suspensão do acharque e a penalização dos responsáveis. Evidenciando o crime, e envolvendo a justiça. Não há outra maneira, enquanto eles se sentirem livrem, vão continuar aumentando as taxas de juros e roubando as economias do povo.

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