Os últimos indicadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram o seguinte quadro:
- Em fevereiro de 2021, houve uma queda de 0,66%, puxada principalmente pelas indústrias extrativas – que caíram 4,68% contra queda de 0,22% da Indústria de Transformação. Tabela 1.
- Mesmo assim, a partir de janeiro de 2021, a Indústria de Transformação passou a apresentar resultado positivo em relação ao mesmo período do ano anterior, depois de uma queda abrupta a partir de maio do ano passado. Enquanto isto, as Indústrias Extrativas passaram por um ciclo oposto: crescimento substantivo até março de 2020, com queda gradativa posterior. Tabela 2.
- Na avaliação por setor da indústria, em relação a fevereiro de 2020, o indicador foi afetado principalmente pela queda no setor automobilístico (-34,6%) e celulose e produtos de papel. Tabela 3.
Mas o ponto central é o aumento dos custos de produção. Em um ano, houve aumentos de 22,6% em Produtos Alimentícios e 19,7% em Produtos de Madeira. As altas ocorreram em praticamente todos os setores. Tabela 4
As pressões prosseguiram em fevereiro passado, com altas expressivas em Resinas e Elastômeros (+13,3%), Siderurgia (+12,12%) e Produtos Químicos Inorgânicos (+11,23%). Tabela 5.
Apenas 5 setores tiveram queda pequena nos custos Tabela 6.
Como consequência, observa-se uma alta generalizada nos produtos finais em 12 meses, com alta de 28,6% na Indústria Geral. No mês, houve quedas, mostrando dificuldades de repasse de custos para o produto final. Tabela 7
Daqui para frente, haverá dificuldades maiores em repassar preços e uma paralisação da economia devido à segunda onda da Covid-19. Nesse quadro, Paulo Guedes não mostra uma estratégia sequer para superar a recessão.
Será um ano difícil.
Tabela 1
Tabela 2
Tabela 3
Tabela 4
Tabela 5
Tabela 6
Tabela 7
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.