Na consagração de Janot, o populismo em um órgão de Estado, por Luis Nassif

Na ciência política trata-se como populista o político que toma uma série de decisões imprudentes com o objetivo único de contentar os eleitores de imediato, sem avaliar as consequências futuras.

O Procurador Geral da República Rodrigo Janot enquadra-se nesse arquétipo. E as homenagens que vêm recebendo da categoria demonstram que os procuradores também se enquadram em uma categoria sociológica especial: a da massa concursada. Isto é, pessoas supostamente bem formadas, mas sem capacidade interna de definir seu rumo e, portanto, com uma autodeterminação enganosa, seguindo movimentos de massa.

No período Janot, uma enorme cegueira coletiva, um deslumbramento irresponsável os tirou da categoria de servidores públicos para transformá-los em ilusórios condutores de povos, membros de uma classe social ascendente, com plena autonomia para exercer o poder na sua forma mais tosca, como autênticos meganhas do direito.

Uma corporação desinformada até a medula ajudou a destruir a engenharia nacional, a liquidar com as principais empresas, a aprofundar o desemprego e a recessão e a colocar no poder a mais deletéria quadrilha política da história. Pior: acreditando piamente que estavam fornecendo as bases para uma nova economia, mais saudável e forte. E vangloriando-se de serem elogiados em centros econômicos, justamente os principais beneficiários dessa blitzkrieg em cima das empresas nacionais.

Ah, no undécimo minuto o bravo Janot denunciou Temer, Padilha! Maravilha! Esqueçam esses ratos e concentrem-se nos resultados finais dessa conspiração. Mais à frente provavelmente todos serão presos. Mas a destruição processada se eternizará, na montagem das maiores negociatas da história.

A única serventia desse grupo era a destruição do Estado brasileiro, o comprometimento por 20 anos do orçamento público, a queima de estatais, algumas essenciais para o desenvolvimento brasileiro, a destruição das leis ambientais. Depois do desmonte feito, qual a utilidade de manda-los à prisão?

Em todos os momentos, o MPF de Janot foi conduzido pela mídia. Quer pegar Lula? Bata bumbo em sua direção que o MPF irá atrás. Quer poupar Aécio? Visite Rodrigo Janot na véspera da primeira lista ser entregue ao STF e ele concordará, porque até então a mídia o tratava como seu menino de ouro. A JBS gravou familiares do Aécio sem pedir autorização e a mídia dá sinais de que deserdou Aécio? Então lance-se Aécio na lista dos perdidos em batalha, porque também Janot não é de ferro.

A bazófia da valentia sem risco

Enfrentando o governo mais despreparado da história, procuradores foram acometidos inesperadamente de enorme valentia, a valentia de tirar doce de criança, não a do colega que enfrentou a máfia da mandioca, do que processou o deputado da motosserra, dos primeiros que ousaram enfrentar o caso Banestado ou mesmo da procuradora que teve a suscetibilidade ferida por Lula, mas que em outros tempos enfrentou a barra pesadíssima de Luiz Estevão no caso do Fórum Trabalhista.

Agora, não: é apenas a valentia sem risco, comumente chamada de bazófia.

A falta de comando por parte da PGR, de atitudes por parte do CNMP (Conselho nacional do Ministério Público) e a anomia do governo Dilma gerou esse fenômeno da valentia sem risco, de fazer bonito, inventar qualquer crime para destruir instrumentos preciosos e sair comemorando o gol com uma imprensa irresponsável.

Foi assim que criminalizaram os financiamentos à exportação de serviços, os incentivos fiscais ao Nordeste, renovados com o apoio de todas as lideranças da oposição, a diplomacia brasileira na África e até o fato de um presidente da República defender o interesse de uma empresa brasileira junto a governantes estrangeiros. Bastou uma frase de um obscuro procurador de Curitiba, embalado no sucesso da Lava Jato, para atrasar os acordos de leniência até que as empreiteiras brasileiras estivessem destruídas.

A tudo Janot assistia sem exercer nenhum tipo de liderança, indo a reboque dos acontecimentos. E foi essa anomia que entusiasmou a corporação. Janot é o primeiro caso de Procurador Geral saudado pela corporação pela falta de ação. Tem o mesmo simbolismo de uma tropa do Exército saudando o sargento por não a incomodar com palavras de ordem.

Tolos, mil vezes tolos e irresponsáveis!

A herança maldita de Janot

A herança de Janot são centenas de processos mal instruídos, baseados em delações, a maioria das quais não se sustenta em pé. O completo amadorismo fez com que, em Brasilia e no Paraná, se saíssem atrás de recordes mundiais: a maior operação anticorrupção do planeta!; a operação que é elogiado pelos países desenvolvidos!; número recorde de delações premiadas!, sem um pingo de preocupação com a consistência das denúncias.

Só esse amadorismo deslumbrado para explicar a delação de 170 executivos da Odebrecht, sem aprofundar nenhuma, permitindo inclusive que os advogados de defesa explorem as versões conflitantes.

Estimulados pela falta de comando de Janot, pela irresponsabilidade constitucional de Ministros do STF, como Luís Roberto Barroso, de diversos cantos do pais espocou a face mais tenebrosa do MPF, inclusive nos aspectos morais. Procuradores pretendendo proibir manifestações em universidades, alinhando-se com a Escola Sem Partido, investindo contra a liberdade de pensamento, obscurecendo o trabalho meritório de colegas que militam pela civilização e, por isso mesmo, não recebem a mesma atenção da mídia.

Enquanto isto, a corrupção do futebol brasileiro era desvendada por procuradores espanhóis e pelo FBI pela conivência e falta de coragem do bravo MPF brasileiro.

Agora, acabou a unanimidade em torno da Lava Jato.

A nova PGR, Raquel Dodge, assumirá precisando limpar a sujeira deixada pela equipe anterior. Cada processo mal fundamentado cairá na sua conta, não na de Janot. Cada delação insubsistente não aceita será mostrada não como exemplo da incompetência de Janot, mas da falta de vontade política de Raquel. Cada punição a vazamentos será tratada como censura ao livre pensamento de irresponsáveis. Cada tentativa de enquadrar os processos nos limites da lei, uma concessão ao inimigo.

E, nos demais poderes, a unanimidade posta, independentemente de quem vencer as próximas eleições: a convicção de que o Ministério Público Federal definitivamente se tornou uma ameaça às instituições, comprometendo o trabalho essencial realizado pela minoria responsável da corporação.

2017-09-17 22:11:58

Luis Nassif

34 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1.     Não há heróis na

        Não há heróis na magistratura nem no MPF.  O que existe é somente o poder da caneta.  Muito fácil lançar despachos e decisões e ir para casa tranquilamente dormir, cheios de mordemias, inamovibilidade e estabilidade no cargo.  Que heroismo é esse?

    1. Pelo menos num dos exemplos

      Pelo menos num dos exemplos citados pelo Turco houve – o procurador do “escândalo da mandioca” foi assassinado… mas já faz um bom tempo…

  2. Democracia neles

    Curto e grosso: não haverá democracia, no Brasil, enquanto for mantido o padrão atual de funcionamento do Ministério Público Federal. Chega de salvadores da pátria made in USA.

  3. Espera-se que a nova PGR

    Espera-se que a nova PGR tenha a postura e preparo adequados ao correto desempenho das funções e, ao mesmo tempo, saiba imprimir técnica jurídica às investigações, recolocando o MPF na esteira da legalidade e devolvendo credibilidade à instituição acima de conveniências partidárias.

    Será interessante observar como será o tratamento dispensado ao pessoal de Curitiba. Como os alvos prioritários são Lula e o PT, não acredito que serão imediatamente enquadrados. Cunha parece tranquilo e bem tratado nas carceragens da lava jato, já que sua delação até hoje não saiu e jamais ameaçou implodir o esquema que resultou no impeachment. O poder de persuação da turma é seletivo.

    Ao contrário do que ocorre com delatores dispostos à incriminar nomes eleitos pela investigação, os rapazes de curitiba (apud ministro Barroso) jamais criaram embaraços ao grupo aboletado na presidência da república. Qualquer  referência ao PSDB é solenemente ignorada, pois é preciso sustentar que os esquemas na Petrobras começaram em 2003, narrativa tão falsa quanto o interesse do MBL pelas artes.

    Os tucanos são sócios do PMDB na empreitada do golpe, mas não há ninguém denunciado no tal “quadrilhão”. Gostaria de ouvir a explicação do Janot na CPI.

  4. Gostaria de ter o otimismo do Nassif…

    Mas os exemplos de fraqueza moral são tantos em todos os cantos, que eu quero esperar para ver se a nova PGR vai aguentar a pressão. Como o próprio texto lembra, as basófias voam para todos os lados.

    Não são poucos os que em momentos recentes matavam no peito e, mais tarde, nem peito tinham mais…

    Para colocar as coisas em ordem, a PGR vai precisar correr riscos, quem comanda o golpe não vai deixar barato.

    Vamos ver.

  5. O desmonte é geral,

    O desmonte é geral, organizado e com um objetivo bem definido, junte as peças.

    – Dados confidenciais sobre o pré-sal roubados da Petrobrás, quando ainda não se sabia do potencial dos campos de petróleo do pré-sal;

    – Elite empresarial e política “vira-lata” que nunca foi reconhecida como relevante pelos países desenvolvidos e que portanto faz qualquer coisa para ser “aceita” pelos seus iguais no exterior;

    – Sistema jurídico medieval com integrantes que pensam ser uma aristocracia e portanto fáceis de serem comprados;

    – Uma presidente ingênua e estúpida que na tentativa burra de tentar agradar a elite citada anteriormente acabou nomeando inimigos para funções críticas ao invés de aliados;

    – Um criminoso posto estrategicamente como juíz do tribunal mais alto do país pelo ex-presidente Cardoso para servir de “bomba-relógio” e que não foi devidamente liquidado quando deveria pelos presidentes seguintes;

    – Um sistema legal completamente morto, absolutamente incapaz de colocar freios nos atos do criminoso citado anteriormente e nos atos dos inimigos postos em funções críticas, quando estes começaram a quebrar as leis para liquidar os inimigos deles;

    – Uma mídia completamente e irresponsavelmente livre ao ponto de poder cometer crimes e não ter que responder por eles;

     

    Eu aposto um bom dinheiro com vocês que o objetivo inicial era conseguir o controle do petróleo, mas quando implementaram o plano de desestabilização descobriram uma resistência tão incompetente e frágil que decidiram não parar só no petróleo e aproveitaram para desmanchar o país inteiro, e se duvidar ainda vão conseguir escravizar a população com a “reforma trabalhista” para terem mão-de-obra barata e descartável para enfrentar a China.

    E como vocês podem evitar isso? Eu já escrevi antes como, depende agora de vocês criarem espinha.

  6. !

    Parabéns, Nassif, por mais um artigo irretocável.

    O Janot – populista sim, mas não sei por que, afinal não é político -, deve estar querendo te dar umas flechadas…

    Agora que ele saiu do cargo, entenderá que o populismo não lhe servirá de nada, e que a Globo, logo lhe dará um pé na bunda.

    1. Tb não levo a menor fé. Essse

      Tb não levo a menor fé. Essse circo de Globo com MPF não tem salvação. É fechar a quitanda e usar o dinheiro público jogado fora com o MPF em educação e saúde.

  7. “A nova PGR, Raquel Dodge,

    “A nova PGR, Raquel Dodge, assumirá precisando limpar a sujeira deixada pela equipe anterior. Cada processo mal fundamentado cairá na sua conta, não na de Janot. Cada delação insubsistente não aceita será mostrada não como exemplo da incompetência de Janot, mas da falta de vontade política de Raquel. Cada punição a vazamentos será tratada como censura ao livre pensamento de irresponsáveis. Cada tentativa de enquadrar os processos nos limites da lei, uma concessão ao inimigo.”

    A não ser que a Raquel tenha muita fibra presumo que tudo ficará como dantes no quartel de abrantes. Porém os antecedentes de Raquel na visita noturna ao Temer, sua participação no jantar junto com Gilmar, sua nomeação para auxiliar do procurador baton na cueca minhas artes de pitonisa dizem que vai continuar o pau no Lula e no PT, vão ser encontrados erros nos inquéritos de Temer, Aécio e quadrilha e o Psdb vai continuar no lava a seco. 

    Quanto a Curitiba qualquer que seja a atitude da Raquel nada mudará pois Palocci já delatou.

     

    1. Verdade seja dita, o discurso

      Verdade seja dita, o discurso de posse de Raquel Dodge foi animador. Vai, Raquel, que a única coisa que, nós, cidadãos brasileiros queremos é que alguém acerte e tenha coragem de enfrentar a desordem institucional em que esse país esta mergulhado.

       

      1. Mas lá estavam as

        Mas… lá está a Raquel com a indefectível duas voltas de pérolas no pescoço. Será que emprestou da Carmen Lucia?

        Sei não…mas acreditaria mais no discurso se ela estivesse usando um colar de pedras brasileiras. Quem não tira as duas voltas de pérolas do pescoço é a rainha da Inglaterra. Embora em ocasiões festivas prefira o magnifico colar de águas marinhas de Minas Gerais que lhe foi dado por Assis Chateaubriant.

  8. Este é o ponto: depois que a

    Este é o ponto: depois que a destruição está feita, de que ainda punir rigorosamente os (ir)responsáveis, inclusive os que foram cúmplices pela omissão? O brasil já era.

    1. Fascistas amarelos traidores do Brasil

      O pio é que os procuradores e juízes responsáveis pela destruição do Brasil NÃO serão punidos.

      As ligações do MP, PF e magistrados com o Departamento de Estado USA só serão esclarecidas daqui a 50 anos.

  9. Nova PGR já manchada

    Esse texto do sempre atento Nassif não se enquadra no caso concreto, a nova PGR é fruto da ansia do governo golpista e corrupto se manter no poder, o que falar de quem ta discursando na sua posse exatamente o presidente bandido, sinceramente acreditar na requilibrio das funções do MPF, sem desvios da politica, a busca da imparcialidade de investigações, e principalmente a retomada de investigações basiadas nos devidos manuais de inquerito e respeito tecnico se torna impossivel com essa escolha, o que veremos será a retomada da engavetadora geral da republica, mantendo todos os corruptos intocaveis, mas a perseguição vermelha continuará, claro dentro das pequenas instancias do MPF, e de Curitiba, para manter as manchetes e os velhos lobos no poder.

    1. Concordo, vão até sentir

      Concordo, vão até sentir saudades do Janot. A nova procuradora escolhida pelo Temer obviamente fará de tudo para poupar quem a escolheu. E lava jato vai acabar? Claro que não, ela não assumiria esse ônus. Vão voltar a focar apenas no PT para satisfazer aqueles que querem sangue.

  10. Até o Paraguai deve soltar

    Até o Paraguai deve soltar rojões pela lava-jato!

    Dezenas de empresas brasileiras migraram para o Paraguai, portugueses ficaram felizes com milhares de paneleiros desiludidos que fincaram o pé por lá!

    E é assim no mundo todo!

    Todos os paises querem cooperar com a lava-jato!

    Quem não quer um dinheirinho inesperado?

    Exportar serviço para brasileiros no exterior vai ficar na lista vermelha dos paises – podem ser corruptos e cada pais vai querer criminalizar serviços de empresas brasilieras para ganhar um “troquinho”!

    É um estrago que pode levar décadas para ser corrigido!

    Conselho de segurança da ONU?

    Ter armas atômicas, seríamos tratados feito o Irã!

    A elite do brasil é louca – não vê o Brasil como nação e nem acredita que hajam familias na maioria do povo!

    Os trouxas daqui condecoram sem ver que bilhões deixaram e deixarão de vir para o Brasil por causa do “combate a corrupção de 2 pesos e 2 medidas”!

    Aécio ninguem pega – ele é um dos pais do golpe – sabe podre de todo mundo e pode botar no ventilador!

    Acham que estou exagerando?

    Até os bandidos entenderam isso, vejam como aumentou e aumentarão os crimes de todos tipo, principalmente as extorsões!

    Raquel Dodge?

    O Brasil gosta de viver sonhando…

    1. Uma nomeação “abençoada” pelo golpe não pode ser auspiciosa

      Com raríssimas exceções,  não tem madeira de lei nessa seara, já corroída por cupins. 

  11. A Era Janot

    No futuro quem sabe um bom estudo sobre esse periodo indique que estamos vivenciando um novo paradigma social. A ascensão de uma classe média conversadora, adepta de slogans, moralista, sem grande instrução cultural e/ou filosofica. Faço parte dessa geração e conheço muita gente que tem a mesma cabeça dos novos e deslumbrados procuradores, que pensam o Pais de forma unilateral. Realmente ha um estreiteza de visão do todo que é espantoso. Não defendo e, creio, ninguém defende aqui a quadrilha que tomou do Pais e que sempre esteve aglutinada no poder. Porém misturar tudo e todos usando sempre do dominio do fato, foi fatal para o caos se instalar no Brasil. De fato falta além de competência, muito mais conhecimento sobre o processo historico brasileiro. Parece que sabem mais sobre os Estados Unidos e sua Justiça do que conhecem o proprio Pais.

    Foram persecutores de um partido e dos partidos de sua base. Perseguem um homem até os limites das raias da loucura judicial. Assim como provocaram a morte de sua esposa, quem sabe apostam no suicidio desse ex-presidente? Seria um martir. Melhor mesmo é conseguir prendê-lo. Quanto ao PSDB nada a declarar. Todos vão muito bem, com suas fartas contas em paraisos fiscais. Mas que importa aos bravos procuradores!

    Janot foi a quintessência do procurador que querendo demonstrar independência e ao mesmo tempo que era ele o chefe (e não dallagnol e outros), passou a carroça na frente da boiada. E ai o festival de erros que assistimos espantados. Não ha o que comemorar do mandanto de Rodrigo Janot frente à PGR. O que temos de fato ai é um Pais descendo rapidamente a ladeira em direção à miséria social. E aos novos procuradores, que se segurem porque nada foi gravado em marmore. Vejam so a nossa “democracia”, como eles mesmos a pisotearam. Assim como ganharam poder nos governos petistas (quanto odio da propria origem), serão provavelmente reenquadrados para que se possa então voltar a governar o Brasil. Disso, não tenham duvida.

    1. Com mais dois artigos dessa

      Com mais dois artigos dessa monta,fatalmente,iremos receber juntos,a medalha de honra ao mérito dos comentaristas do ano.Lamento se for uma cadastrada adepta de estrelinhas.Com sua vênia companheira Maria Luisa,ajude-me a descobirir quem foi o ou a responsavel pela criação desse troço.Por obvio,nasceu da cabeça de alguem.Nas minhas previsões  com 99% de acertos,AA e SS são os mais cotados,ou ele ou ela,não moram mais aqui.

  12. O problema é que Raquel Dodge já assume no descrédito

    Lamento que alguns ainda tenham esperança de que sob o comando de Raquel Dodge o MPF possa, mesmo que de longe, lembrar o que foi a instituição sob o comando de Cláudio Fontelles.

    Raquel Dodge, ao ser nomeada  e mpossada por Michel Temer, esse ocupante ilegítimo da Presidência da República, denunciado por corrupção, organização criminosa e obstrução de justiça, pelo que antecedeu Raquel na PGR, e contra quem há fartura de provas de prática criminosa, sai em tremenda desvantagem. A atual PGR aceitou encontrar-se de forma clandestina (à sorrelfa, à socapa) fora do horário habitual e da agenda, escondida atrás de moitas colocadas pelo usurpador na entrada do palácio, com o presidente ilegítimo. Não há explicações e justificativas para esse encontro clandestino, que compromete o exercício da função de PGR de forma indelével.

    Raquel Dodge não é Rodrigo Janot e saias e não deve repetir os erros do antecessor, até porque possui um preparo jurídico, quiçá político, bem maior que o pavão bonachão, traidor, que demonstrou vileza de caráter, oportunismo, vaidade e ambição desmedidas e canalhice, sempre objetivando mais e mais poder e influência.

    Mas Raquel Dodge começa hoje a chefiar um instituição em que mais de 60% dos ‘subordinados’ querem derrubá-la, conspirando contra ela e apoiadores dela desde que ela se lançou candidata na lista tríplice da corporação. Acho impropável que Dodge tenha força de desmanchar as ORCRIMs enquistadas no MPF e que seja capaz de esmagar as cabeças das centenas de serpentes que procuram morder-lhe não apenas o calcanhar, os membros e o tronco, mas principamente a cabeça.

    1. Os encontros clandestinos são a regra

      Pelo que me recordo, antes de cada nomeação, seja para PGR, seja para ministros do STF, haviam encontros que poderiam ser chamados de clandestinos. Havia promessas de “matar no peito” etc.

      O problema é o pecado original. Temer conversar em particular com a candidata a PGR não é o problema, porquanto inevitável o nomeador querer se cercar de garantias antes do ato de nomeação. Isso vai ocorrer sempre. Tolo é o presidente que não exerce na plenitude esse direito como fez Dilma e pagou caro por isso. Isso é um direito e dever, já que o mínimo de legitimidade do Ministério Público e do Judiciário está na nomeação dos seus comandantes pelo eleito pelo povo. O pecado original é justamente o fato de o nomeador não ter sido eleito.

  13. Não só da máfia do futebol o

    Não só da máfia do futebol o bravo mp correu. Com a Mossak Fonseca e a Zelotes também ficaram amedrontados.

    Quanto a lavajato já tá acabando. Dura até destruirem  o Lula e enquadrar o PT como organização criminosa. Porque a corrupção ‘não vem ao caso’.

  14. Sem decepção

    Dificilmente a dna. Dodge me decepcionará, pois ao ver o jeito e por quem ela foi indicada, já dá para ver a porcaria que vai dar… O ativismo entreguista e irresponsável do judiciário prosseguirá.

    Um abraço.

  15. Números

    Nassif,

    Amador é você, meu caro idealista!
    No mundo do judiciário brasileiro, há muita gente com inveja: a Lava Jato produziu, só com a Odebrecht, 170 delações!
    E elas custaram caro, Nassif. Muito caro.

    Se você visse o judiciário no Brasil pelo o que ele é, e não pelo o que você idealiza que ele seja…

    Quer outro exemplo? Vá lá assuntar o MP no caso do maior acidente ambiental brasileiro. Que, diga-se de passagem, ainda não deu em nada – à exceção de custos processuais declarados e não declarados.

    Brasil, meu Brasil brasileiro…

  16. Nassif está batendo cada vez

    Nassif está batendo cada vez mais forte, nada menos que isso. Penso que os primeiros 10 dias da nova PGR, seus atos e reações a eles definirão o que esperar do futuro próximo: alguma luz ou mais escuridão. Sendo realista, não acredito no fim do estado de exceção, mas em uma nova des(ordem) mundial, na qual o estado de exceção se contrai ou se alarga em função dos interesses do grande capital, tendo em conta que a democracia tornou-se incompatível com o regime capitalista dominado pelo sistema financeiro. 

  17. bela surpresa

    Percebe-se uma certa vontade em parte das esquerdas de crer em Raquel Dodge, e, igualmente, em Bolsonaro, ambos agentes públicos estão verdadeiramente sois, por isso ela não vai ser rainha jurídica nem ele vai ser General se for eleito presidente da República, simplesmente, porque o impeachment imoral de Dilma implodiu a ética em Brasília. 

    Em breve, o Brasil terá que escolher um caminho diante de uma trifurcação:

    Rota 1- Caso houver grupos armados contra políticos: Intervenção militar contribuindo para minimizar as mazelas da políticas atuais, entretanto, não se sabe de saltos desenvolvimentistas quando tropas estão no poder governamental;

    Rota 2 – A meu ver as esquerdas estão mais desunidas que a direita: Uma frente única de esquerda envolvendo nomes como: Ciro, Requião, Silvio Costa, Paim, Carol Proner (bela surpresa), etc, viabilizando um projeto de nação dentro da ética, pode ser sim objeto de aproximação das classes média e pobre, isso que em algum lugar do passado o PT deixou de fazer. 

    Rota 3 – Povo pária: a velha mídia divulgando diuturnamente que a desgraça poderia ser pior.

    Por equanto, a coisa boa nisso tudo é que os golpistas perderam a capacidade de enganar as massas mal-informadas.

    LULALULALULALULA

    Só uma única frente ética forte da esquerda a médio prazo poderá defendê-lo.

  18. Pra fazer isso ela não poderá
    Pra fazer isso ela não poderá ouvir ninguém da mídia, da Globo, da Veja, Da Folha, da Época, da Quanto é, e do MPF e da Farsa Tarefa da Farsa a Jato.
    Ela terá que se fechar e agir contra todos esses abusos e perseguições e mentiras vindas dos que tocam a Lava Jato e suas delações inventadas, armadas e torturadas pela aliança de procuradores com bandidos, e assim limpar a sujeira.
    A Farsa Jato como um todo foi e é o mais corrupto golpe judiciario, contra o próprio direito, contra a necessidade de provas para se condenar pessoas, contra a constituição, o direito a defesa e a presunção de inocência, a soberania nacional, as empresas, e o futuro dos brasileiros e do país.

  19. PGR, MPF: A que ou a quem servem?

    Quando voltarmos a ser uma democracia será imperioso reavaliar a função do PGR e MPF.

    Foi criado um cargo onde só Deus poderia ocupá-lo.

    Coloca-se lá um mal intencionado e ele passa a dirigir os destinos da nação, sem programa de governo votado pela população.

    Se pensar diferente, persegue-se com delações premiadas. Se pensar igual e for amigo, senta-se em cima. E não há nenhuma possibilidade de impedir o calhorda. A vaca vai para o bejo, como foi.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador