IBGE aponta crescimento no setor de serviços em junho, mas abaixo do esperado

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.
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O setor se encontra 12,1% acima do nível de fevereiro de 2020 e 1,5% abaixo de dezembro de 2022 - ponto mais alto da série histórica

Rua no centro de Manaus com forte presença de serviços e comércio. (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (10) os resultados do último mês de junho sobre o volume de serviços, que variou 0,2% frente a maio, após ter avançado 1,4% no mesmo mês. 

Com isso, o setor de serviços voltou a mostrar expansão pela segunda vez seguida no Brasil em junho, mas terminou o segundo trimestre com um desempenho mais fraco do que o esperado.

Conforme o IBGE, o setor se encontra 12,1% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 1,5% abaixo de dezembro de 2022 (ponto mais alto da série histórica). 

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com junho de 2022, o volume de serviços cresceu 4,1%, sua 28ª taxa positiva consecutiva. O acumulado do ano foi de 4,7%, frente a igual período de 2022. 

O acumulado nos últimos 12 meses passou de 6,4%, em maio, para 6,2%, em junho, seu menor resultado desde agosto de 2021 (5,1%). 

A única retração do mês foi em outros serviços (-1,4%), pressionados pela menor receita vinda de serviços financeiros auxiliares; administração de fundos por contrato ou comissão; manutenção e reparação de veículos automotores; e corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde.

Acumulado do ano 

No acumulado deste ano, frente a igual período de 2022, o setor de serviços apresentou expansão de 4,7%, com quatro das cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento 61,4% dos 166 tipos de serviços investigados.

A variação positiva no volume de serviços (0,2%), na passagem de maio para junho de 2023, foi acompanhada por três das cinco atividades de divulgação, com destaque para os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,8%), que recuperou parte da queda (-1,2%) verificada no período abril-maio.

Os demais avanços do mês vieram dos serviços prestados às famílias (1,9%) e de informação e comunicação (0,5%), com o primeiro acumulando ganho de 4,1% no período abril-junho; e o último assinalando o segundo avanço seguido, com ganho acumulado de 1,3%. 

Em sentido oposto, aponta o IBGE, transportes (-0,3%) e outros serviços (-0,4%) registraram as quedas do mês, com ambos eliminando parte dos ganhos de maio, de 2,2% e 0,8%, respectivamente.

Serviços avançam 

Regionalmente, 16 das 27 unidades da federação assinalaram expansão no volume de serviços em junho de 2023, frente ao mês imediatamente anterior, acompanhando o avanço no resultado do Brasil (0,2%). 

Entre os locais que apontaram taxas positivas nesse mês, os impactos mais importantes vieram de São Paulo (0,3%) e do Paraná (1,9%), seguidos por Distrito Federal (2,9%) e Minas Gerais (0,9%). Em contrapartida, o Rio de Janeiro (-2,4%) exerceu a principal contribuição negativa do mês.

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