O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (10) os resultados do último mês de junho sobre o volume de serviços, que variou 0,2% frente a maio, após ter avançado 1,4% no mesmo mês.
Com isso, o setor de serviços voltou a mostrar expansão pela segunda vez seguida no Brasil em junho, mas terminou o segundo trimestre com um desempenho mais fraco do que o esperado.
Conforme o IBGE, o setor se encontra 12,1% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 1,5% abaixo de dezembro de 2022 (ponto mais alto da série histórica).
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com junho de 2022, o volume de serviços cresceu 4,1%, sua 28ª taxa positiva consecutiva. O acumulado do ano foi de 4,7%, frente a igual período de 2022.
O acumulado nos últimos 12 meses passou de 6,4%, em maio, para 6,2%, em junho, seu menor resultado desde agosto de 2021 (5,1%).
A única retração do mês foi em outros serviços (-1,4%), pressionados pela menor receita vinda de serviços financeiros auxiliares; administração de fundos por contrato ou comissão; manutenção e reparação de veículos automotores; e corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde.
Acumulado do ano
No acumulado deste ano, frente a igual período de 2022, o setor de serviços apresentou expansão de 4,7%, com quatro das cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento 61,4% dos 166 tipos de serviços investigados.
A variação positiva no volume de serviços (0,2%), na passagem de maio para junho de 2023, foi acompanhada por três das cinco atividades de divulgação, com destaque para os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,8%), que recuperou parte da queda (-1,2%) verificada no período abril-maio.
Os demais avanços do mês vieram dos serviços prestados às famílias (1,9%) e de informação e comunicação (0,5%), com o primeiro acumulando ganho de 4,1% no período abril-junho; e o último assinalando o segundo avanço seguido, com ganho acumulado de 1,3%.
Em sentido oposto, aponta o IBGE, transportes (-0,3%) e outros serviços (-0,4%) registraram as quedas do mês, com ambos eliminando parte dos ganhos de maio, de 2,2% e 0,8%, respectivamente.
Serviços avançam
Regionalmente, 16 das 27 unidades da federação assinalaram expansão no volume de serviços em junho de 2023, frente ao mês imediatamente anterior, acompanhando o avanço no resultado do Brasil (0,2%).
Entre os locais que apontaram taxas positivas nesse mês, os impactos mais importantes vieram de São Paulo (0,3%) e do Paraná (1,9%), seguidos por Distrito Federal (2,9%) e Minas Gerais (0,9%). Em contrapartida, o Rio de Janeiro (-2,4%) exerceu a principal contribuição negativa do mês.
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