CPMI dos atos golpistas se reúne para definir plano de trabalho

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.
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A CPMI terá 180 dias para apresentar e votar o relatório final. Será composta por 16 senadores e 16 deputados

Sessão desta terça (6) da CPMI dos atos golpistas, no Senado Federal

Na manhã desta terça-feira (6) se reúne no Senado Federal a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, o dia da tentativa fracassada de um golpe contra o presidente eleito, para a apresentação do plano de trabalho da relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). 

Para a senadora, a realização de duas reuniões por semana seria “razoável” para a condução das investigações e oitivas no âmbito da CPMI. Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) foram atacados, invadidos e depredados. 

A elaboração do plano levou em consideração, conforme a senadora, centenas de requerimentos já apresentados nessa fase inicial da CPMI encarregada de investigar os ataques aos Poderes da República no dia 8 de janeiro. 

“É um colegiado muito plural, nosso plano de trabalho vai tentar aproximar o máximo possível do sentimento da maioria da CPMI. Faremos um plano de trabalho importante, conciso e focado no objeto principal”, disse Eliziane em entrevista à TV Senado.

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) atacou a senadora Eliziane Gama, chamando-a de amiga do ministro da Justiça, Flávio Dino.

“Aqui está o filho do ex-presidente Bolsonaro (Eduardo Bolsonaro) indiciado em 24 processos. O senhor mesmo, senador Marcos, está sendo investigado, o senador Magno Malta está na mesa e convocou para os atos. Então não há de colocar desconfiança na relatora”, criticou Jandira Feghalli (PCdoB/RJ).

No centro dos atos golpistas, estava o questionamento do processo eleitoral, às urnas eletrônicas e à democracia constitucional. Desse modo, a relatora apresentou um plano de trabalho voltado a um processo golpista iniciado antes do dia 8 de janeiro, que envolve um plano arquitetado.

Segunda reunião 

Esta será a segunda reunião da CPMI. Na primeira reunião, no dia 25 de maio, os parlamentares escolheram Eliziane Gama como relatora e o deputado federal Arthur Maia (União-BA) como presidente. 

Conforme a Agência Senado, a CPMI terá 180 dias para apresentar e votar o relatório final. Será composta por 16 senadores e 16 deputados, com igual número de suplentes.

Em seguida, as conclusões, recomendações e eventuais indícios de irregularidades encontrados durante o processo serão encaminhados aos órgãos competentes para que sejam tomadas as medidas cabíveis com base nas conclusões e recomendações da CPMI. 

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Renato Santana

Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

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