Dilma deve vetar nova proposta de fator previdenciário

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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A presidente pode criar ainda mais desgaste com as centrais sindicais e trabalhadores se não aprovar alternativa apresentada pela Câmara
 
 
Jornal GGN – A presidente Dilma Rousseff deve manter o veto à proposta da Câmara dos Deputados do novo cálculo do fator previdenciário. A alternativa da Casa pode ocasionar um acréscimo de R$ 40 bilhões nos próximos 10 anos com gastos da União para a Previdência, e a presidente não quer deixar essa herança para as próximas gerações. A decisão pode gerar mais desgaste com as centrais sindicais e trabalhadores.
 
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a presidente teria sido aconselhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sancionar a mudança, que não teria impacto fiscal significativo em seu governo e, com isso, angariar apoio dos trabalhadores. Entretanto, a fórmula da Câmara 85/95, que soma a idade do trabalhador com o tempo de contribuição, para mulheres e homens, é contrária à sugestão do Palácio do Planalto, que tem o intuito de combinar esse fator com uma escala móvel, considerando a expectativa de sobrevida do brasileiro.
 
Com isso, a soma da idade e tempo de contribuição subiria ao longo do tempo, não permanecendo estática, conforme a proposta da Casa Legislativa. 
 
Na última semana, o governo havia proposto aos deputados que esperassem a sugestão do Planalto em seis meses. Nesse tempo, Dilma intermediaria um diálogo com as centrais sindicais, por meio da criação de um fórum para debater opções ao fator previdenciário.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

6 Comentários

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  1. O governo gasta do orçamento

    O governo gasta do orçamento federal R$ 40 bilhões de reais POR MÊS para pagar os juros aos banqueiros/especuladores. É só ter coragem e atitude e reduzir os juros da taxa selic em 4 pontos que se economizará os R$ 80 bilhões que o governo precisa para fazer o tal do ajuste fiscal.

  2. Lerdeza e equívocos

    Um dos grandes problemas do governo Dilma nos últimos doze meses tem sido a lerdeza. Foi lerda para nomear o substituto de Joaquim B. no STF, foi e está sendo lerda para enfrentar a injustiça criada pelo maldito fator rpevindenciário criado por FHC e os tucanos, e mantido nos governos seguintes de Lula e Dilma, não obstante algumas vozes como a do senador Paim terem se manifestado contra nesse tempo. AGora, ela ameça vetar a nova proposta pedindo prazo de 180 dias para apresentar outra. Ou ela tem auxiliares lerdos e preguiçosos ou ela está leniente com essa lerdeza que é um grande equivoco. A lerdeza é demonstração de falta de gestores. É verdade que esses gestores lerdos e desatentos também são inúmeros no governo tucano de São Paulo. Haja visto a crise hídrica e a (in)segurança pública.Isso sem falar no JUidiciário e no Poder legislativo. Triste Brasil. 

  3. A própria Dilma vai bater

    A própria Dilma vai bater ultimo prego no caixao do PT……pode dar adeus os meus votos, que sempre foram no partido…..até nunca mais.

  4. Sem propostas

    O partido dos trabalhadores sempre acusa a oposição de falta de propostas. Mas onde estão as ideias da situação para resolver a questão da aposentadoria e previdência do Brasil?

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