Eduardo Amorim cita Ayres Britto ao anunciar voto pelo impeachment

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – “Este quadro de absoluto caos ético, social e econômico completam o meu convencimento de votar pela admissibilidade do processo de impeachment”, disse o senador Eduardo Amorim (PSC-SE), o primeiro a falar no segundo bloco de pronunciamentos. Até agora, 24 parlamentares já manifestaram seu posicionamento.
 
“O que mais o povo brasileiro quer é respeito. Respeito a coisa pública, que não é coisa sem dono, é de milhões de donos. Este impeachment só está ocorrendo porque a presidente não soube respeitar o povo brasileiro”, disse o parlamentar
 
Amorim disse que sempre “apoiou” os bons projetos do Executivo. “A política é o ofício de servir, por isso estarei aqui sempre atento e vigilante”, afirmou. Mas que, em sua visão, “não dá mais para acreditar no Governo que aí esta”, citando o aumento do desemprego e “o grave quadro na educação” que “assola o país”.
 
“Quero cumprimentar o senador Antonio Anastasia pelo seu relatório, que é a indicação de um novo destino para o país”, ainda afirmou: “Sou daqueles que acredita no quanto melhor, melhor. Nesta Casa, mesmo participando do governo, sempre votei e apoiei os bons projetos”, referindo-se à frase “Quanto pior, melhor”, manifestado pela presidente Dilma Rousseff sobre o posicionamento da oposição.
 
O senador afirmou que é preciso buscar “ensinamentos deste triste período que estamos vivendo”. “Trago em mim a certeza de que superaremos este momento, construindo um novo país, a altura do povo brasileiro”, disse, completando que o seu posicionamento “respeita” e “respalda” o voto de confiança da população.
 
Ao concluir o discurso, o parlamentar citou um discurso do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, ao tomar posse da presidência da Corte, em 2012: “Não basta aos parlamentares e aos chefes de Poder Executivo a legitimidade pela investidura. É preciso ainda a legitimidade pelo exercício”, mencionou o senador.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

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  1. Receio que o Senado não

    Receio que o Senado não sobreviva até o final desse blá-blá demagógico e afunde no mar de água do besteirol expelido pelos “pais da pátria”.

    Como sempre, justificando voto por razões alheias à denúncia. 

  2. A noite irá se encerrar,

    A noite irá se encerrar, talvez a manhã se inicie… ou quem sabe mesmo já estejamos prestes a almoçar e a pergunta seguirá sem resposta: qual é o crime? afinal, onde estão as provas?

    Liberou geral. A justiça foi pra cucuia…

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