Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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Na pressão, não se submeta – Parte 2, por Rui Daher

Fui, então, refém da brutal concentração de informações do jornalismo nativo. “Hoje conversando com uma fonte, ela me disse que ‘tal e tal”.

Na pressão, não se submeta – Parte 2

por Rui Daher

Só neste ano, foram três as hospitalizações. Por motivos diferentes, mas semelhantes, tudo junto e misturado. Quatro, aliás, considerado simultâneo o de minha mulher, Cléo. Mais detalhes de nada serviriam. Qualquer facínora dos odiosos Telemarketing ou Globo News, solicitados, saberiam informá-los. Diriam ser olho-gordo. Por quê?

Como é o seu estilo jornalístico, considerariam que, depois de 40 anos, voltei a deixar crescer a barba e tornei-me irresistível a bolsominions e facções criminosas.

Assim, asilado na rua Adma Jafet, restou-me acompanhar as mazelas que insistem em pairar sobre a Federação de Corporações pelas disponíveis folhas e telas cotidianas.

Não, não me refiro às tragédias climáticas ou provenientes de mineração e desflorestamento ilegais que mataram trabalhadores e gentios, em deslizamentos e venenos, comunidades recebendo doações para o macarrão ou óleo de cada dia, estes não perecíveis por pouco tempo. Perecíveis são os “cabras logo marcados para morrer”.

Fui, então, refém da brutal concentração de informações do jornalismo nativo. “Hoje conversando com uma fonte, ela me disse que ‘tal e tal”. Quem de nós, pobres desinformados, interessados nos “Autos de Ariano Suassuna”, deixará de acreditar naquelas jovens lindas, arrumadinhas (compram o vestuário com recursos próprios ou as emissoras as patrocinam?). Também homens de aspecto severo, em ternos e gravatas amarelas, ou velhos guerrilheiros que levam alguns segundos até montarem suas poses sartrianas e opinarem com fundamentos rasos como de qualquer Constantino (adivinhem qual).

No momento, ajudados por bisonha pisada de bola do presidente Lula, repetem ad aeternum a presença do senador Sérgio Moro e sua “Conje Deputada Federal” de volta aos holofotes.

Um juiz de primeira instância, cercado de promotores e juízas medíocres, parciais, comprovadamente definidos por armações pregressas. Noto tratando do atual evento do rapto das sabinas, Gabriela Hardt, Juíza Federal substituta em Curitiba e antiga parça na perseguição a Lula, na viciada Operação Lava Jato. Foi ela que abriu o sigilo e entregou à mídia o que ela mais queria.

Não sei dizer, se por ingenuidade ou por perceber a oportunidade de forra pelos mais de 500 dias de prisão em que Moro, de forma não justificada, lhe impôs, Lula errou. Pelo menos, como excelente estrategista político.

Ou não.

Iria esperar até quando? A senhora “Chopard” vencer as eleições de 2026, com Sérgio Moro de vice, e os votos de meus chapas mulheres, indígenas, negros, LSBT, povão abaixo da linha de extrema pobreza?

Ao mencionar as alegações de Moro como “armação” Lula pode ter-se lembrado do fantasma Adélio Bispo, o da facada, cujo delegado que apurou o caso, foi recentemente nomeado para diretor da Polícia Federal. Talvez por não ser um Ghost Buster.

Rui Daher – administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

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