Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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As bonecas mais cobiçadas

https://www.youtube.com/watch?v=NevYSMS3EVw]

[video:https://www.youtube.com/watch?v=DEOKPGg4F98

 

Quando eu te conheci
Do amor desiludida
Fiz tudo e consegui
Dar vida a tua vida
Dois meses de aventura
O nosso amor viveu
Dois meses com ternura
Beijei os lábios teus.

Porém eu já sabia
Que perto estava o fim
Pois tu não conseguias
Viver só para mim
Eu poderei morrer
Mas os meus versos não
Minha voz hás de ouvir
Ferindo o coração.

Boneca cobiçada
Das noites de sereno
Teu corpo não tem dono
Teus lábios tem veneno
Se queres que eu sofra
É grande o teu engano
Pois olha nos meus olhos
Vê que não estou chorando.

INTRODUÇÃO

Porém eu já sabia…

De Luis Nassif

Pegando uma ponta no belo post do Luciano.

Uns quinze anos atrás fui a uma reunião da minha turma do Tiro de Guerra. Lá, colegas cantaram uma paródia da “Boneca Cobiçada”/

Quando eu me alistei

fiquei p… da vida

fiz tudo para fugir

da maldita ordem unida…..

Perguntei de quem era. Era minha. Juro que não me lembrava.

Se houver algum colega lendo o Blog, por favor, passe a paródia inteira e me informe a data da próxima reunião da turma de 50.

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

17 Comentários

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  1. Magnifica contribuição meu

    Magnifica contribuição meu caro Hortencio, gravo em CD o som dessas lembranças, que são preciosas.

    Se vc tiver em seu arquivo gravações de CURARE e  DA COR DO PECADO, seria maravilhoso ouvi-las.

      1. Bota Pó Júlio Verne

        Meus dois irmãos fizeram uma cirurgia para corrigir problemas respiratórios, acentuados, provavelmente, pela poluição do ar expelido pelas indústrias da região.

        O exame, simples, foi feito através de uma sonda com imagens de vídeo.

        Após uma semana, as talas, que foram colocadas para as fuças não colarem, foram removidas e a recuperação já estava consolidada a partir daí.

        As duas filhas do mais novo, a Carol e a Luiza, também fizeram o mesmo procedimento cirúrgico e a recuperação foi muito rápida.

        Tenho certeza que você ainda está sentindo os incômodos da sua intervenção nasal, porque você é muito teimoso.

        Você não prestou atenção quando eu o alertei para reduzir as cheiradas insanas que você dá naquele saco de farinha de macaxeira braba que você não larga, nem se relampejar e cair um raio três vezes no mesmo lugar, destruindo toda a safra de caju do Ceará.

        [video:http://youtu.be/ndIXWc7aIXM width:600 height:450]

        A Luiza, que só tira notas máximas em todas as matérias desde começou a estudar , não começou a sua jornada escolar de maneira muito auspiciosa.

        Ao retornar, com seis aninhos, do primeiro dia de aulas, a Carol, sua irmã, perguntou:

        – E aí Lulu, como foi o seu primeiro dia na escola? Você gostou dos coleguinhas? Gostou da professora?

        Luluzinha, que joga bola com meninos em um campinho próximo da casa dela, matou no peito e emendou:

        – Me senti estressada… Quase caí!

        Lulu, que fica muito orgulhosa exibindo os belos boletins escolares, mostrou, hoje, mais cedo, um teste com nota máxima que tinha algo relacionado com Júlio Verne, um dos meus ídolos da juventude.

        1. Eu não sou como você

          Nem como seus irmãos… Não falarei sobre suas sobrinhas porque são criancinhas e por elas tenho o maior respeito… Sacou, bicho?

          Queria te ver com um torniquete abrindo as tuas ventas e uma cânula puxando secreçoões inimaginadas e inimagináveis. Tu nem imaginas o que é isso,,, Parece até que vem osmiolo da cabeça tudo junto. (Toda semana esse martírio e ainda tenho que dizer que estou me sentindo ótimo…) Foi bom pra você???

          Ah! Uma pergunta científica:

          Por que é que separado se escreve tudo junto e tudo junto se escreve separado???

          1. Bocage

            Nariz, nariz, e nariz,
            Nariz, que nunca se acaba;
            Nariz, que se ele desaba,
            Fará o mundo infeliz;
            Nariz, que Newton não quis
            Descrever-lhe a diagonal;
            Nariz de massa infernal,
            Que, se o cálculo não erra,
            Posto entre o Sol e a Terra,
            Faria eclipse total!

            TAKE IT EASY MY BROTHER CHARLES!

            cyrano-de-bergerac

            Por isso, sem preconceito eu canto
            Eu canto a fantasia
            Eu canto o amor, eu canto a alegria
            Eu canto e fé, eu canto a paz
            Eu canto a sugestão
            Eu canto na madrugada
            Take it easy my brother Charlie
            Pois eu canto até prá minha amada
            Esperada, desejada, adorada

            [video:http://youtu.be/uY0h9dFox3Y width:480 height:380]

            “Mal sabe cuidar do seu nariz e quer dar palpites na minha vida”, destarte, vou logo corrigindo esta falácia: eu sou como você e nunca será o inverso.

  2. Caba não mundão!

     

    Falo que passou,digo que acabou
    Mas dentro de mim 
    Nada mudou
    Falo que esqueci, nao é bem assim tem muito de nós aqui dentro de mim
    Fala que passou, diz que acabou
    Mas dentro de ti nada mudou
    Fala que esqueceu,que não quer me ver
    Tem muito de nós dentro de você
    Segue a vida com outro pensando em mim
    Sigo com outra na vida pensando em ti
    Saiba que te quero
    Eu morro de saudades
    Sem você aqui eu morro de saudades
    Sem você aqui

    [video:http://youtu.be/hLPgNT-Yj_4 width:600 height:450]

    A boneca cobiçada tem nome, tem endereço e tem um sorriso lindo.

     

      1. dengo

         

        Olha, toca a viola que ela quer sambar; ela gosta de samba; ela quer rebolar

        [video:http://youtu.be/Tk-xxHKVWkk width:600 height:450]

        Recebi, agora, a mensagem dela, via WhatsApp, gravada com o exagerado acento da sensual fala típica da baianinha dengosa, cheirosa, apetitosa, deliciosa…

        Aí, cê deixa…

  3. O Hino de Natal

     

    PRAIEIRA

    Serenata do Pescador

       Poema de Othoniel Menezes – 1922

    [video:http://youtu.be/VA7Gbt8UvSk width:600 height:450]

    Praieira dos meus amores, 
    Encanto do meu olhar! 
    Quero contar-te os rigores 
    Sofridos a pensar 
    Em ti sobre o alto mar… 

    Ai! Não sabes que saudade 
    Padece o nauta ao partir, 
    Sentindo na imensidade, 
    O seu batel fugir, 
    Incerto do porvir!

    Os perigos da tormenta 
    Não se comparam querida! 
    Às dores que experimenta 
    A alma na dor perdida, 
    Nas ânsias da partida

    Adeus à luz que desmaia, 
    Nos coqueirais ao sol-pôr… 
    E, bem pertinho da praia, 
    O albergue, o ninho, o amor 
    Do humilde pescador!

    Quem vê, ao longe, passando 
    Uma vela, panda, ao vento, 
    Não sabe quanto lamento 
    Vai nela soluçando, 
    A pátria procurando! 

    Praieira, meu pensamento, 
    Linda flor, vem me escutar 
    A história do sofrimento 
    De um nauta, a recordar 
    Amores, sobre o mar!

    Praieira, linda entre as flores 
    Deste jardim potiguar! 
    Não há mais fundos horrores, 
    Iguais a este do mar, 
    Passados a lembrar! 

    A mais cruel noite escura, 
    Nortadas e cerração 
    Não trazem tanta amargura 
    Como a recordação, 
    Que aperte o coração!

    Se, às vezes, seguindo a frota, 
    Pairava uma gaivota, 
    Logo eu pensava bem triste: 
    O amor que lá deixei, 
    Quem sabe se inda existe?! 

    Ela, então, gritava triste: 
    Não chores! Não sei! Não sei… 
    E eu, sempre e sempre mais triste, 
    Rezava a murmurar: 
    “Meu deus quero voltar!”

    Praieira do meu pecado, 
    Morena flor, não te escondas, 
    Quero, ao sussurro das ondas 
    Do Potengi amado, 
    Dormir sempre ao teu lado… 

    Depois de haver dominado 
    O mar profundo e bravio, 
    À margem verde do rio 
    Serei teu pescador, 
    Ó pérola do amor!

    Para a maioria dos norte-rio-grandenses, Otoniel Menezes é e continuará sendo sobretudo o criador dos versos da canção “Praieira”, de 1922, espécie de hino da cidade do Natal.

    O governo municipal de Natal considerou a canão “Praieira”, com música de Eduardo Medeiros, o “Hino da Cidade”, pelo decreto-lei nº 12, de 22 de novembro de 1971.

    Originalmente intitulada “Serenata de Pescador”, “Praieira”, como ficou conhecida popularmente, foi escrita para saudar os pescadores natalenses que, em três barcos a vela, viajaram de Natal ao Rio de Janeiro, dentro das comemorações do Centenário da Independência, em 1922.

    Otoniel Menezes, certa vez, revelou que uma das alegrias de sua vida era ouvir, nas madrugadas natalenses, gente do povo cantando sua “Praieira” em serenatas. 

    Eduardo Medeiros musicou outros poemas de Otoniel, e outros foram musicados pelo seresteiro Olympio Batista Filho.

    Otoniel nunca se libertou das rimas e da métrica e os seus poemas modernos, não obstante a grandeza criadora do poeta, não alcançaram a beleza e a perfeição dos primeiros versos, dos primeiros livros.

    Sobre ele, escreveu Veríssimo de Melo: “Autodidata, era contudo homem de cultura literária, versado nos bons autores, sobretudo franceses, ingleses e portugueses, o que transparece na sua bela prosa e forma polida e brilhante dos seus versos.” 

    Uma obra original no seu universo poético é o livro “Sertão de Espinho e de Flor”, um canto de amor ao Seridó, região onde o poeta viveu 20 anos de sua juventude, conforme depoimento de seu irmão, Francisco Menezes, na Academia Norte-rio-grandense de Letras.

    Além de uma poesia tipicamente sertaneja, seu autor oferece ainda ao leitor um importante glossário de termos e expressões regionais. 

    Otoniel foi ainda jornalista escrevendo para o “Diário de Natal”, trabalhando como redator e secretário de “A República”, sendo (anonimamente) um dos redatores do jornal “A Liberdade”, que o governo revolucionário de 35 lançou em Natal, quando assumiu o poder. (Deífilo Gurgel in 400 nomes de Natal, 2000) 

    Aquele que foi cognominado, na sua época, de “O Príncipe dos Poetas Norte-Rio-Grandenses”, embora seus inúmeros livros de poesia não tenham sido mais reeditados – o que se faz necessário – tem tido a sua permanência relativa em muitas antologias poéticas.

    Uma delas foi publicada antes de sua morte, em 1965, “Panorama da Poesia Norte-rio-grandense”, edição feita no Rio de Janeiro, e as duas mais recentes, a do professor e ficcionista Manoel Onofre Jr., de 1984, “Guia Poético da Cidade do Natal”, e a de Aluízio Mathias, “Poesia Circular”, de 1996. 

    Otoniel Menezes está situado naquela faixa intervalar, algo sincrética, quando a paixão pelo verso bem medido não arrefecera, tendo sido classificado como um neo-parnasiano, “embora tenha adotado, em muitos dos seus poemas, formas modernistas, inclusive o poema-piada”, na observação de Manoel Onofre Jr.

    Mas tal atitude era apenas uma postura, pois já no seu segundo livro, “Jardim Tropical” a dedicatória vai para os “poetas Alberto Alberto de Oliveira, o maior do Brasil, Henrique Castriciano, o primeiro da minha terra, Edinor Avelino, a mais bela afirmação entre os novos”.

    Otoniel Menezes de Melo nasceu em Natal no dia 10 de março de 1895 e, dado como autodidata, aprendeu com a vida e as leituras, tirando da própria obra poética a sua vivênvia intelectual.

    “Pobre e probo”, exerceu a atividade jornalística em Natal, colaborando em inúmeros jornais e revistas, chegando a redator e secretário de “A Repúblic”a. 

    Os livros de Otoniel Menezes foram publicados desde 1918, como “Gérmen”, prefaciado por Henrique Castriciano, passando pelo “Jardim Tropical”, em 1923, onde se encontra o poema que o consagrou popularmente, a “Serenata do Pescador”, musicado por Eduardo Medeiros, até chegar ao “Sertão de Espinho e Flor”, de 1952.

    Otoniel culmina sua obra com “A Canção da Montanha”, de 1955, quando o poeta tenta os recursos mais livres do Modernismo.

    Membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras, o poeta morreu no Rio de Janeiro no dia 19 de abril de 1969. 

    Deixou inédito “A Cidade Perdida”.

    (Assis Brasil in A Poesia Norte-rio-grandense no século XX, Natal, 1998)

    FONTE: http://musicadogol.blogspot.com.br/2011/08/serenata-do-pescador-praieira-otoniel.html

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