As origens e o significado do carnaval

Enviado por Gilson AS

Do lagoinha.com

O Carnaval.

Origem e significado.

Para recebermos alguma coisa, não basta que haja beleza ou sabor. É preciso que saibamos a procedência. Já pensou se você estiver comendo um frango saboroso na casa de alguém e, de repente, souber que o mesmo veio de um despacho na encruzilhada. A procedência é uma informação importante.

A origem do carnaval é um pouco obscura. Há quem afirme que a mesma esteja relacionada às homenagens à deusa Ísis no Egito, por volta do ano 4000 a.C.. Porém, é mais concreta a ligação com as festas gregas ao deus Dionísio em 600 a.C. e às festas romanas ao deus Baco (deus do vinho), chamadas bacanais. Eram festas pagãs, incluindo orgias,que se faziam em homenagem aos deuses como agradecimento pelas colheitas. Eram realizadas procissões que, com o tempo, se transformaram nos desfiles que conhecemos.

FESTA CATÓLICA 

No ano 590 d.C., o papa Gregório incorporou o carnaval ao calendário das festas cristãs. Sabendo que a quaresma é um período de quarenta dias de jejum e santificação entre a quarta-feira de cinzas e a páscoa, o carnaval foi oficializado como uma festa que se realiza antes da quaresma. Devido ao fato de que, no período seguinte, o católico não poderia comer carne, tudo seria consumido nos dias antecedentes, mesmo porque não existiam geladeiras para que pudessem guardá-la. Então, era uma espécie de “despedida da carne”. Em latim, a festa era chamada “carne vale”, que significa “adeus à carne”.

As pessoas comiam carne até vomitar e bebiam até cair. Antes da santificação da quaresma, as pessoas se entregavam também à liberação geral dos costumes, cometendo todo tipo de pecados, principalmente sexuais.

Na quarta-feira de cinzas, o fiel ia à igreja católica (e muitos ainda vão) para receberem um pouco de cinza na testa enquanto ouviam o padre dizer em latim: “Memento homo, quia pulvis es, et in pulverem reverteris” (Lembra-te homem, que tu és pó e ao pó voltarás).

MODIFICAÇÕES E DIVERSIDADE 

Com o passar do tempo, o carnaval foi modificado e incrementado por contribuições de vários países, principalmente da Itália e da França. Jogos, brincadeiras, músicas, danças, fantasias, uso de máscaras e carros alegóricos foram acrescentados à festa.

Na idade média surgiu o costume da inversão de papéis sociais durante o carnaval. Os nobres se vestiam de pobres e os pobres se vestiam de ricos. Entre os pobres era eleito um rei, que seria morto ao final dos festejos. Assim surgiu o rei momo.

Entre as inversões do período, muitos homens se vestiam de mulheres.

O ESTRUDO

Em portugal, a festa recebeu o nome de estrudo. Essa palavra vem da denominação de bonecos gigantes. Durante o estrudo, as pessoas com boa condição financeira, jogavam água com perfume umas nas outras. Os mais pobres jogavam água suja, urina, água com fezes, ovos podres, laranjas podres, restos de comida, etc. Com o passar do tempo, tornou-se comum a ocorrência de violência sexual durante aqueles dias.

CARNAVAL NO BRASIL

Os portugueses trouxeram o carnaval para o Brasil no século 16. Aqui, os festejos foram incrementados com o samba, o frevo, o maracatu e, recentemente, com o axé e o funk.

Embora não seja uma festa originalmente brasileira, o Brasil abraçou e adotou essa podridão de tal forma, que hoje é conhecido como “o país do carnaval”. A festa tornou-se uma das principais atrações turísticas da nação, movimentando uma indústria milionária todos os anos.

EMBALAGEM E CONTEÚDO.

Todas as mudanças no carnaval ocorreram apenas em seus aspectos exteriores. A embalagem é cada vez mais bonita, mas o conteúdo continua o mesmo. A aparência do carnaval é interessante, envolvendo diversão, alegria, beleza e arte. São qualidades reais e não vamos negar isso. Existem coisas bonitas e atraentes no carnaval, mas isso não significa que vamos participar dele. Dinheiro roubado também tem valor, mas nem por isso vamos aceitá-lo, caso nos seja oferecido.

Apesar da embalagem maravilhosa, o conteúdo do carnaval é podre e pecaminoso.

O carnaval é a festa do sexo, como sempre foi. Muitos podem negar isso, mas por quê será que o governo distribui camisinhas e faz propaganda de sexo seguro nesta época?

Os homens participam do carnaval porque gostam de dançar? Não. O período é semelhante a uma estação de caça. Os homens vão em busca de relacionamentos sexuais sem compromisso, e muitas mulheres (que querem beijar muuuuito) são as principais vítimas.

E qual é o saldo da festa? Depois de tanta bebida, são inúmeros os acidentes de trânsito, com mortos e feridos. Ocorrem também muitos homicídios, mortes por overdose, contração de doenças venéreas e casos de gravidez indesejada. No fim de tudo, a alegria se transforma em tristeza.

CONCLUSÃO

Nossa alegria não depende de festas. Não devemos confundir alegria com felicidade nem sexo com amor. Em Cristo está nosso prazer e a nossa alegria, que não termina na quarta-feira de cinzas, mas continua para sempre.

Pr. Anísio Renato de Andrade

Redação

9 Comentários

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  1. Podridão?

    Ao me interessar em ler o post, achei que estava lendo um texto de um pesquisador do assunto. Mas a partir do meio do texto ja ficou claro o viés de desprezo por aqueles que gostam da festa.  Boa sorte pro autor, pode se encerrar em sua cela conventual em jejum durante os dias da carne.  Da minha parte, vou me esbaldar cantando marchinhas, vendo o riso dos velhos, moços e crianças porque vou pra um lugar onde esta é uma festa do povo.  E pros que gostam, samba, suor e cerveja. Viva o carnaval, viva o Brasil!

  2. carnaval porreta de bom! que deixa saudades mesmo…

    carnaval porreta de bom! que deixa saudades mesmo… eram aqueles carnavais das antigas ordens católico-jurídicas nas festividades religiosas da instituição católica terça-feira gorda, nas suas origens escolástico-universitárias na imorredoura Europa velha de guerra:

    “Ainda no século XVI, em Avignon, o carnaval era organizado e animado pelo abade da jurisdição, presidente da confraria dos notários e dos procuradores: esses líderes da juventude eram em geral, ao menos no Sul da França, “chefes de prazer”, segundo a expressão de um erudito moderno, e usavam os títulos de príncipe de amor, rei da jurisdição, abade ou capitão da juventude, abade dos companheiros ou das crianças da cidade. Em Avignon, no dia de carnaval, os estudantes tinham o direito de surrar os judeus e as prostitutas, a menos que estes pagassem um resgate. A história da universidade de Avignon nos diz que a 20 de janeiro de 1660 o vice-legado fixou esse resgate em um escudo por prostituta.”

    História Social da Criança e da Família, de Philippe Ariès

  3. Muito bom.

    Srs.

    O Blog do Nassif é bom por causa disto: Aceita diversidade de opiniões.

    Ele abre espaço para opiniões de diversas matizes. Assim, quem achar que aquele assunto não lhe interessa, passa para o próximo post. Aqueles que gostarem, debatem.

    Por exemplo, este artigo acima foi redigido por um pastor evangélico. Oras.. os evangélicos já são 40 milhões em nosso Brasil e isto é muito peso. Devemos ouvi-los também.

    Todavia, até mesmo segmentos menores, seja na religião, seja na política, seja em outra área, também deveriam ter um espaço aqui.

    Muitas vezes, em conversas com amigos, certos assuntos entram na pauta e de repente eu me pego opinando sobre aquilo que nunca me interessei, mas, por curiosidade, li aqui no GGN.  Claro que não dá para o Nassif abordar tudo, mas, quem sabe o essencial, o novo, o polêmico, o futurístico, o histórico…

    Até acho que o Nassif deveria ter um Reinaldo Azevedo aqui, um cara que espumasse e tivesse caquetes quando falasse contra Lula, Dilma e PT, pois aí o blog ficaria completo. Espere… também um pessoal do PSOL, do PSTU, e quem sabe um anarquista.

    Claro, tudo bem temperado, para não saturar o blog.

     

  4. Embora não seja uma festa

    Embora não seja uma festa originalmente brasileira, o Brasil abraçou e adotou essa podridão de tal forma, que hoje é conhecido como “o país do carnaval”. A festa tornou-se uma das principais atrações turísticas da nação, movimentando uma indústria milionária todos os anos.

     

    CARNAVAL CAUSA-ME ESPÉCIE

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