Descartes Gadelha e o acervo no Mauc

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Enviado por Jns

O Colhedor de Almas

“Deus não vende a Terra que Ele criou”

Descartes Marques Gadelha, escultor, pintor, escritor, desenhista, músico e nautimodelista, nasceu no dia 18 de junho de 1943, em Fortaleza.

 O Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (Mauc) possui grande parte do acervo de Descartes Gadelha

O Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (Mauc) possui grande parte do acervo de Descartes 

Descartes enveredou do figurativismo para o abstracionismo da paisagente cearense de tendência expressionista para externar a sua percepção de mundo.

http://lounge.obviousmag.org/por_tras_do_espelho/2013/01/14/Os%20Sobreviventes.jpg

http://lounge.obviousmag.org/por_tras_do_espelho/2013/01/14/Process%C3%A3o%20da%20Meia%20Noite.JPG

“Além de músico, compositor, percussionista e muitíssimas coisas mais. Tive a honra de cantar com Descartes no Canto do Aboio e Coral Universitário. Bote fé no baixo profundo. Também participei da Escola de Samba Ispaia Brasa, da qual ele era um dos cabeças… Dá uma procurada nesse artista, amigo véi!” – Luciano Hortencio

http://youtu.be/tJkLiuQzFAE width:600 height:450

O Paisagente Cearense apresentou a sua primeira exposição no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará – MAUC, em maio de 1963.

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

15 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

      1. Invocado

         

        – Tio, qual é o site do Capitão Potencio?

        – Nananinanão…

        – Você acha que eu vou ficar fuçando lá, como faço no seu celular?

        – Cê acha que eu sou bobo Rapá?

        – Eu acho, mas você não está facilitando!

      2. A confissão

         

        – Tio, quando eu tinha cinco anos, eu tinha medo de ir pra Escolinha.

        – E hoje você ainda tem medo?

        – Não, qsó uando eu era pequenininho eu tinha muito medo de bomba.

        – Quem te falou que tinha bomba na Escolinha?

        – Um dia o Arthur sujou as mãos com a tinta, que é usada na escola para fazer Arte, e correu atrás de mim para passar na minha roupa. Eu corri muito, dentro da sala, até que a Tia gritou: “Pode parar! Vocês vão levar bomba!”

        – Ela estava correta: quem zoneia as aulas deve tomar bomba.

        – Eu tinha medo era de ser levado pro pátio da escola e alguém atirar bombas em cima de mim

        – Hahaha

        – Eu ficava, no segundo andar, só olhando para aquele pátio e pensando que alguém poderia me amarrar lá e jogar um monte de bombas em mim, à noite.

        – Você ficou quanto tempo com medo de bombas?

        – Muito tempo…

        – Você contou pra sua mãe?

        – Eu prometi pra mim mesmo que iria contar pra ela.

        – O que ela falou pra você?

        – Por ter feito bagunça na escola, eu tinha medo que ela brigasse comigo, mas eu cumpri o que eu prometi.

        – Isso ai garoto! Então você mesmo contou pra ela.

        – Eu falei e ela nem brigou comigo.

        – Você era um bebê e ela não poderia brigar com um bebê.

        – Mas eu prometi pra mim mesmo, então tive que falar.

        – Você era muito novinho e nem precisava ter contado nada prá ninguém.

        – Mas eu falei…

        – Mas você disse que estava com medo…

        – Sim, eu estava com medo, mas esperei ela dormir e falei no ouvido dela.

  1. Meu Guru!

    Veja o comentário que postei no vídeo do PINGO DE FORTALEZA: 

     

    Caro Pingo de Fortaleza!
    Parabéns pelo excelente vídeo! ***

    Em 1975 e 1976 tive o prazer de sair na ISPAIA BRASA, onde Descartes era um dos pilares daquela excelente escola de samba cearense. O samba-enredo do primeiro ano que participei é da autoria de Descartes Gadelha e, com ele, a ISPAIA BRASA sagrou-se campeã do carnaval de 1975. Ai vai a letra, decoradinha da silva!

    Fortaleza em Três Tempos!

    Atrás de prata aqui,
    Uma nave desembarcou.
    E um capitão de coragem, 
    Um forte montou.
    No alto Marajaig,
    Às margens do Pajeú,
    Nossa Senhora Assunção,
    Com luz abençoou.
    E em cidade transformou.
    Boa noite a todos, 
    Eis a avenida prateada.
    Com o luar que ontem inspirou,
    Grandes poetas em serenatas.
    É mais um samba que faço,
    nesse sonho de ilusão,
    Fortaleza minha amada,
    Te dou meu coração.
    Hoje te mostramos em três tempos,
    A Colônia, o romantismo e a evolução.
    Lá lla la la la la lala…
    Atrás de prata…

    Liguei para o Descartes para ver se a gente consegue gravar, mesmo ao vivo, com violão, excelente percussão dele e algumas vozes esse samba, a fim de que não se perca na poeira do tempo. 
    Darias uma força nesse sentido? Acho que valerá a pena!
    Abraço do luciano

    1. Força para elas, uai!

       

      Tarado por Coca-Cola Cearense

      O Fenômeno das ‘Coca-Colas’ em Fortaleza Durante a Segunda Guerra Mundial

      Ricardo Lavecchia | 19/-9/2013 | Historia da Segunda Guerra

      Em meados de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, surgiu um fenômeno feminino na cidade de fortaleza chamado de “Coca-colas”.

      Eram moças jovens de famílias tradicionais, onde tinha de tudo na vida, mas não tinha o principal, agitação. A maioria dessas jovens estavam cansadas da monotonia da cidade, estavam cansadas de ver as mesmas caras, cansadas de ficar na mesma pracinha no centro e etc.

      Com a chegada dos americanos para fazer o patrulhamentos da nossa costa e também para montar as bases aéreas onde se dava suporte as aeronaves que atravessavam o atlântico, tudo mudou para essas moças e muitas delas se acharam a vontade com a situação e iam para as festas no Estoril e em outras casas de dança para fazer companhias aos visitantes. 

      Na Fortaleza dos anos 40 a população era de apenas 10% da atual, e não se tinha muito para fazer na cidade na época, e com a chegada dos americanos, se abriu um leque de possibilidades para as jovens.

      Muitas seriam taxadas de prostitutas, até mesmo após a guerra as lindas mulheres com seus vestidos curtos e saltos altos, passeavam pela cidade e as senhoras de mais idade as ofendiam e maltratavam, mas os homens ficavam de queixo caído com o desfile das beldades.

      Soldados americanos dançando no Estoril com as Coca-Colas

      Sabemos que junto das guerras surgem muitas tragédias de inúmeras espécies, uma dessas tragédias é a prostituição, onde na maioria das vezes as mulheres se vendem por comida, mas em Fortaleza não foi esse o caso, pois a guerra em si não chegou ao Brasil, a não ser pelos ataques aos navios mercantes em alto mar e a paralisação de produtos vindo da Europa.

      Mas para as jovens era tudo que precisavam, os americanos com suas caras novas e sua alegria, trouxe festas e movimentação a cidade, e conseguiram tirar mudar a rotina das moças. Muitas moças namoravam os soldados, algumas os cadetes e tinha também outras que namoram os oficiais.

      Esse apelido surgiu devido o próprio refrigerante muito consumido pelos americanos na cidade.

      Fonte: Fortaleza Nobre  |  Postagem original: Ecos da Segunda Guerra

  2. Descartes Gadelha – Coral da UFC

    Foto do Coral da Universidade Federal do Ceará, sob a regência da maestrina Katie de albuquerque Lage, que foi reger o Coro dos anjos aos 30 aons de idade.

    Seu comandado está na última fila, da esquerda para a direita, quinto lugar. Com um cavanhaque infame. Descartes Gadelha está na mesma fila, mesma direção, em nono lugar.

    Abraço do luciano

  3. .

     

    Ninguém a outro ama, senão que ama  
    O que de si há nele, ou é suposto.  
    Nada te pese que não te amem. Sentem-te  
          Quem és, e és estrangeiro. 

    Cura de ser quem és, amam-te ou nunca.  
    Firme contigo, sofrerás avaro  
          De penas.

          Ricardo Reis

      1. A confissão do Fernandão

         

        “Ninguém a outro ama, senão que ama  
         O que de si há nele, ou é suposto.”

        Confissão:

        Parceirinho Maior, gosto muito de bater um ‘papo de buteco’ e ‘jogar conversa fora’ lá no no seu blog.

        Vou, agora, sem exemplo, tomar uma bela pinga lá no ‘Bar da Bebel’, onde curtirei este filosófico vídeo sacado do dundo do baú do respeitado e sempre Poderoso Chefão da Mabomubra.

        Fui!

    1. Fernandão

       

      Arte de Malangatana de Moçambique

      Nada te pese que não te amem. Sentem-te  
            Quem és, e és estrangeiro.

      Cura de ser quem és, amam-te ou nunca.  
      Firme contigo, sofrerás avaro  
            De penas.

  4. A Surpreendente Propaganda Nazista

     

    A “criança ariana perfeita” era filha de judeus

    The Washington Post | Terrence McCoy | 07/07/2014 

    Terrence McCoy escreve sobre assuntos externos para o Moning Mix

    [video:http://youtu.be/UeKlz1WTFGk width:600 height:450]

    Os cantores judeus da Letônia, recém-casados, ​​vieram a Berlim como estudantes. Em 1934, logo após Adolf Hitler assumir o controle da Alemanha, a jovem judia ficou grávida de uma criança que logo se tornaria conhecida como a criança “ariana perfeita”.

    A sua foto adornou uma revista nazista, após a realização de um concurso de beleza para encontrar “a perfeição ariana” e, em seguida, foi estampada em cartões postais e vitrines e, mais tarde, estava espalhada por toda parte.

    Imagem extraída do vídeo de Hessy Taft gravado pela USC Shoah Foundation

    Menos conhecido, no entanto, foi o fato de que a “criança ariana” era, na verdade judaica.

    Tão notável quanto a revelação, é a história notável que a acompanha. A menina, agora Hessy Levinsons Taft, com 80 anos, recentemente apresentou a capa da revista, estampada com a sua foto, quando ela ainda era um bebê, ao Yad Vashem Holocaust Memorial de Israel e revelou a sua surpreendente história para o jornal alemão Bild. Mas a versão estendida do que aconteceu pode ser conferida em um relato oral que ela concedeu ao United States Holocaust Museum, em 1990.

    A história de Hessy Taft começa em 1928, quando seus pais foram para Berlim. Ambos eram cantores. O pai, Jacob Levinsons, era barítono e a sua esposa, Pauline Levinsons, havia estudado no renomado Riga Conservatory, na Letônia.

    Jacob tinha sido contratado para uma casa de shows de ópera e alterou o nome artístico para Yasha Lenssen, lembrou Hessy na longa entrevista ao Holocaust Museu. Foi no período de expansão do anti-semitismo em Berlim, e, quando “descobriram que o nome dele era realmente Levinsons”, disse ela, “eles decidiram cancelar o seu contrato”.

    “Sem qualquer dinheiro” e vivendo em um “muito, muito apertado apartamento de um quarto”, o jovem casal deu a luz a Hessy Levinsons, em 17 de maio de 1934. Ela era linda e, quando atingiu 6 meses de idade, os pais decidiram tirar a sua foto. “Minha mãe me levou a um fotógrafo”, disse Hessy ao Museu do Holocausto. “Ele era um dos melhores em Berlim e me fotografou – ele fez uma imagem linda – e meus pais acharam que ficou muito bonita.”

    Eles gostaram tanto, que moldaram e colocaram a foto sobre o piano que seu pai tinha dado à sua mãe como presente após o nascimento de Hessy. Eles pensavam que aquela imagem era uma foto exclusiva de família, mas logo depois, uma mulher, que ajudava a limpar o apartamento, trouxe uma notícia surpreendente: – “Você sabia que eu vi Hessy na capa de uma revista na cidade”.

    Imagem extraída do vídeo de Hessy Taft gravado pela USC Shoah Foundation

    A mãe de Hessy achou que não era possível acreditar naquela informação, porque um monte de bebês apresentam a mesma aparência e, certamente, a sua ajudante estava enganada – mas ela não estava.

    “Não, não, não, não!”, a ajudante insistiu à mãe de Taft: “É definitivamente Hessy. É esta imagem. Dê-me algum dinheiro e eu vou buscar a revista.”

    O dinheiro foi dado e ela logo voltou com uma revista. A manchete, exibida na parte superior, trazia o título “O sol em casa” junto com a mesma imagem de Hessy que descansava sobre o piano da família. “A revista foi publicada fora de Leipzig [no centro da Alemanha] e era, definitivamente, uma das poucas revistas que podiam circular naquele momento”, disse Taft, “porque era uma revista nazista”. Ela disse que as páginas exibiam imagens de “homens usando suásticas” e incluia uma foto de Hitler “inspecionando as tropas”.

    Os pais ficaram aterrorizados por ter o seu bebê judaico na capa de uma revista nazista louvando os feitos de Hitler.

    De acordo com o relato de Hessy, o casal entrou em contato com o fotógrafo: “O que é isso? Como isso aconteceu?”, questionou sua mãe.

    O fotógrafo pediu para ela se acalmar. ”Vou contar a seguinte história: fui convidado a apresentar as minhas 10 melhores fotos para um concurso de beleza realizado pelos nazistas, que reuniu 10 fotógrafos em atividade na Alemanha. Todos  os fotógrafos apresentaram as suas 10 melhores fotos e eu enviei a imagem do seu bebê.”

    “Mas você sabia que ela é uma menina judia”, exclamou a mãe.

    Uma fotografia de Hessy Taft tomada em Berlim, em 1937, extraída do vídeo de Hessy Taft gravado pela USC Shoah Foundation

    “Sim”, disse ele, explicando que “o concurso foi realizado para encontrar o exemplo perfeito da raça ariana, para ser usado pela propaganda da filosofia nazista e eu queria dar-me o prazer desta brincadeira. Veja você, que eu estava certo, pois, de todos os bebês, eles escolheram a sua filha como a ‘ariana perfeita’.”

    Histórias de família são sempre propensas a alcançar a distorção e o exagero, mas esta parece ser verdade. Taft tem outros lotes de fotografias que mostram que ela foi reproduzida em numerosas publicações e cartões.Taft, que agora é uma professora de química na Universidade St. John, em New York, ao Telegraph, disse que “eu posso rir disso hoje”, como se estivesse dizendo: “mas, se os nazistas tivessem descoberto quem eu realmente era, eu não estaria viva”.

    Os seus pais ficaram igualmente chocados e “espantados com a ironia de tudo isso”. Nas semanas seguintes, a imagem estava espalhada por toda parte, desde vitrines, anúncios e cartões postais. Taft disse que, uma vez, a sua tia foi comprar um cartão para o seu primeiro aniversário, em maio de 1935, e encontrou apenas um cartão com a foto do bebê Taft. “Minha tia não disse nenhuma palavra e comprou o cartão postal que meus pais conservaram com eles ao longo dos anos.”

    A família de Hessy fugiu da Europa e buscou o refúgio em Cuba, antes de ir para os Estados Unidos, no final de 1940, estabelecendo-se em New York City. 

    Hessy Levinsons casou-se e tornou-se Hessy Taft e o seu pai retornou para Havana para conduzir um negócio, que fracassou sob a ascensão de Fidel Castro, mas “ele sempre dizia: ‘eu sobrevivi a Hitler e vou sobreviver a Castro'”, disse Taft. “E assim ele fez.”

  5. Um Príncipe Negro no Brasil

     

    O Príncipe Negro de Porto Alegre e a Cultura Religiosa do Batuque

    O Príncipe Custódio é um mito e a figura mais lendária que está guardada na memória dos integrantes do Batuque.

    Seu nome tribal era Osuanlele Okizi Erupê, filho primogênito do Obá Ovonramwen que, ao chegar ao Brasil, adotou o nome de José Custódio Joaquim de Almeida, Príncipe de Ajudá (1832-1936).

    Vindo da tribo pré-colonial de Benis, dinastia de Glefê, da nação Jejê, do estado de Benin, na Nigéria, o lendário Príncipe Custódio do Xapanã Sakpatá Erupê paira no imaginário negro do Rio Grande Sul, como um dirigente tribal africano, exilado no Brasil, onde se tornou famoso como curandeiro e líder religioso. 

    [video:http://youtu.be/DIer08E_bTE width:600 heght:450]

    Reverenciado como o introdutor do batuque no Rio Grande do Sul, Príncipe Custódio morreu no dia 26 de maio de 1936 aos 104 anos.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador