Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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Ge e Gé Tu u tu Li e Li O – GETÚLIO

Por Luciano Hortencio

 

 

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

15 Comentários

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  1. Na hora aga é o Jejê!

    “Segundo Alzira Vargas, quatro tipos de personalidade tiravam Getulio do sério, em ordem crescente de irritabilidade: as que lhe contavam sempre as mesmas historias, as muito burras, as demasiadamente prolixas e, em especial, as que se atrasavam.”

    Acho que alguns candidatos a essa eleição, teriam tirado seu Gegê do sério !!!

  2. O Pinto e a Raposa dos Pampas

     

    Getúlio

    1882-1930

    Dos anos de formação à conquista do poder

    A Revolução de 30 contara com o apoio e a coalizão dos mais diferentes matizes ideológicos, que então se sentiam no direito de cobrar sua parte correspondente no governo, impondo à nação os respectivos interesses. Posto no meio de um fogo cruzado, Getúlio até ali procurava contemporizar, ora afagando uns, ora agradando outros. A indefinição e a dualidade ajudariam a plasmar a imagem de um político de poucas palavras e muitos sorrisos, apto a atrair sobre si uma cordilheira de adjetivos recorrentes, que logo se encravariam em sua biografia como inevitáveis clichês. Passaria a ser, desde então, a “eterna esfinge”, o “impenetrável”, o “enigmático” Getúlio Vargas. “O Rio Grande do Sul até aqui era uma floresta africana, que só produzia leões. O sr. Getúlio é a primeira raposa dos pampas”, definia o jornalista Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello — o Chatô, dono dos Diários Associados e uma das línguas mais venenosas da imprensa brasileira.

    A imagem do “leão” era uma referência ao passado belicoso do povo gaúcho, historicamente envolvido com guerras de fronteiras e conflitos internos. A metáfora política da “raposa”, bicho manhoso e astuto, ficaria para sempre associada à imagem de Getúlio.

    “Maquiavel é pinto para o sr. Getúlio Vargas”, reforçava Chatô.

    Só havia uma única certeza àquela altura dos acontecimentos. A despeito do viés ideológico que seu governo viesse a tomar, entregando-se aos braços do fascismo ou às mãos dos comunistas, Getúlio estava disposto a fazer um governo forte, sem nenhuma consideração aos princípios da representatividade parlamentar e do liberalismo econômico — valores que estavam em xeque desde que a crise da bolsa de Wall Street empurrara os Estados Unidos para o abismo da Grande Depressão. O desemprego em massa, o fechamento de bancos, as falências e os suicídios em série abalavam naquele instante a crença na democracia liberal e no Estado mínimo em todo o Ocidente. Em seu lugar, surgiram as propostas “regeneradoras” de regimes centralizadores, com forte ingerência do Estado sobre a economia e a tutela vigilante sobre a vida privada dos indivíduos. Desse desencanto político radical, por diferentes caminhos e em diferentes conjunturas, brotaria o fascismo na Itália, o nazismo na Alemanha, o franquismo na Espanha, o salazarismo em Portugal e, em certa medida, com suas especificidades, o getulismo no Brasil.  “Deem-me a ordem que eu lhes darei boa administração”, dizia Getúlio.

    Porém, nem propriamente fascista, muito menos comunista, ele inauguraria um autoritarismo todo particular, temperado por uma imagem pública bonachona, de um chefe de Estado capaz de sair do palácio sem nenhum guarda-costas e, como um cidadão comum, ir ao dentista de táxi, abdicando da prerrogativa do carro oficial. Foi exatamente o que Getúlio fez na manhã de 14 de novembro de 1930, apenas onze dias depois de tomar posse como chefe do Governo Provisório, ao visitar o odontólogo Bello R. Brandão, cujo escritório ficava à rua São José, nos altos do Café Rio Branco, ponto de encontro boêmio, frequentado por artistas e gente ligada ao futebol. Os habitués do estabelecimento ficaram surpresos com aquele novo dirigente da nação que caminhava de terno de linho branco e sapatos bicolores entre os comuns dos mortais, deixando atrás de si, como um rastro característico, as baforadas do inseparável charuto.A respeito da sem-cerimônia de Getúlio, uma saborosa marchinha popular, de autoria do irreverente Lamartine Babo e lançada naquele janeiro de 1931, sintetizava com perspicácia a imagem popular construída e desfrutada pelo novo governante brasileiro: Só mesmo com a revolução, Graças ao rádio e o “parabelo”, Nós vamos ter transformação Neste Brasil verde e amarelo. G-e — Ge T-u — tu L-i-o — lio. Getúlio! Certa menina do Encantado Cujo papai foi senador Ao ver o povo de encarnado Sem se pintar, mudou de cor.

    Estava tudo lá, na letra da marchinha que Almirante gravou acompanhado pela Orquestra Guanabara e o Bando dos Tangarás: a luta armada, a habilidade de Getúlio para lidar com os novos meios de comunicação, o apelo nacionalista às cores da bandeira brasileira, a capacidade de atrair e aceitar adesistas de undécima hora. O refrão irresistivelmente pegajoso, ao soletrar as letras de seu nome à maneira infantil, conferia uma intimidade lúdica e uma identificação afetuosa entre o líder carismático e o povo. O título da música, “Gê-Gê”, também referida no selo do disco como “Seu Getúlio”, quebrava a solenidade do cargo, cunhava um apelido e o aproximava ainda mais dos milhares de brasileiros que ouviam a canção pelas ondas do rádio.

    Trecho do livro

    Getúlio 1882-1930 Dos anos de formação à conquista do poder

    LIRA NETO

  3. Ele disse

     

    O baião, de Edgar Ferreira, gravado por Jackson do Pandeiro, em 1956, recolhe trechos da célebre Carta Testamento de Getúlio Vargas.

    [video:http://youtu.be/2_emEu7hq1Q width:600 height:450]

    Ele disse muito bem:
    “O povo de quem fui escravo
    Não será mais escravo de ninguém”

    Para todo operário do Brasil
    Ele disse uma frase que conforta:
    “Quando a fome bater na vossa porta
    O meu sangue é capaz de vos unir
    Meus amigos por certo vão sentir
    Que na hora precisa, estou presente
    Sou o guia eterno dessa gente
    Com meu sangue o direito eu defendi”

    Ele disse com toda consciência:
    “Com o povo eu deixo a resistência
    O meu sangue é uma remissão
    A todos que fizeram reação
    Eu desejo um futuro cheio de glória
    Minha morte é bandeira da vitória
    Deixo a vida pra entrar na história
    E ao ódio eu respondo com perdão”

    [video:http://youtu.be/zXRO38e6W7A width:600 height:450]

    A canção Ele disse já esteve incluída no repertório de shows de Caetano Veloso.

    1. Jejê, Jejê, Jejê!!!

      Por que é que essas mina olham tanto pra você???

      Porque você, ao contrário do seu ti Paphudinhópolis, é um cara boa pinta e as mina se amarram.

      Pode tascar foto na net que num tem problema não. Ele num tasca porque o cara é mal enjambrado pacas…

      Vá por mim!

      Abração do luciano

      (Pro seu ti, um simples saudoso… kkkk)

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=VisKZdXILi8%5D

       

  4. Retrato do Velho

     

    A canção da volta da Raposa dos Pampas ao poder

    “Bota o retrato do velho outra vez/ Bota no mesmo lugar/ O retrato do velhinho faz a gente trabalhar”

    A marchinha de Haroldo Lobo e Marino Pinto foi gravada logo depois da eleição de Getúlio Vargas para presidente, em 1950; um ano de Copa no Brasil.

    [video:http://youtu.be/HhKUmljxwE0 width:600 height:450]

    Retrato do Velho foi lançada para um sucesso espetacular no Carnaval de 1951 e tornou-se, sem dúvida, a mais conhecida de todas as composições que homenageiam o Raposildo Gêgê.

      1. Réquiem

        Sob o céu vasto e estrelado,

        Cava a cova e deita meu fardo.

        Alegre vivi e alegre parto,

        Fado que a lousa remata.

        Eis os versos que deves gravar:

        “Aqui ele jaz, onde quer estar;

        Eis o marujo, de volta do mar,

        E o caçador, de volta da mata.”

        Robert Louis Stevenson
        (Trad. Luiz Roberto Guedes)

         

         

        Mostrei o seu comentário sobre/para o Jejê no blog do Comandante.

        Ele ficou curioso quando eu disse que você mora fora do Brasil:

        – E ela entende a minha língua?

         

        Ontem ele voltou, como sempre, a me “apertar sem me abraçar”.

        Ele queria saber qual é “a coisa mais dura que existe”.

        Eu repondi que o diamante é uma delas.

        Foi a deixa prá ele liberar uma enxurrada de perguntas:

        – Como é feito o diamante?

        – Ahmm… é o estado alotrópico do carbono (pelamor, como é possível explicar o que é um elemento químico, o que é densidade, o que é uma estrutura cristalina cúbica de corpo centrado ou de face centrada?). Ele percebeu a minha dificuldade e emendou a pergunta seguinte:

        – Não é um meteoro?

        – Não sei Jejê, mas eu já vi um meteoro em um museu.

        A metralhadora aleatória disparou outra:

        – Existem quantos planetas?

        Antes que eu começasse a responder, ele enumerou cada um deles e eu me “estrepei de vez”:

        – Você não mencionou o Plutão.

        Triunfante ele retrucou:

        – Tio, Plutão não é um planeta…

        – É sim!

        – Não é Tio! Ele é muito pequeno; ele é um “planeta-anão”.

         

        CONFIRA QUEM ESTÁ CERTO:

         

        Americanos fazem lobby para Plutão voltar a ser planeta

        Votação após debate no Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian pediu reconsideração da decisão, que cabe à União Internacional de Astronomia

        CESAR BAIMA | 03/10/2014

        RIO – Descoberto pelo astrônomo americano Clyde Tombaugh em 1930, Plutão passou os 76 anos seguintes considerado como nono e último planeta do Sistema Solar. Em 2006, no entanto, a assembleia geral da União Internacional de Astronomia (IAU), reunida em Praga, aprovou novos parâmetros para a classificação destes tipos de objetos, o que levou ao “rebaixamento” de Plutão à categoria então criada de “planetas-anões”.

        Concepção artística mostra Plutão (disco maior) e suas possíveis luas (Foto:  NASA, ESA and G. Bacon (STScI))

        Concepção artística mostra Plutão (disco maior) e suas possíveis luas (Foto: NASA, ESA and G. Bacon (STScI))

        A decisão, porém, não agradou parte do público e dos próprios astrônomos, em especial nos EUA. Afinal, Plutão era o único dos planetas descoberto por um americano. Assim, apesar de pelo lado da IAU a discussão ter sido dada como encerrada, ela continua a mobilizar os americanos, que lutam pela sua “reabilitação” ao status de planeta. Em meados de setembro, por exemplo, o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian promoveu um debate em que três cientistas apresentaram suas posições e argumentos com relação ao assunto. Ao final, a plateia pôde participar de uma votação informal sobre como Plutão deveria ser classificado. Não surpreendentemente, a grande maioria dos presentes apoiou a afirmação de que Plutão é sim um planeta.

        De acordo com a resolução aprovada pela IAU em 2006, para ser definido como um planeta um objeto celeste deve obedecer três critérios básicos: orbitar em torno do Sol; ter massa suficiente de forma que sua própria gravidade faça com que assuma uma forma esférica ou quase esférica; e ter “limpado” sua órbita de outros objetos de grande porte. Mas Plutão, apesar de atender aos dois primeiros, não se enquadra no último. Com uma órbita extremamente excêntrica na comparação com os demais planetas, ele regularmente cruza o caminho de Netuno em torno do Sol, tanto que só em 1999 o ultrapassou para se tornar, ainda então como planeta, o mais distante de nossa estrela.

        Apesar de o resultado da votação promovida após o debate nos EUA não ter nenhum caráter oficial, já que não conta com o aval da IAU, os americanos esperam com isso tentar reabrir o debate sobre o status de Plutão no âmbito da organização. Mas segundo Fernando Roig, astrônomo do Observatório Nacional, a definição adotada pela IAU é razoável e não deve ser alterada. Roig, que participou da assembleia de 2006 e votou a favor do rebaixamento do planeta, lembra que a discussão foi acirrada. De um lado, conta, alguns cientistas, notadamente os americanos, insistiam que Plutão deveria continuar a ser considerado um planeta, enquanto do outro havia até os que queriam passar a classificá-lo como um “mero” asteroide.

        Ilustração do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian mostra Plutão em primeiro plano, com o Sol ao fundo Foto: Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian

        Ilustração do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian mostra Plutão em primeiro plano, com o Sol ao fundo – Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian

        – Assim, a ideia de criar a categoria de “planeta-anão” foi um compromisso razoável, o melhor encontrado na época para conciliar estas posições extremas – diz. – No final, os termos para a definição do que é um planeta no sentido clássico são muito bons e não vejo motivos para se rediscutir isso.

        Para Roig, a descoberta de cada vez mais planetas extrassolares, isto é, que orbitam outras estrelas que não o Sol, também não deve afetar este tipo de classificação. Segundo ele, os argumentos apresentados por Dimitar Sasselov durante o debate do mês passado nos EUA, como o de que não conhecemos a configuração exata destes sistemas planetários distantes e assim também não poderíamos classificar estes objetos como planetas pelos parâmetros estabelecidos pela IAU, não se sustentam. De acordo com Sasselov, os planetas deveriam ser definidos apenas como “os aglomerados esféricos de matéria que se formam em torno de estrelas ou restos de estrelas”.

        – É um argumento forçado e que não faz sentido, já que, em geral, quase todos os planetas extrassolares conhecidos são objetos bastante maciços que se espera que tenham de fato varrido suas órbitas de outros objetos. Não dá para imaginar, por exemplo, um planeta como Júpiter orbitando uma estrela em meio a um campo de asteroides. Sua gravidade simplesmente não ia permitir que isso acontecesse. Assim, a maioria deles é, com certeza, planetas de fato como definido pela IAU – explica. – Além disso, a detecção e estudo dos planetas extrassolares ainda é um campo muito novo na astronomia. Concordo que em algum momento a IAU vai ter que decidir como classificar estes objetos, mas isso também não significa que ela terá que voltar atrás numa definição que já existe e funciona muito bem para o Sistema Solar.

        Por fim, Roig também vê na votação feita nos EUA um ímpeto nacionalista diante do fato de Plutão ter sido o único planeta descoberto por um americano.

        – O resultado desta votação não deve ser levado a sério, já que este elemento de nacionalismo invalida uma discussão que deve ser estritamente científica – conclui.

        [video:http://youtu.be/vEVDPfw9vfM width:600 height:450]

        Informações: http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/americanos-fazem-lobby-para-plutao-voltar-ser-planeta-14124278

        A foto mostra frações do meteoro que encontra-se em exibição no Instituto Smithsonian em Washington, DC.

        1. Para o Jejê!

          Parceiro Jejê,

          Se você tivesse me perguntado o que era a coisa mais dura eu, ao invés de buscar explicações que você faz é cochilar, teria lhe mostrado minha coleção de pedras comuns, algumas não tão comuns, muitas magnetizadas, etc e tal. 

          Aí você me perguntaria pra que serve essa coleção.

          Resposta: Pra tacar na cabeça dos cabeças de vento que nem seu tio Dom JNS, o Pedra de Tropeço!!!

           

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          Abraço do Cabo Potêncio!

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