Hilda Hilst

Um resumo da biografia de Hilda Hilst na trilha do seu talento e da vida pessoal é missão impossível. É quase um labirinto que só mesmo a sua “Ariana” poderia percorrer sem enganos.  Ou, quem sabe, Alberto Manoel Ruschell Filho, que cita HH nas suas belas crônicas. 

Arrisco apenas uma resenha temática de alguns dados recolhidos a respeito de Hilda. Arrisco e risco por amor à HH, a culta e a desbocada, a que alcança a anima, feminina, mais ainda do que se supõe das “Mulheres de Chico”. 

Poesia e prosa. Contos, novelas, teatro. Obras traduzidas para o alemão, italiano, inglês, francês, espanhol. A autora é considerada um monumento da literatura em língua portuguesa da magnitude de Guimarães Rosa.

Mulher dos amores intensos (dizem que namorou Dean Martin e perseguiu Marlon Brando), cujo fogo cintila e incendeia os magníficos poemas. Livre, corajosa, amiga dos animais. Poesia sede da paixão, da sexualidade, do desejo, de vida e de morte.  

Letra transgressora da “Obscena Senhora D”, sensual, culta, possessa, travessa, hermética, metafísica, mergulhada na solidão voluntária da sua “Casa do Sol”, em Campinas.

De repente, parceira de Adoniram Barbosa (“Só tenho a ti”, “Quando te achei”). Do encontro com Zeca Baleiro, buscado por ela,  aconteceu o disco com as músicas para poemas extraídos do “Júbilo Memória Noviciado da Paixão” (JMNP, iniciais de um nome muito conhecido).

Os dez cantos da “Ode descontínua e remota para flauta e oboé” foi musicado com todo o esmero do maranhense. Som de cantiga provençal, acento ibérico, luso, como já foi dito, harpas, oboés, fagotes, e as vozes de Rita Ribeiro, Verônica Sabino, Maria Bethânia, Jussara Silveira, Ãngela Ro Ro, Ná Ozetti, Olivia Byington, Mônica Salmaso e Ângela Maria.

Vozes femininas. Arianas em vários tons, para ouvir acordada. Escolhi duas: Mônica Salmaso e Angela Rô Rô. 

Fontes:

http://www.angelfire.com/ri/casadosol/hhilst.html

http://www.antoniomiranda.com.br/iberoamerica/brasil/hilda_hilst.html

 http://www.hildahilst.com.br/ (aqui há um texto belíssimo de Jorge Coli sobre a poeta).

Luis Nassif

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