Aerossóis podem enfraquecer furacões, mostra novo estudo

Jornal GGN – Os aerossóis existentes na atmosfera da Terra a partir da ação humana – como a de fábricas, usinas de energia e emissões de carros e aviões – podem não ser de todo mal. Um novo estudo feito por pesquisadores da Texas A&M University, dos Estados Unidos, descobriu que esses elementos podem influenciar na formação de ciclones, tufões e furacões, ajudando-os a perder força. O resultado da pesquisa foi publicada na revista Nature Climate Change.

Segundo o trabalho, os aerossóis antropogênicos, produzidos em larga escala pelas atividades humanas, enfraquecem os furacões, principalmente os furacões (que se formam no Oceano Atlântico) e tufões (formados no Pacífico). A equipe utilizou um complexo modelo de computador que foi alimentado com dados do furacão Katrina, que atingiu a Costa do Golfo em 2005, e produziu danos catastróficos.

Além de enfraquecer esses fenômenos atmosféricos, os aerossóis podem reduzir seu tempo de formação e baixar a velocidade dos ventos. Em média, 90 furacões ou ciclones são formados a cada ano em todo o mundo. De acordo com os cientistas, os resultados podem ser cruciais para avaliar e preparar cidades e equipes de emergência para novas tempestades tropicais potencialmente destrutivas.

“Os resultados são surpreendentes porque outros estudos têm mostrado como o aquecimento global, por gases de efeito estufa, torna os furacões mais intensos e frequentes. Descobrimos que os aerossóis podem operar de forma oposta aos gases de efeito estufa para influenciar furacões”, explica Zhang. “Outra coisa que encontramos, no entanto, é que os aerossóis parecem aumentar a quantidade de precipitação em um furacão ou tufão. As chuvas associadas às tempestades tropicais parecem ser maiores e mais fortes”.

O pesquisador afirma que os resultados poderiam ser benéficos na forma como furacões futuros poderiam ser estudados, e como é importante a presença ou ausência de aerossóis no impacto do desenvolvimento deste tipo de tempestades. O Katrina, por exemplo, foi a tempestade mais destrutiva da história dos EUA, com danos na ordem de mais de US $ 100 bilhões, além das 1,8 mil pessoas mortas. A tempestade inundou 80% de Nova Orleans.

“As informações produzidas a partir deste estudo podem ser muito úteis para a nossa forma de previsão de furacões. Estudos futuros podem precisar levar em consideração o efeito de aerossóis. Se um furacão ou tufão é formado em uma parte do mundo onde sabemos que os aerossóis antropogênicos são quase que certamente presentes, os dados vão precisar ser considerados na formação e desenvolvimento da tempestade”, diz Zhang.

Com informações do Phys.org

Redação

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