Veja cinco dicas para montar uma startup de sucesso

Jornal GGN – O atual cenário da economia brasileira – que agrega um aumento no volume de investimentos, o aporte de R$ 36 milhões do Governo Federal por meio do programa Start Up Brasil e o aquecimento do mercado para as empersas nascentes –, pode revelar grandes empresas globais nos próximos anos. Marcelo Pimenta, do Laboratório de Startups do Centro de Inovação e Criatividade da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), dá cinco dicas para empreendedores que têm boas ideias, mas ainda não sabem como montar uma startup.

Analise bem a sua ideia: Em apresentações aos investidores, as startups costumam apresentar um problema que será solucionado por meio do produto desenvolvido. Até chegar a esse ponto, tudo partiu de uma ideia inicial que foi analisada, testada e minimamente aprovada pelo mercado.

Por isso, antes de fundar a sua empresa, é necessário entender o alcance dessa grande sacada. “É muito fácil ter boas ideias, o difícil é transformar essa iniciativa em um negócio lucrativo”, afirma Pimenta.

O professor considera que uma ideia só se transforma em um grande negócio quando o cliente também percebe o seu valor. “Com uma competição cada vez mais acirrada, o empreendedor precisa verificar a importância da sua startup para o consumidor.”

Construa um modelo de negócio sólido: O professor Marcelo Pimenta salienta: o empreendedor só conseguirá resultados quando a sua empresa contar com um modelo validado de negócio. Em outras palavras, é necessário observar, analisar e colocar a sua ideia à prova antes de lançá-la no mercado.

“A linha teórica da administração mudou ao longo dos últimos anos. Antes, você desenvolvia todo o produto até o final para causar uma surpresa no mercado. Hoje, quem faz isso, tem uma grande chance de errar”, afirma.

Segundo Pimenta, é necessário adotar a teoria do Mínimo Produto Viável. “Você tem uma ideia? Tente traduzi-la de uma maneira simples e a coloque no mercado para ser avaliada previamente”. Dessa maneira, essa avaliação fará toda a diferença na hora de construir um modelo sólido para a empresa.

Verifique se é necessário entrar em uma aceleradora: Apesar de ser um apoio para os jovens empreendedores, nem sempre as aceleradoras são o melhor caminho para uma startup iniciar sua trajetória no mercado. “A opção de entrar ou não em uma aceleradora irá depender da história do empreendedor”, afirma Pimenta.

Dessa maneira, o professor recomenda que jovens com talento e boas ideias, mas sem dinheiro e experiência, ingressem em uma aceleradora. “A instituição estará disposta a investir dinheiro na empresa, fornecer mentorias com especialistas e indicar investidores interessados na startup”, diz.

“Já um profissional com uma carreira consolidada em uma grande empresa, que conhece o mercado e tem vontade de empreender talvez não necessite colocar sua empresa em uma aceleradora”, considera. Para o professor, empreendedores com esse perfil já contam com experiência, capital e influência suficientes para solidificar uma startup.

Conheça as suas próprias características: Apesar de tentador, o mercado do empreendedorismo está reservado para pessoas que contam com características próprias a essa realidade. “É necessário ser alguém que está sujeito a riscos, além de ter capacidade de se levantar depois de ser derrotado. Empreender e fracassar também faz parte do aprendizado”, afirma Pimenta.

O professor considera que o empreendedor deve ter uma personalidade que equilibre duas questões contraditórias: a persistência e a desistência. “Tem horas que você precisa perseverar, você não pode desistir da sua ideia. Mas tem um momento que não adianta bater cabeça, é necessário discernir.”

Observe novas tendências: O professor da ESPM apresenta um número contundente: 90% dos aplicativos disponíveis na App Store dão prejuízo para os desenvolvedores. “Hoje é muito comum ver aplicativos de delivery de comida, por exemplo. Há dezenas de startups que já oferecem isso e ainda recebo em sala de aula pessoas querendo fazer produtos desse tipo. Mas simplesmente não há espaço para todos”, diz Pimenta.

Assim, é necessário verificar as tendências globais e buscar iniciativas consideradas inéditas. “Há algum espaço em meio de pagamentos móveis, gameficação, além de todas as possibilidades oferecidas pelas impressoras 3D, que irão mudar a maneira que observamos a indústria.”

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador