A grande queda na indústria paulista

O Sinalizador de Produção Industrial da Fundação Getúlio Vargas com Eletropaulo – que acabou de sair – indicou uma redução de 13,5% na produção física industrial do estado de São Paulo de dezembro, em relação a novembro – com ajuste sazonal.

Em relação a dezembro de 2007, a queda foi de 12,6% – contra 2,7% de queda registrada em novembro.
No acumulado de 12 meses a produção continua positiva, mas o crescimento caiu de 7% em novembro para 5,4% em dezembro.

Luis Nassif

9 Comentários

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  1. NÃo se sabe quanto, mas o
    NÃo se sabe quanto, mas o BRASIL sentirá menos

    Um dos fatores, pouco lembrado, é que graças ao PAC e ao governo LULA o país já vem com o Estado tendo seus motores aquecidos …o que pro resto do mundo, o Estado liberal parte dum estado esquelético e moribundo (sem ação nem regulação)

    ..mas nem por isso tudo o que se fez aqui foi o certo …muito menos o necessário

    O governo errou ao tentar incentivar o crédito pra veículos sem ter a contra-partida do emprego, por exemplo

    Faltaram cortes de impostos localizados, uma política mais agressiva de substituição a importações de BAGULHOS

    Faltou uma ação preventiva que desonerasse os custos trabalhistas para MANUTENÇÃO DO EMPREGO (e não de demissão como querem muitos empresários)

    e principlamente …principalmente, faltou oferecer um plano que fosse capaz de atrair pra si MILHÕES de emprego e atividade

    …um plano que não significasse entupir nossas ruas e/ou encher nossos aterros sanitários …faltou por exemplo dispararem um projeto que o país espera a tempos …um projeto de DESFAVALENAMENTO

    Projeto capaz de modificar a cara e a qualidade de vida as cidades, recriar as sociedades, desenvolver o senso perdido de cidadania ..e de quebra puxar toda a BOA economia (ocupando até os 50% de MO “desqualificada” que ainda temos)

    e claro, sem esquecer do pricipal, FALTOU mexer no juros e no BC, mexer desde o BASICO ANIMAL, fonte do eterno e mais alto desperdício público …indo até os juros secundários, cobrados por bancos agiotas de eternos endividados

    enfim …faltou aproveitar esta onda de FAVORES e intervenções de famiglia pra regular o CRÉDITO (incluindo regras e prazos) e de quebra oferecer outras ferramentas pra se conduzir melhor a economia

  2. Esse negócio de sentir menos
    Esse negócio de sentir menos ou não a drise econômica mundial era antes da brutal queda de confiança dos consumidoress no Brasil, isso aí mudou tudo.

    Graças as ações da Fazenda que diminui o IPI e o IOF, e acionou os Banco Púbicos para conceder mais crédito, caso contrário a situação seria muito pior, o que demonstra o forte aperto monetário na economia, com o qual o COPOM não está sabendo lidar.

    O COPOM está atuando com uma polítca monetária que já era equivocada, mas ainda se tinha a forte confiança dos consumidores, a pressão da demanda externa e interna, e agora não temos mais nada, nem demanda nem confiança dos consumidores. E os juros mais altos do Planeta.

    O que precisamos fazer é ajustar a polítca monetária para está nova realidade.

  3. Nassif,

    no Bom Dia Brasil de
    Nassif,

    no Bom Dia Brasil de hoje (13/01) a Miriam Leitão comentou sobre a queda na produção industrial que se originou da crise internacional e seu resultado em termos de queda do emprego. Renata Vasconcelos disse (para permitir a continuação do comentário da Miriam) que há negociações em uma montadora para a redução da carga horária com redução também nos salários e que haviam medidas medidas protecionistas em alguns países. O “tom” da abordagem foi o seguinte: “Alguns setores pensam que é preciso medidas protecionistas. Mas isso acaba reduzindo o comércio internacional e ferindo mais as economias” (do G1). Isto é, menos comércio internacional, menos exportações, menos renda. De outra forma: menos demanda mundial, menos renda. Esta é a lógica da economia internacional, uma lógica macro.
    Infelizmente, tal lógica não foi usada, como deveria, para abordar o caso do Brasil. Deu-se por compreensível e aceitável (e, até, recomendável, pelo que entendi) que houvesse redução de carga horária com redução de salários. Assim, foi usada a lógica microeconômica, compreendida e justificada pela reducação de custos.
    Ora, salários não são somente custo, mas são também demanda. Assim, redução de carga horária, acompanhada de redução de salários, resulta em menos demanda e, portanto, menos renda, o que agravaria a crise. Não entendo como se transita de uma lógica para outra com a maior naturalidade, sem perceber as contradições. E isso feito por formadores de opinião.

  4. Prezado Nassif:

    O BC não
    Prezado Nassif:

    O BC não ‘dizia’ que os juros altos eram por conta do esgotamento da capacidade produtiva e que por isso um acréscimo no consumo geraria inflação por não haver como atender a demanda, ‘overchutando’ a taxa de juros para conter a ambos?
    Se é assim, como vai explicar a manutenção da taxa na próxima reunião do Copom, com absolutamente todos os indicadores revelando que a política de juros praticada apenas serviu apenas para ‘overchutar’ a crise?
    Se há um responsável pelo crescimento do problema, seja no câmbio, balança comercial ou em uma retração do consumo é o BC.

  5. Falta política industrial
    Falta política industrial para o pais.

    Nem mais, nem menos.

    Há mais de trinta anos que a industria paulista só anda para trás.

    Não tem saída, é fraude e corrupção por todos os lados.

    Vai precisar ousadia, capacidade de pensar e agir diferente e velocidade para não acabar com o Estado.

    Do Serra nem comento, mas o LULA pode tentar uma saída de exceção, perdido por perdido, perdido e meio.l

  6. Meu caro Romanelli,toda esta
    Meu caro Romanelli,toda esta celeuma criada pela imprensa a respeito das “demissões em massa”que estariam começando nas montadoras,foi criada pelo corte destes 644 (num universo de 7500 postos fixos daquela montadora)postos de trabalho,que foram contratados por um período de apenas 12 meses(que se encerrariam em maio próximo)e que foram dispensados antes do término dos seus contratos,porem recebendo os salários diretos e indiretos,dos meses ainda nem trabalhados. Repito: Eram trabalhadores contratados por um período apenas,e não efetivos,e isto não é motivo para tanta pantomina.
    Só pra lembrar aos desavisados: Em dezembro,contrariando a todas as espectativas,houve um abrupto crescimento de emplacamento de veículos,superando os meses anteriores,e mostrando que apesar dos estoques altos,nos pátios das montadoras(daí o atual desaquecimento desta indústria)nada indica que o setor desacelerará.

  7. Para André Brum

    André, na
    Para André Brum

    André, na Folha de S. Paulo de 10/01 (1o. Caderno, pág. 3), tem um artigo interessante do Dr. José Francisco Siqueira Neto sobre essa questão, vide “Poposta inócua e inconsistente” a respeito da questão que muitos empresários e dirigentes de entidades de classe patronais estão propondo. Seguindo os passos do Secretário de “Emprego” do Estado de S. Paulo; Guilherme Afif Domigos.
    No artigo, o Dr. José Francisco desmascara a atuação dessas lideranças empresariais que movem campanha de incentivo à “utilização generalizada e descontextualizada da redução da jornada de trabalho com redução de salários”.
    Mais abaixo o autor continua: “Essa alternativa é assegurada pelo ordenamento jurídico nacional. É só comprovar a sua necessidade, convencer os sindicatos e não utilizá-la de forma dissimulada para perpetrar fraude trabalhista que a redução será considerada juridicamente perfeita”.
    Pelo que vemos, caro André, a tentativa de muitos empresários de transformar o extraordinário em permanente é comum em períodos de crise. É uma maneira malandra de se aproveitar do clima para faturar. Se o Estado aceita um négócio desse como regra, o empresariado vai estar em crise a todo momento….e quem paga????
    Até as empresas que recebem subsídios do governo estão demitindo..isso é pura chantagem!!!!
    Percebe a quem servem esses formadores de opinião?

    Um abraço

  8. Sérgio Notari,

    obrigado pelo
    Sérgio Notari,

    obrigado pelo comentário. Você tem razão sobre os beneficiados com determinadas opiniões massissamente publicadas. Isso é tão óbvio hoje que não cabe mais questionamentos. Basta acompanhar, sem surpresas.

    Forte abraço.

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