Anefac registra aumento de juros para operações de crédito em novembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As taxas de juros das operações de crédito voltaram a crescer em novembro, de acordo com dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Para pessoa física, a média geral da taxa de juros subiu 0,06 ponto percentual, passando de 6,08% ao mês, em outubro, para 6,14%, em novembro, a maior desde junho de 2012. Já para pessoa jurídica, a média registrou alta de 0,05 ponto percentual ao mês, subindo de 3,44%, em outubro, para 3,49%, em novembro, também a maior desde junho de 2012.

As seis linhas de crédito para pessoas físicas que foram pesquisadas apresentaram movimento de alta.  A média geral da taxa de juros para pessoa física apresentou elevação de 0,06 ponto percentual no mês (1,38 ponto percentual ao ano), que corresponde a elevação de 0,99% ao mês (1,34% em doze meses) passando de 6,08% ao mês (103,05% ao ano) em outubro/2014 para 6,14% ao mês (104,43% ao ano) em novembro de 2014, a maior taxa de juros desde junho de 2012.

Ao mesmo tempo, as três linhas de crédito para pessoa jurídica apresentaram movimento de alta.  A média geral da taxa de juros para pessoa jurídica apresentou elevação de 0,05 ponto percentual ao mês (0,87 ponto percentual em doze meses) correspondente a elevação de 1,45% no mês (1,74% em doze meses) passando de 3,44% ao mês (50,06% ao ano) em outubro/2014 para 3,49% ao mês (50,93% ao ano) em novembro/2014, a maior taxa de juros desde junho de 2012.

Considerando todas as elevações da taxa básica de juros (Selic), promovidas pelo Banco Central desde março de 2013, houve uma elevação da Selic de 4,00 pontos percentuais (elevação de 55,17%) de 7,25% ao ano em janeiro/2013 para 11,25% ao ano em novembro/2014. Neste período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 16,46 pontos percentuais (elevação de 18,71%) de 87,97% ao ano em março/2013 para 104,43% ao ano em novembro de 2014.

Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma elevação de 7,35 pontos percentuais (elevação de 16,87%) de 43,58% ao ano em março de 2013 para 50,96% ao ano em novembro de 2014.

De acordo com o coordenador da pesquisa e diretor executivo da entidade, Miguel Ribeiro de Oliveira, o aumento dos índices pode ser atribuído à alta da taxa básica de juros (Selic), promovida pelo Banco Central em 29/10/2014 e que, por ter ocorrido no fim do mês de outubro, ainda não havia impactado na pesquisa anterior, além das expectativas de novas elevações.

Outro fator que estimulou a elevação diz respeito ao atual cenário econômico, que aumenta o risco do crescimento nos índices de inadimplência como explica Ribeiro de Oliveira: “Esse cenário se baseia nos índices de inflação mais elevados e juros maiores, que reduzem a renda das famílias. Além disso, o baixo crescimento econômico, que contribui para o aumento dos índices de desemprego, e as expectativas negativas para 2015 levam as instituições financeiras a aumentarem suas taxas de juros para compensar prováveis perdas com a elevação da inadimplência”.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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