Apesar da pressão externa, Bovespa apresenta leve valorização

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A desaceleração no mercado internacional levou a bolsa brasileira a apresentar queda em boa parte do dia, mas o desempenho mais favorável de ações ligadas a setores de itens básicos fez com que o índice oficial terminasse a quarta-feira (7) em leve alta. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou o dia em alta de 0,05%, aos 47.446 pontos e com um volume negociado de R$ 6,018 bilhões. A perda acumulada no mês chega a 1,63%, e a desvalorização anual é de 22,16%.
 
O superintendente da Fator Corretora, Alfredo Sequeira, explica que o avanço apresentado pela bolsa teve como destaque as empresas ligadas a materiais básicos, como Vale, Gerdau e Usiminas. “Isso se deve à alta dos preços das commodities no mercado internacional, que tinham caído no dia anterior, e a Vale acabou subindo junto. As ações da Petrobras tentaram avançar devido ao aumento da produção das refinarias, mas existe um temor de que a empresa possa perder o grau de investimento devido a aportes no leilão de Libra, do pré-sal”.
 
Por outro lado, a realização de lucros acabou puxando para baixo tanto o pregão da Bolsa de Nova York como das bolsas na zona do euro. Sequeira ressalta que o índice S&P ainda acumula uma valorização anual de 19%. “Existe um receio quanto à queda dos incentivos fiscais. Se forem reduzidos em setembro, como se espera, a bolsa de Nova York cai, mas não fica tão ruim no exterior”.
 
No câmbio, a cotação do dólar voltou a subir ante o real no mercado à vista, apesar do viés de baixa registrado no exterior. Segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, a cotação da moeda norte-americana à vista subiu 0,48% ante o real no mercado de balcão, a R$ 2,310 – o maior valor para o fechamento no ano, e o mais elevado desde 31 de março de 2009. O Banco Central voltou a ficar de fora do pregão. Ainda de acordo com o Broadcast, o dólar permaneceu em alta durante a maior parte do dia, mas não apresentou grande pressão no balcão. Contudo, uma remessa de capital para o exterior, realizada por uma grande companhia, acabou impulsionando os preços.
 
Para esta quinta-feira (8), os agentes vão acompanhar a primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) e do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal), além dos dados de produção agrícola e da produção industrial regional. O balanço da Vale também deve causar algum impacto, uma vez que os dados só foram divulgados após o pregão de quarta-feira. “A expectativa é de que o resultado seja impactado negativamente pela queda das importações da China, mas favorecido pela alta do dólar”, diz Sequeira.
 
No exterior, o foco está concentrado no relatório mensal do Banco Central Europeu (BCE), nos pedidos de seguro-desemprego, na decisão da taxa básica de juros no Japão e nos índices de inflação da China.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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