Jornal GGN – A balança comercial brasileira apresentou um déficit de US$ 1,897 bilhão no mês de julho, revertendo o saldo favorável de US$ 2,866 bilhões contabilizado no mesmo período do ano passado, segundo informações divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A corrente de comércio vista no período alcançou US$ 43,511 bilhões, cifra considerada recorde para meses de julho. Sobre igual período do ano anterior, a expansão da corrente de comércio foi de 6,3%, pela média diária. Este é o pior resultado para meses de julho desde o início da série histórica do Banco Central, em 1959.
De acordo com informações do governo, a queda nas exportações e a alta nas importações de petróleo são o principal motivo dos resultados deficitários. O atraso na contabilização das importações de petróleo, em função de instrução normativa da Receita Federal que aumentou o período para registro da compra de produtos a granel, contribuiu para que aquisições de combustíveis feitas há meses pela Petrobras só estejam sendo contabilizadas agora. Isso contribuiu ainda mais para o maior peso das importações na balança.
O total de exportações registradas no mês chegou a US$ 20,807 bilhões. Sobre julho de 2012, as exportações registraram retração de 5,2%, e de 14,4% em relação a junho de 2013, pela média diária.
No mês, as exportações de produtos por fator agregado alcançaram US$ 9,984 bilhões entre os itens básicos, seguido pelos manufaturados (US$ 7,930 bilhões) e semimanufaturados (US$ 2,402 bilhões). Sobre o ano anterior, houve redução no volume de vendas dos itens semimanufaturados (-24,5%) e básicos (-4,4%), enquanto cresceram as vendas de manufaturados (+0,6%).
As importações totalizaram o valor de US$ 22,704 bilhões e média diária atingiu nível recorde para meses de julho, atingindo US$ 987,1 milhões. Sobre igual período anterior, as importações registraram crescimento de 19,7%, e de 4,8% sobre junho de 2013, pela média diária. No mês, cresceram as importações de combustíveis e lubrificantes (+67,5%), bens de capital (+12%), bens de consumo (+11,0%) e matérias-primas e intermediários (+10,4%).
O saldo comercial acumulou déficit de US$ 4,989 bilhões no ano, revertendo o superávit do mesmo período de 2012, quando chegou a US$ 9,927 bilhões, e atingindo seu pior resultado desde 1995. A corrente de comércio alcançou US$ 275,449 bilhões, representando aumento de 4,1% sobre o mesmo período anterior, quando totalizou US$ 266,507 bilhões, pela média diária.
No acumulado do ano, as exportações apresentaram valor de US$ 135,230 bilhões. Sobre igual período de 2012, as exportações registraram retração de 1,5%, pela média diária. Os itens que registraram retração em relação a igual período de 2012 foram os semimanufaturados (-6,0%, para US$ 17,063 bilhões) e básicos (-1,6%, para US$ 64,358 bilhões). Por outro lado, as vendas de manufaturados cresceram 0,4%, para US$ 50,688 bilhões.
As importações somaram US$ 140,219 bilhões, com aumento de 10% sobre o mesmo período anterior, pela média diária.Quando comparado com igual período anterior, houve crescimento de combustíveis e lubrificantes (+19,9%), bens de capital (+8,9%), matérias-primas e intermediários (+8,8%) e bens de consumo (+5,2%).
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