Banco Mundial descreve três cenários sobre preço do petróleo sem cessar-fogo na Faixa de Gaza

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.
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A escalada do conflito no Oriente Médio já se reflete nos preços globais do petróleo, informa o Banco Mundial, que aumentaram cerca de 6%

A escalada do conflito no Oriente Médio já se reflete nos preços globais do petróleo, informa o Banco Mundial, que aumentaram cerca de 6% desde o início do contra-ataque de Israel ao ataque do Hamas. Caso um cessar-fogo não seja levado a sério por Israel, alguns cenários são levados em consideração pela instituição.  

Levando em conta a experiência histórica mundial desde a década de 1970, o Banco Mundial descreve três cenários de risco que poderão acontecer no caso da ofensiva israelense ser capaz de interromper ou dificultar o fornecimento de petróleo pelo mundo.

No caso de uma pequena interrupção, a oferta mundial de petróleo diminui entre 500 mil e 2 milhões de barris por dia, semelhante à causada pela guerra civil na Líbia em 2011. 

Segundo o banco, nestas circunstâncias o preço do petróleo aumentaria entre 3% e 13% em relação à média do trimestre em curso, o que significa um aumento de 93 para 102 dólares por barril.

No caso de uma interrupção média, o Banco Mundial projeta que a oferta global de petróleo diminuiria entre 3 milhões e 5 milhões de barris por dia, aproximadamente o equivalente aos observados durante a Guerra do Iraque em 2003. 

Isso aumentaria os preços do petróleo entre 21% e 35%, por volta de 121 dólares por barril.

Para um cenário de grande perturbação, o Banco Mundial compara ao embargo petrolífero árabe em 1973 e reduziria o fornecimento global de petróleo para entre 6 e 8 milhões de barris por dia. Tal situação aumentaria os preços entre 56% e 75%, ou de 140 para 157 dólares por barril.

Aumento da insegurança alimentar

De acordo com o economista-chefe adjunto do Banco Mundial e diretor do Grupo de Perspectiva, Ayhan Kose, “os preços mais elevados do petróleo, se sustentados, significará inevitavelmente preços mais elevados dos alimentos”.

“No final de 2022, mais de 700 milhões de pessoas (quase um décimo da população mundial) estavam subnutridas”, disse o comunicado do Banco Mundial. Uma escalada regional do conflito tem potencial de intensificar a insegurança alimentar em todo o mundo.

Com informações da Agência RT

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Renato Santana

Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

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