Confiança do setor de construção recua em fevereiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Piora da situação atual levou à queda recorde do indicador no mês

Jornal GGN – O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 0,9 ponto em fevereiro, atingindo 66,6 pontos, o menor nível da série histórica, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Depois de subir em novembro passado (0,9 ponto), esta foi a terceira queda consecutiva, sucedendo  as variações de -0,3 ponto, em dezembro de 2015, e de -1,9 ponto, em janeiro.

A queda do índice decorreu de piora da percepção das empresas sobre o momento atual: o Índice da Situação Atual (ISA-CST) recuou 1,9 pontos, alcançando 63,6 pontos. Dentre os quesitos que integram este indicador-sintese da pesquisa, a maior contribuição para a queda veio do indicador de satisfação com a situação atual dos negócios, que caiu 3,1 pontos em relação ao mês anterior, atingindo 64,5 pontos.

O Índice de Expectativas (IE-CST) teve variação de -0,1 ponto, com um total de 70,1 pontos. O indicador responsável pela apuração da perspectiva de demanda pelos serviços da empresa para os próximos três meses foi o que apresentou maior contribuição para a redução do IE-CST no mês, com queda de 0,4 ponto, em relação a janeiro.

Na análise das principais dificuldades sinalizadas pelas empresas do setor nos últimos 12 meses, o item Demanda Insuficiente persiste como principal “fator limitativo”, tendo registrado aumento de frequência de citações de 11,2 pontos percentuais (p.p.) entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2016. O item Outros, que era o sétimo fator impeditivo de expansão, cresceu 11,6 p.p. ao longo dos 12 meses. Entre os itens classificados como Outros, o destaque tem sido a citação à Incerteza no Cenário Macroeconômico. O item Competição no Próprio Setor continua sendo um dos principais problemas para as empresas.

Em contrapartida, a opção Escassez de Mão de Obra Qualificada, que era o terceiro maior fator impeditivo em fevereiro de 2015, com 22,8% das assinalações, atualmente está entre os de menor importância (opção sinalizada por 8,7% das empresas).

“Ao mostrar nova piora e recorde negativo do indicador de confiança, a Sondagem da Construção de fevereiro sinaliza a continuidade do movimento de encolhimento do setor para os próximos meses. Ou seja, não se vislumbra ainda uma acomodação da atividade, mesmo que em patamar baixo. Muitos fatores estão contribuindo para este cenário, mas vale destacar que as incertezas no campo macroeconômico têm se mostrado como um dos principais “gargalos” à melhoria dos negócios” observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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