A queda do desemprego nos EUA

Do A Crítica

Taxa de desemprego cai para o menor patamar em 2 anos nos EUA

O Departamento de Trabalho mostrou que o setor público continuou a cortar vagas, enquanto o governo luta para reduzir gastos em meio à redução da arrecadação. O setor público cortou 14.000 vagas. 

01 de Abril de 2011

FRANCE PRESSE 

WASHINGTON, 1 Abr 2011 (AFP) -A taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu para o patamar mais baixo em dois anos, a 8,8% em março, com o setor privado liderando a criação de vagas, informou o Departamento de Trabalho nesta sexta-feira, apontando a recuperação no mercado de trabalho.

Esta foi taxa de desemprego mais baixa desde março de 2009, graças à força da criação de vagas do setor privado, indicou ainda o departamento.

O presidente Barack Obama comemorou a notícia e destacou que a economia americana está “mostrando sinais de real fortaleza”.

Atax”A taxa de desemprego teve a maior queda nos últimos quatro meses, a última vez que isso aconteceu foi durante a recuperação em 1984″, acrescentou.

“Apesar das boas notícias, todo mundo sabe que ainda há muito trabalho a fazer. Ainda existem milhões de americanos procurando emprego que paguem suas contas”, afirmou ainda.

“De forma geral, é enormemente encorajador, e mais notícias virão enquanto a recuperação das pequenas empresas ganha velocidade”, afirma Ian Shepherdson, economista-chefe para os EUA da High Frequency Economics.

A quarta queda mensal seguida na taxa de desemprego surpreendeu a maioria dos analistas que previam que ela se manteria estável em 8,9% em fevereiro.

A Casa Branca informou que a tendência de melhora no mercado de trabalho era “encorajadora” e era fruto dos esforços do presidente Barack Obama para impulsionar as vagas de trabalho enquanto a economia recupera-se da pior repressão em décadas.

“Nós vemos sinais de que as iniciativas colocadas em andamento por esta administração – tais como cortes nos impostos da folha de pagamento e incentivos para investimentos das empresas – estão criando as condições para um crescimento sustentado e criação de emprego”, afirmou Austan Goolsbee, presidente do conselho para assuntos econômicos da Casa Branca.

“Os últimos dois meses de criação de empregos no setor privado foram os mais fortes em cinco anos”, disse, acrescentando que, “enquanto milhões de pessoas procuram emprego, ainda há considerável trabalho a ser feito para substituir as vagas perdidas na recessão”.

A economia criou 216.000 empregos no mês passado, informou o Departamento de Trabalho, um aumento de 11% em relação a fevereiro.

O setor privado acrescentou vagas pelo 13º mês seguido, criando 230.000 postos em março, depois de 240.000 vagas em fevereiro, um sinal positivo frente aos estímulos do governo.

O setor de serviços, que representa dois terços da maior economia mundial, contribuiu com 199.000 vagas.

O Departamento do Trabalho enfatizou ganhos em setores como saúde, lazer e mineração.

A manufatura, chave para recuperação, continuou criando vagas, mas em um ritmo menor, em março – 17.000 – sob a pressão do corte de 1.000 vagas no combalido setor de construção civil.

O índice de manufatura ISM, publicado nesta sexta-feira, mostrou que o setor continuou robusto em março depois de ter atingido um pico de sete anos em fevereiro.

O Departamento de Trabalho mostrou que o setor público continuou a cortar vagas, enquanto o governo luta para reduzir gastos em meio à redução da arrecadação. O setor público cortou 14.000 vagas. 

Luis Nassif

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