Dívida mobiliária federal representa 40,3% do PIB

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A dívida mobiliária federal interna, fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$ 1,990 trilhão (equivalente a 40,3% do PIB – Produto Interno Bruto) em março, o que representa um acréscimo de R$ 15,3 bilhões em relação ao mês anterior.

De acordo com levantamento divulgado pela autoridade monetária, o resultado refletiu resgates líquidos de R$ 3,2 bilhões, um decréscimo de R$ 300 milhões em razão da apreciação cambial, e incorporação de juros no valor de R$ 18,8 bilhões.

Os destaques ficam com os resgates líquidos de R$ 42,4 bilhões em LFT (Letras Financeiras do Tesouro); e as emissões líquidas de R$ 28 bilhões em LTN (Letras do Tesouro Nacional), de R$ 8 bilhões em NTN-F (Notas do Tesouro Nacional – Série F) e de R$ 3,6 bilhões em NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B).

Na comparação com fevereiro, a participação por indexador mostra que a porcentagem dos títulos indexados a câmbio permaneceu em 0,4%; a dos títulos vinculados à taxa Selic reduziu-se de 16% para 14,4% pelos resgates de LFT; a dos títulos prefixados elevou-se de 30,5% para 31,9%, pelas emissões líquidas de LTN e NTN-F; e a dos títulos indexados aos índices de preços evoluiu de 28,5% para 28,8% pelas emissões líquidas de NTN-B. A participação das operações compromissadas manteve-se em 24,1%, apresentando compras líquidas de R$1,3 bilhão.

Em março, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado tinha R$ 295,7 bilhões (14,9% do total) com vencimento em 2014; R$ 361,2 bilhões (18,1% do total) com vencimento em 2015; e R$ 1,333 trilhão (67% do total) vencendo a partir de janeiro de 2016.

A exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$ 197,6 bilhões, e o resultado dessas operações (diferença entre a rentabilidade do DI e a variação cambial mais cupom) foi favorável ao Banco Central em R$ 6,2 bilhões.

Já a dívida líquida do setor público alcançou R$ 1,686 trilhão em março (34,2% do PIB), elevando-se 0,5 ponto percentual (p.p.) do PIB em relação ao mês anterior. De acordo com o BC, o avanço foi favorecido pela valorização cambial de 3% no mês, com impacto equivalente a 0,5 p.p. do PIB

No ano, a relação dívida líquida do setor público com o PIB (DLSP/PIB) elevou-se 0,6 p.p. O superávit primário e o crescimento do PIB nominal contribuíram para reduzir a relação com 0,5 p.p. e 0,7 p.p. do PIB, respectivamente. Em sentido contrário, os juros nominais apropriados e a valorização cambial de 3,4% no ano contribuíram para elevar a relação, na ordem, em 1,2 p.p. e 0,5 p.p. do PIB.

A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$ 2,836 trilhões em março, o que representa 57,5% do PIB, reduzindo-se 0,1 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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