Jornal GGN – Após dois meses consecutivos de crescimento, a indústria reduziu seu faturamento em 0,5% durante o mês de maio em relação ao mês de abril, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sem influência sazonal.
No mesmo período, as horas trabalhadas na produção recuaram 3,6%, o emprego teve queda de 0,2% e o nível de utilização da capacidade instalada caiu 0,7 ponto percentual e ficou em 82,2%.
“A recuperação que se apresentava forte nos indicadores de abril, frente ao mesmo mês do ano anterior, perdeu a intensidade em maio”, observa a CNI. Poucos setores tiveram desempenho positivo em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. O faturamento cresceu em 13 dos 21 setores pesquisados. As horas trabalhadas na produção aumentaram em nove setores, e o nível de utilização da capacidade instalada teve expansão em 12.
Mesmo com a retração da atividade, a massa real de salários aumentou 0,5% em maio frente a abril, na série com ajuste sazonal. “É o quarto crescimento seguido nessa base de comparação”, afirma a pesquisa. O rendimento médio real aumentou 0,1% em maio e ficou praticamente estável em relação a abril.
De acordo com a pesquisa, a indústria do vestuário foi a que teve um dos melhores desempenhos, ao apresentar um faturamento 5,6% maior e as horas trabalhadas na produção subindo 5,8% frente a maio de 2012. Na mesma base de comparação, a utilização da capacidade instalada teve alta de 2,1 pontos percentuais, a maior elevação entre os 21 setores pesquisados.
A maioria dos indicadores apurados no setor de impressão e reprodução recuou em maio em relação ao mesmo mês de 2012. O faturamento caiu 14,9%, as horas trabalhadas na produção recuaram 2,4%, e o emprego diminuiu 6,1%. Contudo, a pesquisa mostra que a massa salarial continua crescendo, o que pressiona os custos para o setor. Os salários na indústria de impressão e reprodução aumentaram 2,5% em maio frente a maio de 2012.
“Os dados mostram que há muita volatilidade nos indicadores da atividade industrial. A indústria vai crescer menos do que o esperado”, disse o economista da CNI Marcelo de Ávila, ressaltando que a entidade revisou para baixo as expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do país e da indústria. Conforme as novas previsões, o PIB brasileiro crescerá 2% e o PIB industrial terá expansão de 1% neste ano.
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