Inflação deve atingir meta em 2017, segundo Tombini

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reforçou hoje (15), durante audiência pública no Senado, que espera atingir o centro da meta de inflação em 2017.
 
Diferentemente do discurso feito no último dia 10, em que assegurava que o BC levaria a inflação o mais próximo possível do centro da meta (4,5%) em 2016, Tombini disse que a alta dos preços no próximo ano ficará dentro do limite (6,5%).
 
“O Banco Central adotará as medidas necessárias para assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas para a inflação em 2016, circunscrevendo a inflação aos limites de tolerância estabelecidos pelo CMN [Conselho Monetário Nacional], e fazer convergir a inflação para a meta de 4,5%, em 2017”, disse ele, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
 
A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, está em 10,61%. Para 2016, a estimativa para o IPCA é 6,80%, acima, portanto, do teto da meta.
 
O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic, elevou a taxa por sete vezes consecutivas. Nas reuniões do comitê em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano.

 
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
 
No discurso aos senadores, Tombini também rebateu avaliações de analistas de que o Brasil estaria vivendo situação de “dominância fiscal”, que é quando a ação do BC para controlar a inflação torna-se ineficaz diante das dificuldades fiscais do país. Tombini disse que uma versão dessa tese diz que a deterioração fiscal, causada pelo aumentos na taxa de juros, provocaria elevação nos prêmios de risco de investimentos e alta do dólar adicional, aumentando a inflação em vez de reduzir.
 
“Outra vertente considera que as decisões de política monetária [definição da taxa básica de juros, a Selic] do Banco Central estariam sendo afetadas por preocupações com os resultados fiscais”, acrescentou.
 
Para Tombini é importante deixar claro que o Brasil não está em situação de dominância fiscal: “De um lado, os desequilíbrios fiscais estão sendo corrigidos por um importante processo de consolidação fiscal. De outro lado, os mecanismos de transmissão da política monetária [alta dos juros] estão em pleno funcionamento, e o Banco Central continuará a guiar suas decisões de política monetária de acordo com os objetivos do sistema de metas para a inflação”, disse.
 
Para Tombini, os desequilíbrios atuais na área fiscal não são permanentes e não são vistos como tal. “As próprias previsões dos analistas econômicos são de elevação do superávit primário [economia para o pagamento de juros da dívida pública] e redução do déficit nominal [receitas menos despesas, incluídos gastos com juros] ao longo dos próximos anos, com relativa estabilidade da dívida líquida do setor público a partir de 2017”, enfatizou.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

11 Comentários

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  1. “A taxa é usada nas
    “A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.” Bom, de acordo com ele um país descreditado gastará menos, poupará mais e com isso aumentará o valor da moeda e a dmininuição do valor dos preços dos produtos com componentes importados? Caramba! Queria entender como um mercado interno descreditado com total falta da moeda, aumentará o valor da moeda? Se não tiver crédito para o povo, não haverá aumento da riqueza e muito menos da circulação da moeda. A tática utilizada é conter o gasto diminuir a liquidez da moeda e consequentemente do seu valor para mantê-la dentro de um banco? Aonde que isso cria riqueza para o país ou valorização da moeda? A inflação só poderá aumentar desta forma. Com uma moeda fraca, um mercado interno fraco e com reais dentro do banco para pagar uma dívida cada vez maior porque o banco central quer que paguemos mais para os bancos. Da onde tiraremos dinheiro? Estão destruindo o mercado interno para dar juros aos bancos com títulos do governo? Não entendo isso!  

  2. Já entendi a jogada destes
    Já entendi a jogada destes economistas safados, aproveitam da ignorância da população e dos políticos igualmente ignorantes com palavras difíceis sobre uma questão que é fácil. O Brasil é uma colônia financeira dos investidores estrangeiros. Dinheiro fácil, com juros altos e um mercado interno aos frangalhos; com pouca educação, indústria sucateada e com pouca circulação da moeda local em virtude do dólar! Aumentando a inflação, miséria, doenças e ignorância. Estamos sendo privados de tudo, mas a ignorância é muito grande para perceber.

  3. Nos EUA a mesma coisa, a taxa

    Nos EUA a mesma coisa, a taxa de juros estava a zero; mas com os excessivos gastos em defesa, em guerras, supostamente na Nasa com falsas missões. Utilizaram de trilhões do contribuinte americano para fazer uma campanha terrorista pelo mundo em busca de riqueza para um grupo egoísta engravatado. O sistema financeiro está pregando uma grande peça em todos nós.

  4. Se o BRasil não fizer como

    Se o BRasil não fizer como Rafael Correia fez no Equador e recuperar os títulos públicos emitidos propositadamente com juros alto pelo BC corrupto. O BRasil nunca atingirá meta fiscal nenhuma e viverá endividado cada vez mais; com menor liquidez da moeda nacional e maior inflação dos produtos com origem doleira. Ou seja, seremos o que já somos, um país falido. Estão sugando até a última gosta de sangue do brasileiro; que paga impostos e nunca vê o dinheiro revertido em benefícios mas em mais pagamento de juros da dívida feito por títulos com juros fraudulentos. E com isso mais inflação, dívida, saúde horrível, educação horripilante. Não sou de julgar pela cara mas este rapaz me parece que diz isto tudo para um bando de ignorantes e depois vai dar risada no escuro do tanto de dinheiro que receber com juros fraudulentos da dívida brasileira.

  5. curiosidade particular: com

    curiosidade particular: com uma economia aqui e outra ali,

    ou mais lá porque há que andar mais, 

    consigo gastar menos hoje em dia para sobreviver

    do que há um ou dois anos.

    ao invés do supermercado, compro no sacolão a 1,79 o quilo…

    em curitiba, não sei em outas cidades.

    noto tb que as pessoas comneçaram a buscar alernativas,

    antes nem imaginadas, para economizar….

    e de vez em quando aparece um tombini para dar alguma esperança, né….

     

  6. Eu acredito no Papa Noel, na Dilma, na Lula e no Tombini
    02/08/2011BC busca de meta de inflação em 2012, enfatiza Tombinihttp://g1.globo.com/economia/noticia/2011/08/bc-busca-de-meta-de-inflacao-em-2012-enfatiza-tombini.html 11/12/2012Tombini: inflação se deslocará para centro da meta ao longo de 2013http://www.administradores.com.br/noticias/economia-e-financas/tombini-inflacao-se-deslocara-para-centro-da-meta-ao-longo-de-2013/70698/ 03/10/2013Inflação brasileira está sob controle e vai recuar para o centro da meta, garante Tombinihttp://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2013/10/inflacao-brasileira-esta-sob-controle-e-vai-recuar-para-o-centro-da-meta-garante-tombini 19/12/2014Traremos inflação para centro da meta em 2016, diz Tombinihttp://exame.abril.com.br/economia/noticias/traremos-inflacao-para-centro-da-meta-em-2016-diz-tombini 15/12/2015Inflação deve atingir meta em 2017, segundo Tombinihttps://jornalggn.com.br/noticia/inflacao-deve-atingir-meta-em-2017-segundo-tombini Inflação anual (IPCA)2010 5,91%2011 6,50%2012 5,84%2013 5,91%2014 6,41%2015 9,62% até o mês de novembro Meta de inflação: 4,5% 

    1. Essa roubalheira com a alta

      Essa roubalheira com a alta da taxa de juros de títulos públicos para banqueiro estrangeiro lucrar começou antes do governo FHC. JK começou a emitir os primeiros títulos do governo, contra a própria constituição que proíbe criar uma dívida para pagar outra. Mas como JK não conseguia dinheiro do FMI para criar BRasília emitiu títulos do governo com uma boa taxa de juros para atrair dinheiro. E então no governo FHC está tática ganhou força com Armínio Fraga, que ajudou a aumentar a taxa lá encima para a terceira maior do mundo e agradar os banqueiros americanos amigo dele. Lula e Dilma, só seguiram erroneamente esta política com conselho do Banco Central corrupto já contaminado na época Arminio Fraga. O que vemos hoje nada mais é do que tática de investidores estrangeiros para lucrar com  dívida do país cada vez maior e impagável. Nos EUA tentarão retomar isso com o aumento da taxa de juros acima de zero… Aqui no Brasil que ainda é um país colônia e com baixa liquidez de moeda local, demorará um pouco para perceberem. Não será como o Equador que é um país pequeno e mais fácil de combater os sugadores de dinheiro público. A Dilma tentou mecher assim como Lula nestes juros do BC pelo que me consta, mas ai começou a serem atacados. Infelizmente o Brasil é uma terra de nimguém e fazem o que bem entendem com o dinheiro de nossos impostos.

  7. Eu acredito no Papa Noel, na Dilma, na Lula e no Tombini

    02/08/2011
    BC busca de meta de inflação em 2012, enfatiza Tombini
    http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/08/bc-busca-de-meta-de-inflacao-em-2012-enfatiza-tombini.html

    11/12/2012
    Tombini: inflação se deslocará para centro da meta ao longo de 2013
    http://www.administradores.com.br/noticias/economia-e-financas/tombini-inflacao-se-deslocara-para-centro-da-meta-ao-longo-de-2013/70698/

    03/10/2013
    Inflação brasileira está sob controle e vai recuar para o centro da meta, garante Tombini
    http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2013/10/inflacao-brasileira-esta-sob-controle-e-vai-recuar-para-o-centro-da-meta-garante-tombini

    19/12/2014
    Traremos inflação para centro da meta em 2016, diz Tombini
    http://exame.abril.com.br/economia/noticias/traremos-inflacao-para-centro-da-meta-em-2016-diz-tombini

    15/12/2015
    Inflação deve atingir meta em 2017, segundo Tombini
    https://jornalggn.com.br/noticia/inflacao-deve-atingir-meta-em-2017-segundo-tombini

    Inflação anual (IPCA)
    2010 5,91%
    2011 6,50%
    2012 5,84%
    2013 5,91%
    2014 6,41%
    2015 9,62% até o mês de novembro

    Meta de inflação: 4,5%

  8. SONHA……..SONHA TOMBINI

    Tombini, assim como Mantega sonhava com o aumentos do PIB em 2014, é necessário analisar a realidade:
    Existe uma inflação residual , alinhamentos de preços, que vai contribuir para fecharmos o ano de 2016 com uma inflação em torno de 8 a 9%, veja no governo da DILMA nunca a inflação esteve dentro da META ESTABELECIDA, SEMPRE ACIMA.DO LIMITE MÁXIMO. Acorde Tombini!!!

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