IPCA fecha fevereiro em alta de 0,84%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Impacto sazonal do grupo Educação influencia resultado mensal; inflação acumulada nos últimos 12 meses segue em queda

Foto: Unseen Studio via Unsplash

O reajuste de preços no grupo Educação levou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) a subir em fevereiro e chegar a 0,84%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No ano, a inflação oficial acumula 1,37% de alta, mas é possível verificar uma trajetória de queda dos preços tanto no comparativo com fevereiro de 2022, quando a variação foi de 1,01%, como nos últimos 12 meses: neste caso, o total acumulado chegou a 5,60%, abaixo dos 5,77% vistos nos 12 meses imediatamente anteriores.

Como acontece no começo de cada ano letivo, o destaque da inflação mensal foi o grupo Educação, seja com o maior impacto na composição geral (0,35 ponto percentual) como com a maior variação (6,28%, a mais elevada desde fevereiro de 2004, quando o índice foi de 6,70%).

Os reajustes vistos nos cursos regulares chegaram a 7,58%, puxados pelas altas de ensino médio (10,28%), ensino fundamental (10,06%), pré-escola (9,58%) e creche (7,20%).

O subitem ensino fundamental foi o maior impacto individual no índice do mês, com 0,15 ponto percentual. Outros reajustes que afetaram o índice foram do ensino superior (5,22%), dos cursos técnicos (4,11%) e de pós-graduação (3,44%).

Outro grupo com reajuste expressivo no mês foi Saúde e Cuidados Pessoais, que avançou 1,26% após a queda de 5,86% registrada em janeiro. Itens como perfumes (7,50%) e produtos para pele (4,54%) afetaram o índice geral, assim como plano de saúde (1,20%), que segue incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos referentes ao ciclo de 2022-2023.

No grupo Habitação, o avanço de 0,82% foi influenciado pelo aumento de 1,37% do item energia elétrica residencial, por conta da volta das tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) para a base de cálculo do ICMS de diversas capitais.

Habitação e Alimentação perdem força

Por outro lado, Transportes (0,37%) e Alimentação e bebidas (0,16%) tiveram variações inferiores às do mês anterior.

Em Transportes (0,37%), a maior contribuição veio da gasolina (1,16%), que foi o único combustível com alta em fevereiro. Etanol (-1,03%), gás veicular (-2,41%) e óleo diesel (-3,25%) tiveram quedas superiores a 1%, enquanto os preços das passagens aéreas recuaram 9,38%.

O resultado do grupo Alimentação e bebidas, por sua vez, sofreu influência da desaceleração da alimentação no domicílio, que passou de 0,60% em janeiro para 0,04% em fevereiro.

Houve queda mais intensa nos preços das carnes (-1,22%) e foram registrados recuos nos preços da batata-inglesa (-11,57%) e do tomate (-9,81%), que haviam tido altas no mês anterior (14,14% e 3,89%, respectivamente).

No sentido oposto, o destaque foi o aumento de 4,62% para os preços do leite longa vida após seis meses de queda.

Em relação aos índices regionais, todas as áreas tiveram alta em fevereiro. A maior variação foi em Curitiba (1,09%), e a menor variação foi registrada em Rio Branco (0,44%).

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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