IPCA tem maior fechamento mensal desde fevereiro de 2003

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerrou o mês de janeiro em alta de 1,24%, ficando 0,46 ponto percentual acima do apurado em dezembro (0,78%) e superando o total de 0,55% registrado em janeiro de 2014, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado foi o mais elevado desde fevereiro de 2003, quando o índice oficial de inflação atingiu 1,57%. Já o índice acumulado nos últimos doze meses chegou a 7,14%, o mais alto desde setembro de 2011 (7,31%) e muito acima da meta de 6,50% estabelecida pelo governo.

As despesas habitação, alimentação e transporte foram os maiores responsáveis pela alta dos preços. Nos alimentos, foram vários os produtos que apresentaram aumentos expressivos, sobressaindo-se a batata-inglesa (38,09%), o feijão-carioca (17,95%) e o tomate (12,35%). Com isso, o grupo Alimentação e Bebidas encerrou o período em alta de 1,48%, ante 1,08% em dezembro.

O maior resultado ficou com Habitação, que saltou de 0,51% em dezembro para 2,42% em janeiro. O destaque ficou com a energia elétrica, cuja alta de 8,27% gerou impacto de 0,24 ponto percentual (p.p), o mais elevado no mês. Com exceção da região metropolitana de Salvador, que ficou em 0,76% em razão de redução de impostos, as demais tiveram aumentos significativos nas contas: Porto Alegre (11,66%), São Paulo (11,46%), Goiânia (9,37%), Belo Horizonte (8,25%), Belém (8,02%), Curitiba (7,95%), Brasília (7,94%), Campo Grande (7,84%), Vitória (7,63%), Rio de Janeiro (5,98%), Recife (4,67%), Fortaleza (2,03%), Salvador (0,76%).

Além disso, foi registrado em Porto Alegre (11,66%) parte do reajuste de 22,41%, vigente desde 08 de dezembro nas tarifas de uma das concessionárias, enquanto em São Paulo (11,46%), o reajuste nas tarifas de uma das concessionárias foi de 3,77% a partir de 08 de janeiro. Além disso, e de movimentos no valor dos impostos, em janeiro foi apropriado o efeito do Sistema de Bandeiras Tarifárias, modelo de cobrança do gasto com usinas térmicas, que passou a vigorar a partir de 1º de janeiro.

Ainda em Habitação, outros gastos se tornaram mais elevados de dezembro para janeiro, como taxa de água e esgoto (1,42%), aluguel residencial (1,22%), mão de obra pequenos reparos (0,95%) e condomínio (0,81%). Na taxa de água e esgoto (1,42%), houve aumento somente em Campo Grande (11,19%), onde o reajuste de 12,26% ocorreu a partir do dia 03 de janeiro, e São Paulo (5,83%), com reajuste de 6,47% desde 27 de dezembro.

No grupo Transportes (de 1,38% para 1,83%), destaca-se a elevação nos gastos com transporte público: ônibus urbano (8,02%), ônibus intermunicipal (6,59%), ônibus interestadual (1,21%), metrô (9,23%), táxi (2,63%), trem (8,95%). Os preços de outros itens de consumo subiram de um mês para o outro, com destaque para o automóvel novo (1,03%) e usado (1,38%), conserto de automóvel (1,97%) e etanol (1,47%).

Já o item cigarro (6,89%), exerceu pressão no grupo das Despesas Pessoais (de 0,70% para 1,68%), junto com empregado doméstico (1,50%) e excursão (5,62%). A alta do cigarro foi em decorrência de reajustes em torno de 8% ocorridos em 31 de dezembro e 12 de janeiro.

O maior índice regional ficou com a região metropolitana do Rio de Janeiro (1,71%), pressionado pelos ônibus urbano (11,67%) com reajuste de 13,34% em 03 de janeiro e intermunicipal (9,76%) com reajuste de 12,46% em 10 de janeiro. O item energia elétrica (5,98%) também exerceu pressão no índice da região. Os três itens somaram 0,83 ponto percentual de impacto e foram responsáveis por 49% da taxa da região. A região metropolitana de Recife (0,57%) apresentou o índice mais baixo do mês, destacando-se os alimentos, que ficaram em 0,79%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador