Jornal GGN – O saldo das operações de crédito do sistema financeiro nacional chegou a R$ 3,143 trilhões em abril, o que corresponde a uma redução de 0,6% no mês e um avanço de 2,7% nos últimos doze meses (ante variações respectivas de -0,7% e +3,3% em março), segundo levantamento elaborado pelo Banco Central.
A desaceleração registrada no período se deve a fatores como a queda do nível de atividade econômica, alta dos juros e o menor patamar de confiança dos empresários e consumidores, que acaba por afetar a oferta e a demanda do crédito. O recuo mensal refletiu o declínio de 1% no crédito a pessoas jurídicas, que registrou um saldo de R$ 1,623 trilhão e a estabilidade na carteira de pessoas físicas, com um saldo de R$ 1.520 trilhão. A relação crédito/PIB situou-se em 52,5%, ante 53% em março de 2016 e em abril do ano passado.
O crédito com recursos livres (saldo de R$1,578 trilhão) recuou 0,9% no mês e cresceu 0,2% em doze meses. A carteira de pessoas jurídicas declinou 1,3% no mês (-1% em doze meses), para R$ 781 bilhões, com destaque para as reduções em repasses externos, influenciada pela apreciação cambial do período, e em empréstimos de capital de giro. O crédito às famílias retraiu 0,4% no mês, somando R$ 797 bilhões, com destaque para as contrações de 1,6% e de 1,4% nos saldos respectivos de aquisição de veículos e de cartão de crédito, e para o crescimento de 1,1% no crédito pessoal não consignado.
O crédito direcionado totalizou R$ 1,565 trilhão em abril, com declínio de 0,2% no mês e aumento de 5,3% em doze meses. O saldo das operações com pessoas jurídicas retraiu 0,8%, para um total de R$ 842 bilhões, refletindo o efeito da apreciação cambial nos financiamentos para investimentos do BNDES. O saldo referente a pessoas físicas aumentou 0,4%, somando R$723 bilhões, com relevância para o acréscimo de 1,2% no crédito rural.
Entre os setores de atividade econômica, as retrações mais significativas ocorreram em comércio (-1,8%, saldo de R$ 282 bilhões), indústria de transformação (-1,7%, para R$ 442 bilhões) e transporte (-1,5%, para R$ 159 bilhões). Por outro lado, destacou-se o crescimento dos saldos destinados a Serviços Industriais de Utilidade Pública (0,5%, R$ 203 bilhões).
Consideradas as operações acima de R$1 mil, os saldos de crédito recuaram 0,7% no Sudeste (R$ 1,689 trilhão), 0,4% no Centro-Oeste (R$ 327 bilhões) e 0,3% no Nordeste (R$ 401 bilhões), permanecendo estáveis na Região Norte, em R$ 117 bilhões.
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