Os preços ao produtor crescem mais do que ao consumidor, por Luis Nassif

Em 12 meses, todos os 23 setores registraram alta.

CASCAVEL/PR – 09 03 2018 -Produtores paranaenses começam a se beneficiar do aumento nos preços da soja e do milho nos mercados externo e interno. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, neste ano o preço da soja já subiu 11% e do milho, 8%.-. Foto Jonas Oliveira Foto: Jonas Oliveira

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) mede a alta dos insumos na indústria.

Uma das divisões do levantamento é entre 23 Setores de Atividade e 23 Setores Industriais.

No mês houve aumento em 14 atividades e queda em 9; E alta em 18 grupos industriais e queda em 5.

Em 12 meses, todos os 23 setores registraram alta.

Entre as maiores altas, lideram o Vestuário, Derivados de Petróleo, Gravações, Sabões e Detergentes e Máquinas.

As maiores quedas no mês foram Madeira, Metalurgia e Transporte.

Na análise em 12 meses, percebe-se que Vestuário r=teve alkta de 12,68% e Derivados de Petróleo lideraram as altas com 49,47%.

Quando se analisam o comportamento anual das maiores quedas do mês percebe-se que, em muitos casos de quedas, há meros ajustes de preços.

Por exemplo, Madeira caiu 2,73% no mês, mas registrou alta de 29,41% em 12 meses.

Outra subdivisão é por categorias.

São 6 categorias, da INdústria Geral, Bens de Capital, Bens Intermediários, Bens de Consumo, Bens de Consumo Duráveis e Bens de Consumo Semiduráveis.

Em 12 meses houve alta expressiva em todas as categorias, em níveis superiores aos índices ao consumidor, mostrando a dificuldade das empresas em repassar a alta de preços.

Luis Nassif

1 Comentário

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  1. Teria que avaliar também o aumento dos preços dos insumos na agricultura. O aumento dos preços de soja e milho em mais de 200% em 3 anos, esta arrebentando a cadeia de produção de suínos e de leite. Para piorar, a queda do poder aquisitivo esta freando o consumo, impedindo o repasse do aumento de custos ao preço final.
    A suinocultura independente, aquela não integrada aos grandes frigoríficos que atuam mais com exportação, já está quebrando, e pequenos integradores também já não suportam bancar os custos da alimentação dos animais.
    Na bovinocultura de leite, principalmente da agricultura familiar também se encontra em grande dificuldade, e ainda mais afetada pelas estiagens no sul do país. Este ano iniciou com intensa queda na captação pelos laticínios, o que parecia então apontar para uma recuperação dos preços.
    Mas, o Ministério da Economia já foi ágil: a Resolução GECEX nº 317 zerou a alíquota de importação de queijo mussarela de qualquer país, mesmo fora do MERCOSUL, sendo o queijo mussarela o principal derivado do leite para consumo no varejo.
    E assim o setor agropecuário mais ligado aos pequenos e médios agricultores, aos trancos e barrancos vai tentando sobreviver. Claro, não falamos do poderoso agronegócio, responsavel por quase 30% do PIB nacional: a exportação de soja, milho, açucar, cacau, carne bovina, carne de frango, carne suína, etc, vai muito bem, obrigado. Afinal, o Agro é Pop!

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