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Economia mundial não sai do lugar
A economia global apresenta-se como uma mistura de brotos verdes e ervas daninhas nesta quinta-feira, combinada com as observações do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de que a recessão aparentemente se abrandou, mas não em ritmo forte. “As informações recebidas desde que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) se reuniu em abril sugerem que o ritmo de contração econômica está abrandando“, disse o Fed, na sua declaração final da reunião de dois dias. A instituição manteve as taxas de juros próximas de zero, mas não aumentou o seu enorme programa de gastos federais e de dívida hipotecária, e advertiu que a economia permaneceria fraca por algum tempo.
China avança sobre América Latina
No escritório da operadora de telefones Movistar em Buenos Aires, os clientes fazem fila para comprar serviços de conexão sem fio de alta velocidade para acessar a web em seus telefones móveis. A maioria dos argentinos não percebe, porém, que a empresa que fornece o equipamento para as suas conexões de banda larga não é um fornecedor antigo da América Latina como Alcatel-Lucent, Ericsson ou Motorola, mas um recém-chegado chamado Huawei. Os fornecedores de telecomunicações da China estão vindo para as Américas. Seguindo a mesma fórmula que usaram para ganhar mercado em toda a Ásia e partes da África (vendendo aparelhos baratos em países de baixa renda), os fabricantes de equipamentos Zhong Xing (também conhecido como ZTE) e Huawei estão agora conquistando posições em países como Argentina, Chile e Colômbia. Leandro Musciano, diretor de projetos da Movistar Argentina, uma unidade da Telefónica de Espanha, diz: “o preço é importante”.
BC chinês opta por leve afrouxamento monetário
O banco central da China se comprometeu a manter o dinheiro fluindo no sistema financeiro, para apoiar a recuperação da terceira maior economia do mundo. A economia está em fase “crítica”, e o Banco Central vai manter uma política monetária “moderadamente frouxa”, reiterou o Banco Popular da China em declaração hoje no site, após reunião trimestral. O banco central desencadeou uma explosão de crédito ao espalhar quotas de empréstimos em novembro, para apoiar o plano de estímulo do governo de 4 trilhões de iuanes (US$ 585 bilhões). O nível recorde de empréstimos carrega a preocupação de que a recuperação pode vir às custas de bolhas de ativos, inadimplência para os bancos e inflação no longo prazo.
Desaceleração atinge Nike
As receitas da gigante de moda esportiva Nike caíram no ano passado, com a recessão cobrando o seu pedágio. O lucro líquido no acumulado do ano até 31 de maio caiu para US$ 1,49 bilhão, ante US$ 1,88 bilhão em relação ao mesmo período do ano anterior. Mas as vendas aumentaram 3% para US$ 19,2 bilhões nesse intervalo de tempo. A empresa está passando por uma dispendiosa reestruturação – reduzindo custos e 1.750 vagas, ou 5% da sua força de trabalho, na maior redução de emprego da sua história. As ações da Nike se desvalorizaram 5%, para US$ 50,49 após os resultados terem sido anunciados.
Encomendas industriais despencam na Eurozona
As novas encomendas industriais da Eurozona registraram sua queda anual mais acentuada em abril, em um sinal de que a recuperação da recessão na área da moeda única pode ser penosamente lenta, mostraram os dados oficiais da quinta-feira. As novas encomendas caíram 1% na comparação mensal, e 35,5% na anual, o mais íngreme declínio anual desde que os registros comparativos começaram em 1995, disse a agência de estatísticas da União Europeia.
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