Receita Federal registra R$ 186,5 bi em arrecadação no mês de fevereiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Considerado melhor resultado para o mês desde 1995, resultado foi impulsionado pelo crescimento de 11,27% na massa salarial

Prédio da Receita Federal. Foto: Pillar Pedreira/Agência Senado

A arrecadação federal de impostos alcançou R$ 186,5 bilhões no mês de fevereiro, o melhor desempenho para o mês em toda a série histórica iniciada em 1995, segundo dados da Receita Federal.

O valor representa crescimento nominal de 17,31% e um avanço real — já descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — de 12,27%, em relação ao mesmo mês de 2023, quando o montante de tributos atingiu a cifra de R$ 158,9 bilhões.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano, foram arrecadados R$ 467,1 bilhões, avanço de 13,7% (nominal) e 8,82% (real), ante janeiro e fevereiro do ano passado.

A arrecadação foi diretamente afetada pelo crescimento de 11,27% na massa salarial, refletindo em maiores rendimentos para a população, o que estimula o consumo e o investimento na economia e, consequentemente, um aumento na arrecadação de impostos.

Outros fatores macroeconômicos como venda de bens (+6,8%), venda de serviços (+4,5%) e produção industrial (+3,07%) também puxaram positivamente o desempenho.

Já a cobrança de Imposto de Renda sobre o rendimento de fundos exclusivos rendeu R$ 4 bilhões em arrecadação. Somando-se os meses de janeiro e fevereiro, o total arrecadado pelo Fisco alcançou R$ 8,1 bilhões.

Detalhamento

O detalhamento dos resultados das receitas administradas pela Receita Federal por categoria mostra um desempenho melhor de PIS/Pasep e Cofins, que somou R$39 bilhões, com crescimento real de 21,37%, puxado pela retomada da tributação sobre combustíveis.

Em relação a arrecadação dos rendimentos de capital, o montante ficou em R$ 11,1 bilhões, alta de 58% em relação a fevereiro do ano passado.

Por conta da melhora da massa salarial, a Receita Previdenciária alcançou R$ 50,3 bilhões, com aumento real de 4,74%.

Segundo a Receita, a arrecadação do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) cresceu 37,11%, chegando a R$ 3,7 bilhões, por conta dos efeitos da MP 1.202/2023, que limitou a anulação de créditos tributários decorrentes de decisões judiciais definitivas.

Também apresentaram números positivos na comparação anual os tributos referentes à importação (+12,8%), ao Imposto de Renda Retido na Fonte (+16%), e ao Imposto sobre Operações Financeiras (+5,95%). A única queda observada na comparação anual foi do IRPJ/CSLL, com recuo de 0,11%.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Eu desconfio que a baixa aprovação do governo Lula, pelo famigerado mercado, tem a ver com os resultados da arrecadação. Eles tem medo que o govêrno cumpra as metas estabelecidas e seus oráculos de mal agouro sejam desmascarados. Assim como para os EUA o da China é inaceitável, para eles, o governo Lula não pode dar certo.

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