A arrecadação federal de impostos alcançou R$ 186,5 bilhões no mês de fevereiro, o melhor desempenho para o mês em toda a série histórica iniciada em 1995, segundo dados da Receita Federal.
O valor representa crescimento nominal de 17,31% e um avanço real — já descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — de 12,27%, em relação ao mesmo mês de 2023, quando o montante de tributos atingiu a cifra de R$ 158,9 bilhões.
No acumulado dos dois primeiros meses do ano, foram arrecadados R$ 467,1 bilhões, avanço de 13,7% (nominal) e 8,82% (real), ante janeiro e fevereiro do ano passado.
A arrecadação foi diretamente afetada pelo crescimento de 11,27% na massa salarial, refletindo em maiores rendimentos para a população, o que estimula o consumo e o investimento na economia e, consequentemente, um aumento na arrecadação de impostos.
Outros fatores macroeconômicos como venda de bens (+6,8%), venda de serviços (+4,5%) e produção industrial (+3,07%) também puxaram positivamente o desempenho.
Já a cobrança de Imposto de Renda sobre o rendimento de fundos exclusivos rendeu R$ 4 bilhões em arrecadação. Somando-se os meses de janeiro e fevereiro, o total arrecadado pelo Fisco alcançou R$ 8,1 bilhões.
Detalhamento
O detalhamento dos resultados das receitas administradas pela Receita Federal por categoria mostra um desempenho melhor de PIS/Pasep e Cofins, que somou R$39 bilhões, com crescimento real de 21,37%, puxado pela retomada da tributação sobre combustíveis.
Em relação a arrecadação dos rendimentos de capital, o montante ficou em R$ 11,1 bilhões, alta de 58% em relação a fevereiro do ano passado.
Por conta da melhora da massa salarial, a Receita Previdenciária alcançou R$ 50,3 bilhões, com aumento real de 4,74%.
Segundo a Receita, a arrecadação do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) cresceu 37,11%, chegando a R$ 3,7 bilhões, por conta dos efeitos da MP 1.202/2023, que limitou a anulação de créditos tributários decorrentes de decisões judiciais definitivas.
Também apresentaram números positivos na comparação anual os tributos referentes à importação (+12,8%), ao Imposto de Renda Retido na Fonte (+16%), e ao Imposto sobre Operações Financeiras (+5,95%). A única queda observada na comparação anual foi do IRPJ/CSLL, com recuo de 0,11%.
Leia Também
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Eu desconfio que a baixa aprovação do governo Lula, pelo famigerado mercado, tem a ver com os resultados da arrecadação. Eles tem medo que o govêrno cumpra as metas estabelecidas e seus oráculos de mal agouro sejam desmascarados. Assim como para os EUA o da China é inaceitável, para eles, o governo Lula não pode dar certo.