Jornal GGN – O setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 71,7 bilhões em dezembro, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Ao longo do período, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional), os governos regionais e as empresas estatais apresentaram déficits primários de R$ 60,9 bilhões, R$ 9,8 bilhões e R$ 974 milhões. respectivamente.
Com a variação, o resultado primário acumulado ao longo de 2015 foi deficitário em R$ 111,2 bilhões, equivalente a 1,88% do PIB (Produto Interno Bruto), ante déficit de R$ 32,5 bilhões (0,57% do PIB) em 2014. Os governos estaduais registraram superávit primário de R$ 9,075 bilhões, e os municipais de R$ 609 milhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobrás, registraram déficit primário de R$ 4,278 bilhões em 2015.
O déficit primário é o pior da série histórica iniciada em 2001 e o segundo resultado anual negativo seguido. Em 2014, o déficit primário ficou em R$ 32,536 bilhões.
Os juros nominais, apropriados por competência, totalizaram R$ 52,1 bilhões em dezembro, comparativamente a R$23,5 bilhões em novembro. Os dados foram afetados pelo resultado desfavorável das operações de swap cambial no mês, ante um resultado favorável no mês anterior, e o maior número de dias úteis.
No ano, os juros nominais alcançaram R$ 501,8 bilhões (8,46% do PIB), elevando-se 2,99 pontos percentuais (p.p.) do PIB em relação ao ano anterior. Os dados foram afetados pelo resultado mais desfavorável das operações de swap cambial, relativamente ao ano anterior, e a elevação da taxa Selic e dos índices de preços, que servem como base para correção de parcela significativa do endividamento líquido.
O resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 123,8 bilhões em dezembro. No ano, o déficit nominal totalizou R$613 bilhões (10,34% do PIB), comparativamente a déficit de R$343,9 bilhões (ou 6,05% do PIB) em 2014.
O déficit nominal de dezembro foi financiado mediante expansões na dívida mobiliária, na dívida bancária líquida, nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária, e no financiamento externo líquido, que alcançaram valores respectivos de R$ 61,6 bilhões, R$ 49,1 bilhões, R$ 13 bilhões e R$ 137 milhões.
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