Até as próximas pesquisas, mesmo o potencial de Marina é obscuro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – No jogo de adivinhar o que vai acontecer com a campanha do PSB à presidência, algumas dúvidas surgem. Por exemplo: quantos dos candidatos a governos estaduais comprometidos com Eduardo Campos, sobretudo os não filiados ao PSB, tenderiam a apoiar Marina Silva? E que perspectiva a Rede Sustentabilidade, de Marina, ofereceria para o crescimento desejado do PSB? Até onde a Rede, fortalecida, prejudicaria as eleições pretendidas pelo PSB para o Congresso? Essas são algumas das questões que Janio de Freitas coloca em coluna publicada neste domingo (17).

Sem bola de cristal

Por Janio de Freitas, na Folha

Quantos dos candidatos a governador comprometidos com Eduardo tenderiam a apoiar de fato Marina?

São tantas as variações possíveis, entre a solução para substituir Eduardo Campos e os desdobramentos disso nos arranjos políticos e no eleitorado, que as muitas especulações a respeito não alcançam nem o mais leve sentido. Mesmo os negociadores e outros interessados diretos estão no escuro, à falta de indícios para orientar as decisões.

Só alguns exemplos, entre tantos disponíveis. Quantos dos candidatos a governos estaduais comprometidos com Eduardo, sobretudo os não filiados ao PSB, tenderiam a apoiar de fato a campanha de Marina Silva? Mesmo sem vitória, que perspectivas a Rede, de Marina, ofereceria para o crescimento desejado por seu hospedeiro PSB? Até onde a Rede, fortalecida, prejudicaria as eleições pretendidas pelo PSB para o Congresso?

Decisivo em muitos sentidos, até o potencial de Marina é obscuro. Quem adota como indicador o seu desempenho na disputa passada, imagina possibilidades otimistas para agora. Mas a decepcionante transferência de apoios para Eduardo Campos e a queda da própria Marina, nas últimas pesquisas em que recebeu sondagem individual, jogam mais do que interrogação sobre aquele otimismo.

Algumas respostas preliminares podem vir de pesquisas nos próximos dias. Mas o básico para percepção do novo quadro, como já se tinha na formação anterior de forças e tendências, precisará de mais tempo do que os donos de bola de cristal suportam. Os indícios aproveitáveis não virão deles, como sempre, até por estarem fazendo mais política e torcida do que outra coisa.

Previsto para depois de amanhã, o início do horário eleitoral é o que de mais claro se pode ter de imediato: é provável que logo dê ideia da musculatura com que cada campanha entre no jogo duro. Mas, nessa indicação, também um defeito comprometedor: o programa forçosamente improvisado do PSB, com ou sem Marina.

O MORDOMO

“Falha humana”, na explicação dos desastres aéreos, é como a culpa do mordomo. O comandante do voo de Eduardo Campos já está lançado na culpa hipotética por “desorientação espacial”, como publicado na Folha, pela Aeronáutica e pela Polícia Federal.

Desorientação do piloto gerou o fogo que moradores da área dizem ter visto no avião? Ou, antes de coletados os destroços todos do avião, a Aeronáutica e a Polícia Federal comprovaram que os testemunhos são inconfiáveis? E, ainda que não houvesse fogo, são inúmeras as possíveis causas da queda, não havendo mais do que a hipótese de leviandade para a atribuição barata de culpa do comandante.

O segredo que por lei encobre as investigações sobre desastres aéreos não tem cabimento, ouvi há pouco de pessoa muito autorizada a dizê-lo. No Brasil já houve desastres, na aviação comercial, decorrentes de repetidas falhas de manutenção e de instrução silenciados com óbvio benefício para a empresa.

O ATACANTE

Em carta à Folha, o assessor de imprensa Otávio Cabral diz que “a campanha de Aécio Neves” jamais associou uma eventual vitória de Eduardo Campos à socialização dos bens particulares, “como escreveu Janio de Freitas”. Acusa-me de informação “inverídica”.

Se lesse o artigo com mais atenção e menos má vontade, o assessor notaria que não me referi à campanha DE Aécio, ou seja, à campanha oficial do candidato. Meu texto mencionou “a campanha PRÓ-Aécio”, isto é, a que apoiadores de Aécio fazem por seu candidato na internet e onde mais queiram. O resultado seria o mesmo se o assessor lesse o “Panorama Político” do “Globo” ou desse uma olhada na internet.

Quanto à campanha DE Aécio Neves dizer que é “marcada pelo debate de ideias e soluções” e “sem espaço para ataques pessoais”, exige supor que também os demais leiam jornal e internet sem atenção. A premissa do próprio Aécio, de fácil comprovação em jornais, são ataques a Dilma Rousseff, com citação do nome, e à sua ação presidencial. O velho método de desqualificar o adversário, com que Eduardo Campos deu algumas espetadas em Aécio Neves.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

17 Comentários

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  1. O fator Marina Silva ainda é

    O fator Marina Silva ainda é uma incógnita, como um incógnita é a própria Marina que crava uma no ferro (da esquerda ambientalóide) e outra na ferradura (da direita financista).
    Parcelas significativas da esquerda não confiam na Marina, no seu ambientalismo tosco (que pode trazer problemas a nossa matriz energética principal – e consequentemente para na nossa economia) e muito menos nas suas ligações com capital financeiro (os grandes porta-vozes do diabólico neoliberalismo mundo afora). Por outro lado parcelas significativas da direita também não confiam na Marina, em especial os empresários do agronegócio (incomodados também com o seu ambientalismo tosco e radical, que pode atrapalhar seus negócios e interesses).
    Ambos os lados (esquerda e direita) também tem um pé atrás com as posições religiosas ultraconservadoras evangélica Marina. A esquerda católica teme um fundamentalismo religioso à direita. A direita liberal enxerga perigos nas liberdades individuais fruto de ultra-moralismo que pode promover, entre outras coisas, políticas homofóbicas, restritivas ao público homossexual/LGBT, ou de intolerância religiosa em relação a outras correntes religiosas fora ou dentro do cristianismo não protestante e neo-pentecostal.
    Enfim Marina candidata é um amontoado de contradições. E (no caso de eleita) um amontoado de incógnitas, que não indicam com segurança para que lado irá pender na política social e na economia. Afinal de contas, como ensina o próprio Evangelho em que ela crê e professa, não se pode servir a dois senhores (a Deus ou ao diabo). Há que se ter um posicionamento claro e objetivo sobre as questões que dizem direito à Nação. Pois tentar se equilibrar entre duas com certeza fará com que tropecemos nos nossos próprios pés ou as cordas se partam e nos espatifemos ao chão.

  2. O destino….

    Sou um leigo, um leitor que tenta formar o pensamento sobre o que acontece no Brasil atual, em termos de política. Apesar do meu pouco conhecimento lanço, algumas perguntas: 1) Até quarta-feira, a mídia tradicional empenhava-se ao máximo para desgatar Dilmar. Qualquer situaçao virava escândalo. O ideal era levar a eleiçao para o segundo turno com Dilma e Aécio. Agora, com Marina na parada, temos um horizonte de possível segundo turno entre Marina e Dilma. O destino aprontou “uma” pra essa mídia.2) O alvo passará a ser Marina e o PSB? Já que acertar Dilma pode conduzir os votos dela para Marina e azedar o lado de Aécio? Ou seja, sendo bem pragmático, deixemos a Dima em paz e bombardeemos a Marina?As próximas manchetes de Veja, JN, Folha e Estadão já estão a catar possíveis erros dela?Aposto que sim…Dilma deixou de ser o objetivo…Destino cruel…

    1. Não é destino, é manipulação, estratégia, orientação…

      Jamais essa imprensa que temos – Marinho, Frias, Mesquita – deixara o PT em paz. A imprensa brasileira faz oposição ao PT, qualquer candidato tenha ele. A forma como tentaram destruir (e conseguiram até certo ponto) José Dirceu ainda vai parar nas Escolas de Jonaslismo daqui a alguns anos. 

      Portanto, toda essa sublimação em torno da tragédia – essa real – da familia Campos, é mais uma tentativa de desestabilizar a campanha de Dilma Rousseff, nunca de outro candidato fora da coalizão com o PT. Marina agora serve, e se serve, eles a manterão. E o PIG esta tendando colocar Renata Campos como vice, apesar da Erundina ja ter manifestado que aceitaria… Mas para a catarse ficar completa, num pais de emotivos, seria perfeita a parceria Marina-viuva (com todo o respeito a dona Renata Campos).  

      Esse artigo, do Jânio de Freitas, é exceção. Saia agora e va ler de quê estão falando os jornais. Nos comentarios das noticias sobre a morte de Campos, deixam passar até aqueles que insidiosamente atribuem à Dilma o acidente com o avião. Eh um vale-tudo, e a intenção é levar Marina à presidência, dado a falta de ânimo da campanha aecista e os ultimos escândalos o envolvendo. Marina ganhando seria, pelo menos é o que pensam, presa facil. E quem sabe não venha até a renunciar, caso governar se tornasse impraticavel por falta de apoio? Acho que teriamos muitas turbulências com Marina na presidência.  

    2. DESTINO

      Entendo quando você fala que o destino aprontou “uma” para a mídia…Os “grandes” comentaristas políticos que já tinham fincado posição para essas eleições ainda estão tontos com a “saída” de Eduardo Campos da dispouta. Não sabem se  é melhor falar bem ou mal da Marina. Melhor para eles significa : o que prejudicaria mais a Dilma ? Quando chegarem a uma conclusão é por aí que eles irão. Eles preferem qualquer um, até o pastor Everaldo ou o Eymael , menos a reeleição de Dilma.

  3. Quando leio Janio me sinto

    Quando leio Janio me sinto Acalentada,ainda existe seres humanos serios que não troca a razão pelo Odio.

     

    Att

  4. boas perguntas…
    os donos da

    boas perguntas…

    os donos da bola de cristal querem manejar a visão do jogo leitoral.

    o mais correto é esperar mesmo no que vai dar…

  5. Nassif
    Gosto do Janio, mas só

    Nassif

    Gosto do Janio, mas só concordo com o: “até as proximas pesquisas”….

    Estão transformando o EC em martir para turbinar a Marina….

    É todo o PIG pensando nisto 24h por dia desde 4ª feira….

  6. Feliz a expressao: até o

    Feliz a expressao: até o potencial de Marina é obscuro. Porque tudo nela é obscuro. Ela é obscura. Agora mesmo acaba de declarar que sua ausencia naquele aviao era fruto de uma providencia divina. O pior, acho, é que ela acredita mesmo nisso, que a providencia divina resolveu aniquilar Campos e preservar Marina. Obscura é a declaração, obscuro é o pensamento que está por detrás dela. Tudo obscuro, menos seus claros e limpidos assessores econômicos, Gianetti e Lara Resende. Nesse campo, não tem nada obscuro.

  7. Nem adianta especular, a

    Nem adianta especular, a morte de Eduardo Campos deixou um

    emaranhado e tanto. Como sou eleitor de Dilma espero que  ela

    continue assim..do jeito que esta, quietinha ..discreta e mantendo

    a campanha. Os demais? Tenso !

     

  8. A Mulher de Preto

    Há alguns dias virou fenomeno nos EUA uma mulher que caminhava por estradas vestida de preto. Alguns motoristas fotografaram e filmaram a figura, e postaram as imagens nas redes sociais perguntando quem era e por quê ela andava à toa. As imagens geraram uma onda de comentários, sendo que os mais significativos foram aqueles em que pessoas transformaram a andarilha em “fonte de inspiração”, “uma santa”, “transformou minha vida”, etc. Posteriormente, a mulher em questão foi identificada como uma veterana de guerra, que entrara em surto e abandonara tudo para vagar a esmo. Fontes policiais pediram ao público que evitassem contatá-la e publicar novas imagens, enfatizando que, em tese, a mulher não representava perigo para si mesma ou para terceiros.
    O fato demonstra o quanto as pessoas necessitam de um ícone, de um herói, de algo que pareça preencher o vazio existencial que as acomete. Não há outra explicação para que se erija em “santa”, “fonte de inspiração”, fator de “mudança de vida”, uma pessoa de quem nada se sabe, sequer porque motivo anda pelas estradas. É preciso que o indivíduo esteja totalmente vazio para idolatrar uma miragem.
    Esse vazio existencial, esse desejo do místico, do imponderável, do sobrenatural, do “Messias” que nos vai salvar a todos, encontrou um símbolo agora no Brasil. Marina Silva, a antipolitica, a heterodoxa, a vestal das matas, a viuva do Chico Mendes e, agora, do Eduardo Campos, pode ser a próxima presidente do Brasil. Uma parcela significativa do eleitorado pode embarcar nessa onda e dar-lhe a vitória e mergulhar o Brasil em uma crise sem precedentes.
    Para quem acompanha política, é óbvio que a “fadinha sonhática” é contra tudo e contra todos. Com que quadros governaria?

    1. Boa comparação!

      Cara, retratou muito bem boa parte da psiquê coletiva de nossa sociedade. Carência, vazio e por isso necessidade vital de um ícone ou um santo para que não entrem em colapso…

      Também já vinha meditando sobre essas questões e vou ver se escrevo algo a respeito.

      Parabéns!

  9. Faça um exercício de

    Faça um exercício de imaginação. Imagine Marina na presidência. Imagine ela negociando com o congresso, governadores e prefeitos. Imagine ela tratando de questões polêmicas como aborto ou células tronco. Imagine ela enfrentando uma crise energética. Imagine ela criando programas de incentivo ao agronegócio. Imagine ela peitando o GreenPeace para garantir uma obra de infraestrutura importantíssima.

    Sua imaginação não consegue ir tão longe? Nem a minha.

  10. Até as próximas…

    É impressionante a maneira com que a velha e desacreditada mídia trata as possíveis consequências da morte do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, sobre as eleições do vindouro, 05 de outubro.

    Eduardo, como se sabe, lutava feito um titã na tentativa de firmar-se como um candidato viável no tabuleiro das opções, até então postas, à disputa ao cargo máximo do Poder Executivo Federal.

    Não havia, sequer, certeza de que conseguiria tal façanha, haja vista, que a menos de  dois meses do referido pleito, o percentual de intenção de votos a si atribuído, era de certa forma, pouco animador.

    Entretanto, repentinamente, após, a sua morte, eis que surge redivivo, um Eduardo capaz de realizar o “milagre” da transferência de votos e carisma, que nem o mesmo possuía, e tudo isso em favor da sua quase certa, substituta, à cabeça de chapa, Marina Silva.

    Há hipóteses e ensaios para todos os gostos, sendo que, em todos a ex-senadora aparece como “favorita”, ou como a mais beneficiada, num embate em que a realidade mostra que lhe faltam quase todos os trunfos necessários para que se credencie como artífice de tal proeza.

    Chega a ser ridículo, o comportamento de determinados “jornalistas”, ao expressarem aquilo que os mesmos desejam que ocorra mas que não se coadunam com a realidade dos fatos.

    A mais deplorável de todas as atitudes é a tentativa de criar e espargir a toda a população brasileira um clima de comoção de tal magnitude que a morte do Eduardo, por mais que se possa lamentar, não tem o condão de produzir.

    Porém, o mais surreal de tal tentativa seria transmutar esse suposto fenômeno de comoção nacional num oceano de votos em prol da “ambientalista” preferida do Itaú.

    Na tentativa de ver viabilizado um segundo turno, ainda duvidoso, engendram-se todos os modelos possíveis ou nem tanto, de cenários eleitorais em que a única prejudicada seria a atual ocupante do Palácio do Planalto e a única beneficiada seria Marina Silva, mesmo que para isso se necessário for, sacrifique-se a candidatura do até dia 12 de agosto pretérito, queridinho das tais elites econômico/midiática, o tucano-mor das alterosas, Aécio Neves.

    É tanto desejo exposto sob a forma de opinião, que só se pode chegar a uma única conclusão: tais expectativas transformar-se-ão, em breve em mais uma decepção dentre tantas outras já experimentadas pelos que têm trabalhado, diuturnamente, para ver concretizar-se a derrocada dos governos trabalhistas que tem prevalecido há quase doze anos e com ótimas chances de chegar aos dezesseis, no comando na Presidência da República.      

    Ao “jornalismo” desejoso faz-se importante um lembrete: por mais que se tente injetar doses extras de comoção e dramaticidade ao evento morte de Eduardo Campos, para obter frutos eleitoreiros, o mais provável de acontecer, é que tal episódio muito se haverá dissipado na memória do eleitorado até o dia da eleição.

    É de bom alvitre que se acautelem, pois, ao que parece, mais uma vez darão com os burros n’água!

  11. Apoiando Marina o PSB esta

    Apoiando Marina o PSB esta acabado e não apoiando tambem, o delirio de Eduardo Campos deixa essa herança maldita para os seus correligionários, o projeto do PSB estava umbilicalmente ligado ao falecido, foi seu voluntarismo e personalismo que carregaram o partido para essa aventura presidencial, com ele vivo certamente o partido perderia essa eleição mas teria criado as bases para um disputa mais forte em 2018, com sua morte o projeto vai com ele, transferir a candidatura para Marina é a pá de cal em qualquer pretenção futura de protagonismo, que imagino era o principal motivo do rompimento com a aliança governista, Marina ganhando ou perdendo não cabe no partido, aliás só entrou nele para não perder a chance de concorrer nessa eleição e ter seu recall diminuido para a próxima, o compromisso firmado é que o PSB seja uma incubadora para a Rede, e incubadora só é util enquanto os ovos não chocam e nesse caso são ovos de serpente, o melhor para o partido seria manter Marina como vice, mas aparentemente não é isso que vai acontecer, o partido vai mesmo de Marina que não pertence aos seus quadros, se ela mantiver um bom desempenho nas pesquisas as fragilidades da aliança vão ser momentaneamente esquecidas, se, ao contrário, ela patinar feridas não cicatrizadas serão abertas expelindo as contradições da louca estratégia do falecido candidato.

  12. IBOPE de abril de 2014.

    Quatro meses atás, no pré-Copa, foi feita uma pesquisa IBOPE.

    Marina foi testada pela última vez. Tinha 10% das itenções de voto na pesquisa IBOPE. Dilma tinha 37% – o de sempre – e Aécio ainda 14%. Os nulos/brancos eram 23% e indecisos 12%.

    Na pesquisa de agosto, os branco/nulo são 13% e indecisos estão com 11%. Uma queda significativa de 10% entre os nulos/brancos. Hoje os nulos/brancos mais indecisos chegam a 24% pelo IBOPE. Nas últimas eleições para Presidente – no primeiro turno – os brancos/nulos mais a abstenção foi de 25%. 

    É isso. E o que mudou tão substancialmente. A queda de 10% dos bancos/nulos e a perspectiva de um segundo turno nas pesquisas eleitorais.

    Mas essa perspectiva de segundo turno já estava desaparecendo pois nas vésperas do acidente de Eduardo Campos, Merval e Noblat estavam desanimados e já previam a vitória de DIlma. Não creio que Marina venha tirar votos de Dilma. A questão é agragar o suficiente para um segundo turno. Nisso Merval e outros colunistas se apegam. 

    Agora esquenta a campanha no rádio e TV. Com Dilma com o tempo dela para dizer o que fez e aumentar a aprovação dela. Garimpando para vencer no primeiro turno.

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