Com apoio de Lula, Haddad tem 32% de potencial de voto e disputaria vaga no 2º turno

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Ricardo Stuckert

Jornal GGN – Com o apoio de Lula, Fernando Haddad, como candidato do PT, tem 32% de potencial de voto na pesquisa FSB/BTG Pactual divulgada nesta segunda (10). Quando o eleitor não tem a informação sobre a benção do ex-presidente, Haddad tem 24% de potencial de voto.

O potencial de voto é a soma do “poderia votar” e “votaria com certeza”. A série de três pesquisas do BTG mostra que o desempenho de Haddad, com apoio de Lula, está estável. Na primeira sondagem, feita entre 25 e 26 e agosto, o ex-prefeito tinha 31%. Naquela semana, a rejeição (“não votaria de jeito nenhum”) era de 64%. Hoje, é de 63%, e 4% ainda não sabem responder.

Ungido por Lula, Haddad estaria mais próximo de enfrentar Jair Bolsonaro no segundo turno, mas teria de disputar a vaga principalmente com Ciro Gomes, que tem 36% de potencial de voto se a eleição fosse hoje.

O índice de Ciro é superior não só ao de Haddad sem Lula (24%) e com Lula (32%), mas também ao potencial de voto de Marina Silva (29%) e Geraldo Alckmin (30%). 

Na prática, se a eleição fosse hoje, o potencial de voto em Haddad, com apoio de Lula, estaria empatado na margem de erro com Alckmin, Marina e Ciro.

Mas, como o GGN mostrou neste post aqui, Haddad tem outra vantagem: ao contrário de Marina e Alckmin, o ex-prefeito petista tem crescido em potencial de votos, ganhando 6 pontos desde o início da série. Na contramão, Marina perdeu 10 pontos em potencial de voto (e ainda aumentou a rejeição em outros 10 pontos), e Alckmin só ganhou 1 ponto.

INTENÇÕES DE VOTO

Bolsonaro é o candidato que lidera a disputa eleitoral de 2018 sem a presença do ex-presidente, que está preso em Curitiba e teve o registro de candidatura negado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Bolsonaro tem na pesquisa realizada entre 8 e 9 de setembro – após o atentado à faca que praticamente o tirou da campanha de rua pelas próximas semanas – 30% das intenções de voto. 

O segundo lugar na pesquisa estimulada é Ciro Gomes, com 12%. Haddad, sem apoio de Lula, aparece com 8% das intenções de voto, em empate com Marina Silva e Geraldo Alckmin. O potencial de voto de Ciro é de 36%, acima do de Haddad sem Lula, que é de 24%. 

 

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. Pensando Brasil e não em candidatos

    Haddad é um excepcional (talvez o melhor) candidato para tempos de paz, sem anti-petismo patológico. Mas segundo pesquisas (ah, as pesquisas…), perderia para o cãodidato a ser derrotado pelo bem do Brasil num segundo turno.

    Ciro, Marina e Alckmin ganhariam. Portanto há um risco de quem ficou marcado, lamentavelmente, por ter perdido em 1o. turno para um Agripino (ah, a mídia e as urnas eletrônicas…).

    Ciro, embora não queridinho dos golpistas (e de muitos petistas), carrega seus próprios votos e não carrega o anti-petismo. Tem um programa que resgata o Brasil desse desvairado tucanismo executado por Temer e sua quadrilha. E pelas mesmas pesquisas, derrota Bôzo no segundo turno.

    O restante (Bôzo incluso) tem o mesmo programa para o Brasil: arrochar a sociedade para que a banca e empresários ganhem ainda mais. Um país para “negócios”. Algo assim como manter um feudalismo medieval moderno.

    Portanto, minha expectativa é que Lula e Haddad em algum momento útil antes da eleição, apoiem Ciro. Haddad ainda é novo e certamente poderá ter lugar no governo. Manuela volta para ser candidata pelo seu partido e/ou também poderá ter lugar no governo.

    Ou seja, não estou meramente preterindo Haddad por Ciro, estou pensando num jogo politico mais seguro para o Brasil não permitir que Bôzo possa governar este país, o que será a continuidade aumentada deste desastre que já vivemos.

    Bôzo não fede nem cheira para a casa grande como político. Na verdade até fede um pouco, por suas inconveniências e incontinências verborrágicas. Mas traz dois benefícios:

    1) Derrota o “petismo” e a chance de voltar a empoderar a sociedade.

    2) Coloca a economia nas mãos deles, via Guedes/Millenium

    Isso ainda sem considerar que as URNAS ELETRÔNICAS estão nas mãos deles, via judiciário aparelhado.

    Portanto, a menos que Haddad tenha uma mais que confortável liderança poós-Lula, entendo que transferir para Ciro, embora “doloroso” para muitos , seja um movimento menos arriscado.

    O que não pode é dar Bôzo.

    Afinal, precisamos parar de ser apenas um circo.

  2. a polarização dificulta futuro governo

    se ao menos tivesse se formado uma Frente Ampla Democrática,o risco seria bem menor.A insistência,noutro contexto,dos últimos anos,no despolitizante culto à personalidade,não traria um suposto governo Lula,nem do PT,estabilidade.Muito menos Bolsonaro.Muito menos ninguém.Talvez Ciro(disparado o melhor,descontando seu jeitão)ou Marina,pelo menos um clima de alguma paz,até mesmo pra renovação e reflexão de nossas esquerdas(há quem prefira separar lilás/róseo/vermelho/roxo,cada um com verdades absolutas).Mas a receita perdeu seu tempo.Ai,de nós todos.Democracia Radical é um conceito pra democratas republicanos(que há na direita civilizada,e na esquerda civilizada,modernizada).

     

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