Governo estuda comunicação para privatizar Eletrobras

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Depois de mirar a Previdência e recolher a proposta enquanto durar a intervenção militar no Rio, o governo Michel volta, de novo, seus recursos de comunicação para a privatização da Eletrobras. O governo estuda promover diversas ações para tratar o tema, entre elas a criação de uma campanha para falar diretamente com a população em defesa da proposta.
 
Segundo o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, uma reunião com coordenação da Secretaria-Geral, de Moreira Franco, foi somente inicial, sem definição sobre ações a serem adotadas. A Secretaria-Geral, como se sabe, coordena as ações de comunicação do governo.

 
Coelho Filho disse que já se falava sobre isso, mas os esforços estavam concentrados na reforma da Previdência. Agora, com a reforma suspensa por conta da intervenção militar no Rio, o governo acredita que a pauta vai andar dentro do Congresso. De acordo com ele, Moreira Franco concordou que agora seria importante e chamou a equipe, informando que na reunião foram apresentadas as peças de comunicação já usadas até o momento.
 
O governo encaminhou ao Congresso, no final de janeiro, o projeto de lei da privatização da Eletrobras, que responde por um terço da geração de energia. O tema enfrenta resistência da oposição e mesmo da base aliada. O ministro entende que há a necessidade também de ações de comunicações junto aos parlamentares defendendo o tema.
 
O ministro entende que a intervenção no Rio não atrapalhará o cronograma de votação da privatização da Eletrobras no Congresso. E a previsão do governo é que seja votada até o final de abril.
 
Para ele, a privatização da empresa é a principal pauta econômica do governo para 2018 e para seu ministério é a mais importante. Os planos para a Eletrobras são de que a participação do governo se torne minoritária por meio de operação de aumento de capital. A intenção foi anunciada em agosto do ano passado.
 
No dia 8 de fevereiro último, em meio a protestos dos trabalhadores, a assembleia virtual da Eletrobras aprovou a privatização das seis distribuidoras de energia: EletroAcre, Boa Vista Energia, Ceron (Rondônia), Amazonas Distribuidora de Energia, Cepisa (Piauí) e Ceal (Alagoas).
 
O governo estipulou, em novembro do ano passado, um valor simbólico de R$ 50 mil para cada uma delas e, na assembleia virtual, ficou decidido que a Eletrobras vai assumir as dívidas das empresas no valor de R$ 11,2 bilhões.
 
Além disso, foi definido que a Eletrobras arcará com os encargos de R$ 8,5 bilhões referentes aos aportes dos fundos setoriais de energia, referentes a créditos ou obrigações com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). Ou seja, a Eletrobras deverá assumir cerca de R$ 20 bilhões em passivos das distribuidoras.
 
Com Agência Brasil
 
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

1 Comentário

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  1. Com o apoio da mídia corrupta e apátrida, podem tudo .

    Depois da privadoação da Eletrobras os bandidos recomendarão ao povo comer merda .

    É possível que a GRoubo utilize um programa matinal para a criação de novos pratos utilizando merda (e os manifantoches lamberão os beiços) .

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