Jornal GGN – Em um final de tarde de abril, de 2008. A notícia tão aguardada: a agência classificadora de risco (rating) Standard & Poor’s qualificou o Brasil como grau de investimento, um lugar seguro para investidores apostarem. O país passara da categoria de especulação (BB+) para grau de investimento (BBB-); em novembro de 2011 subiu novamente então para BBB.
Seis anos após a primeira qualificação, a mesma agência rebaixou a nota do Brasil de BBB para BBB-, o que ainda configura grau de investimento, mas é o último patamar antes de descer para especulação.
Por que isso ainda é importante hoje e gerou grande alarde?
Uma agência de classificação de risco ou agência de rating é uma instituição especializada em analisar a capacidade que um país tem em honrar os pagamentos de sua divida. Ela traz uma posição independente do risco de crédito do país em análise e isso se torna um instrumento importante aos investidores na tomada de decisão.
As principais agências com as quais o governo brasileiro tem contrato são Fitch Ratings, Standard &Poor’s e Moody’s, sediadas nos Estados Unidos, privadas e remuneradas pelos agentes de mercado. Elas atribuem notas para as dívidas de curto e longo prazo e usam escalas representadas por letras que vão de “D” (mais baixa e maior risco) a “AAA” (baixo risco e grau de investimento). Algumas agências ainda acrescentam números ou sinais a estas letras, conforme tabela abaixo.
Qual o objetivo da nota?
Quando o país alcança grau de investimento significa que ele é seguro para investimento. O patamar BBB- significa que apesar do grau de investimento ele tem certo risco.
Quanto melhor o rating de um país ou ativo mais os agentes se sentirão seguros para investir pois estarão “certificados” de que aquele país honrará seus compromissos, é bom pagador de suas dívidas.
Mesmo o sistema de rating tendo suas deficiências, sobretudo após o desempenho delas antes da crise econômica de 2008, ele ainda influencia o mercado.
O que levou esta agência a qualificar o Brasil como menos seguro para investimento?
A agência justificou sua ação alegando três pontos:
· Conduta da política fiscal em ano eleitoral: aumento de gasto. A dívida pública brasileira está em 33,7% do PIB.
· Enfraquecimento das contas externas brasileiras: o déficit em transações correntes está num patamar de 3,69%% do PIB.
· Baixo crescimento da economia: a perspectiva é de que a economia crescerá 2% em 2014.
Segundo a agência estes fatores enfraqueceram a credibilidade do governo.
Entretanto, para o cidadão comum este anúncio não impacta em nada. Até o mercado recebeu com tranquilidade a noticia. A bolsa tem tido uma boa recuperação mesmo após o anúncio e o dólar continua em trajetória de queda.
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Minha pergunta é outra: Como
Minha pergunta é outra: Como o artigo acima muda qualquer coisa? Me senti um perfeito idiota perdendo meu tempo lendo isoo!
Tive o mesmo sentimento,
Tive o mesmo sentimento, Ricardo. Haja criatividade da autora do post!!!
Descrédito
A grande midia brasileira (que hoje como me disse uma pessoa, que conheci durante uma viagem no metrô pualistano, é inteiramente corrupta) está a serviço do sistema financeiro, das transnacionais e dos interesses geopolíticos dos EUA e por essa razão dá tanta importância a essas agências classificadoras de risco. Vejamos alguns exemplos que confirmam isto: 1) poucos dias antes da ENRON quebrar, elas avaliaram positivamente os títulos desta empresa, o que levou muitos pequenos investidores a comprarem títulos desta empresa e, logo depois, perderem todo seu dinheiro.
2) alguns dias antes do Lehmann Brothers (2008) quebrar afirmaram a boa situação financeira do banco.
3) atribuem nota AAA para a França, cuja dívida pública está em torno de 94% ( a do Brasil em cerca de 33%).
4) atribuem AAA para os EUA, cuja dívida (mais de US$ 15 trilhões) supera 100% do PIB do país, e todo mundo sabe que é impagável, bastando que a China despeje no mercado internacional 50% de suas reservas em dólar para que esta moeda desabe e a estrutura financeira dos EUA se arruine.
Em outras palavras essas empresas merecem DESCRÉDITO!
Qual influência?
O rebaixamento da nota teve exatamente o mesmo impacto na minha vida que o levantamento da mesma: nenhum.
Mas me lembro bem do fator “antena parabólica”…
Nassif
Tive a impressão de
Nassif
Tive a impressão de estar vendo a Mirian Leitão…
99% da população não tem a menor ideia do que é isso…..
padrao&pobreza’s
minas e manos,
bolsas de valores, agencias de rating sao nitidamente lugares de especulacao e boatos. especulacao e boatos sao lancados sempre com propositos definidos. bem, agora no brazil estamos as vesperas de uma eleicao de um pais que controla uma das maiores companhias petroliferas do mundo. especulacao e boatos sao lancados sempre com propositos definidos. preciso desenhar?