Levantamento aponta saldo positivo na economia do Brasil pós-Copa

Jornal GGN – O governo federal terá até o dia 1o. de agosto de 2016 para apresentar ao Congresso Nacional a prestação de contas referentes à Copa das Confederações e Copa do Mundo, em especial o valor correspondente à renúncia fiscal total concedida às empresas e pessoas físicas que atuaram no evento esportivo, a arrecadação do país, geração de empregos e custo total das obras. A obrigação está prevista no capítulo 29 da Lei 12.350 de 2010 (Recopa), editada pelo ex-presidente Lula.

Apesar disso, um levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pela Ernst & Young , empresa que atua na área de auditorias, finanças e contabilidade, demonstra de antemão um possível saldo positivo na economia do país após realização do evento. No documento chamado “Brasil sustentável: Impactos socioeconômicos da Copa do Mundo de 2014”, as duas entidades calculam que o país deve movimentar R$ 142,39 bilhões até 2014, já levando em conta o período a partir de 2010.

No mesmo período, a estimativa é de geração de 3,63 milhões de empregos a cada ano e R$ 63,48 bilhões de renda para a população – fatores que, de acordo com a FGV e a Ernst & Young, vão impactar o mercado de consumo interno.

As despesas do país calculadas pelo levantamento são muito menores em relação às estimativas dos chamados “impactos consolidados”. Em termos de investimentos, foram realizados R$ 22,46 bilhões; as despesas operacionais somam R$ 1,18 bilhão, enquanto as despesas com visitantes de outros países não ultrapassam R$ 5,94 bilhões.

Arrecadação adicional

O levantamento aponta ainda a arrecadação tributária adicional de R$ 18,13 bilhões aos cofres de municípios, Estados e Federação, além de calcular o impacto , até 2014, de R$ 64,5 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB), diretamente relacionados com a realização da Copa do Mundo no no país. O montante adicional corresponde, segundo a FGV e Ernst & Young, a 2,17% do valor do PIB de 2010, que chegou a R$ 2,9 trilhões.

O documento traz ainda uma lista de setores mais beneficiados com os investimentos feitos pela e para a realização da Copa das Confederações e Copa do Mundo. Construção civil, alimentos e bebidas, infraestrutura (abastecimento de água, energia, limpeza urbana e esgotamento sanitário), turismo e hotelaria, serviços de informação e prestação de serviços estão entre as áreas destacadas como sendo as maiores impactadas, segundo o levantamento.

‘Efeito dominó’

As estimativas calculadas pela FGV e Ernst & Young também revelam o que o documento chama de “efeito dominó” na economia, por meio impactos “diretos e indiretos”. Entre os impactos indiretos, o levantamento aponta ao menos quatro vertentes – investimentos, operação do evento, consumo dos visitantes e efeito-renda.

Todos eles, segundo as duas entidades responsáveis pelas estimativas, ligadas de forma paralela à realização do evento esportivo. No caso do “efeito-renda”, o documento justifica que a remuneração dos trabalhadores nas obras de infraestrutura resultam em maior poder de aquisição por parte das famílias, ampliando, por sua vez na cadeia de bens e serviços.

Já os impactos diretos estão relacionados às obras propriamente ditas, como as arenas, projetos de mobilidade urbana, readequação do parque hoteleiro, investimentos em mídia e publicidade, tecnologia da informação, reurbanização de cidades e investimentos em segurança pública.

Redação

1 Comentário

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  1. Copa do Mundo no Brasil

    Será que o pessoal do “grandioso jornalismo esportivo brasileiro” vai dar tanta publicidade a este estudo feito com rigor técnico e isenção científica, quanto deram para as opiniões pessoais e sem embasamento que vemos repetidas nos programas de esportes de TODAS A EMISSORAS BRASILEIRAS desde que fomos escolhidos para fazer a copa do mundo de 2014?? 
    Quem arriscar responder “sim” deve estar noutro país. Por aqui a imprensa e seus âncoras, levianamente, falam para emitir o pensamento das grandes empresas de mídia, sem qualquer compromisso com a verdade. O importante é pregar a descrença e atacar todas as iniciativas do governo. Como quem trouxe a copa foi o Lula e quem vai realizá-la será a Dilma temos que meter o pau na copa e fazê-la gorar, mesmo que o país corra o risco de perder com isso. A única ameaça à rentabilidade comprovada que advirá da Copa do Mundo é a diminuição do fluxo de turistas que poderá ocorrer por conta dessas manifestações contra a Copa, que acontecem muito pelo equívoco a que foi induzido grande parte da população com a cantilena de Jucas Kfuros e outros aparentemente “sérios” jornalistas esportivos.

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