Explicando a mobilidade sustentável

Por Alberto Cordiviola

Em 1975, Sachs desenvolveu a idéia do “eco desenvolvimento” à qual se opôs Henry Kissinger (”meu velho amigo”, segundo FHC), cunhando o termo de “desenvolvimento sustentável”. O primeiro termo propõe o desenvolvimento das condições ecológicas e é filho da idéia de crescimento zero. O segundo implica na irracionalidade do lucro crescente com “sustentabilidade”, que não é muito mais do que poder continuar a ter lucro crescente no futuro.

De lá pra cá, muitas boas intenções adotaram o adjetivo e passaram a achar que ele significa alguma coisa de melhoria ambiental. Não significa. Significa um marketing empresarial com algumas despesas de “reciclagem” “plantios de árvores” ou mesmo “áreas verdes para grandes investimentos imobiliários”.

Para a “mobilidade sustentável” propomos, seguindo Sachs, o “eco-desenvolvimento urbano”; ou seja: as melhorias ambientais da sociedade urbana como um todo. E isto, em termos de transporte, implica em crescentes restrições ao uso do automóvel particular (aumento do combustível – 2x; 3x; 4x – restrições de uso, pedagio urbano, etc, etc) e, é claro, investimento na mobilidade coletiva; nas cidades atuais, o transporte deve ser visto como a saúde, a educação, a segurança; isto é: obrigações do Estado para com o cidadão.

Quem tem emprego recebe ajuda de transporte, mas há uma parcela significativa da sociedade produtiva que trabalha por conta própria, os “autônomos” ou biscateiros. Para esta população o transporte é muito, mas muito caro. Minhas viagens cotidianas são inferiores a 10 Km (moro em Salvador, em bairro relativamente central) e gasto menos de combustível do que uma passagem de ônibus! Pago menos de transporte do que a população que viaja de ônibus! E lá vou eu passeando uma tonelada de ferro para transportar meus 80 kilos!

Por Gustavo Cherubine

Oi Nassif, estamos discutindo esse tema no GT de Meio Ambiente e Mobilidade Urbana do Movimento Nossa São Paulo.

Acessem recente tese defendida na FAU-USP: clique aqui.

E segue, ainda sobre a tese da Malatesta, um pequeno texto extraído de um bom blog sobre ciclismo.

Não deixem de ver as homenagens a ciclista que morreu atropelada ontem na Avenida Paulista.

Abraços, Gustavo Cherubine.

http://apocalipsemotorizado.net/

co2zero-carol2

arte: carol makimoto

Maria Ermelina Malatesta pesquisa e trabalha com a forma mais elementar de locomoção humana: andar a pé. Em sua tese de mestrado, “Andar a pé: um modo de transporte para a cidade de São Paulo”, Meli analisa as condições de deslocamento da grande maioria da população paulistana. Afinal, “somos todos pedestres” (mesmo aqueles que andam apenas da porta do carro até a porta de casa).

A tese de Meli pode ser baixada no disco virtual. O trabalho inspirou ainda uma matéria na última edição da revista Bons Fluidos, que pode ser lida aqui.

Segue abaixo um pequeno e contundente excerto do trabalho:

“Apesar de serem preteridos em seus direitos e de não serem atendidos, não cobram, não reclamam pois, mesmo maioria, não são uma categoria articulada para exigir melhoria nas suas básicas condições de caminhada.

É inaceitável a visão dessa grande maioria silenciosa sendo atropelada por soluções de divisão espaço-tempo que minimamente atendem as suas necessidades, tornando-se vítimas da luta cotidiana contra os atrasos a que são submetidas ao exercer seu básico direito de caminhar. É assustadora a constatação que esta situação de desequilíbrio do ambiente urbano, comprometa vidas e futuros em favor da garantia de predomínio dos modos que previlegiam principalmente minorias sociais dependentes do automóvel.”

Luis Nassif

18 Comentários

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  1. Alberto, sou usuário de
    Alberto, sou usuário de transporte coletivo em Belém do Pará, a maior cidade da região mais pobre do Brasil, e que apesar disso possui uma relação automóveis por habitante grande demais, desproporcional, aliada a uma frota de onibus que em número pode até ser suficiente, mas não tem uma distribuição adequada, resultando em áreas com excesso de oferta e outras que sequer são atendidas.

    Concordo com o nível de importância que o Estado deve ter com relação ao transporte, mas não sei até que ponto as pessoas, o cidadão, está disposto a deixar a sua tonelada de ferro em casa, ou mesmo deixar de ter uma, para dividir o espaço com outros 80 Kg, em onibus e trens urbanos.

    Há ainda uma questão de natureza econômica que intriga o meu conhecimento de curioso de economia com relação ao transporte público: A demanda é enorme! O que em princípio deveria abrir os olhos de empresários competentes. Mas o que vemos é uma parca oferta do serviço, em os exemplos desalentadores estão espalhados pela maioria das cidades de médio e grande porte, com o sistema sendo gerido por grupos que parecem acreditar no capitalismo do sec XIX.

  2. “nas cidades atuais, o
    “nas cidades atuais, o transporte deve ser visto como a saúde, a educação, a segurança; isto é: obrigações do Estado para com o cidadão”: e quando os bancos sabotam o pais ate quando duram essas “obrigacoes”?

    Nao duram. O Brasil esta acordando de um pesadelo de 30 anos aonde o governo terminantemente se recusou a cumprir **qualquer** obrigacao com a sociedade. Conte as pra ver: transporte, justica, saude, seguranca, educ… vai por ai…

    Eh EVIDENTE que ir de aviao pra Florida leva poucas horas de 250 dolares enquanto ir de trem eh o mesmo preco em 23 horas e de carro eh carissimo e leva dois dias.

    Dinheiro eh sistema de permissoes. Quando ele falha resta um pais que nao tem estrada porque nao tem permissoes suficiente de construcao; nao por falta de material, mas por falta de organizacao das permissoes.

    O sistema tem mais parasitas do que beneficiarios, e embora quem seja acusado de estar parasitando o governo seja sempre os pobres, os parasitas estao dentro do sistema, nao fora.

    Eh evidente que o transporte publico pode ser melhorado -e nao vai ser com construcao de 30 anos de metro que vai melhorar! Mas na hora de pagar o pato, quem vai pra frente com infraestrutura eh pais rico por causa dos parasitas dos paises pobres, em sua maioria todos amicissimos de banqueiros e politicos. O Brasil eh seguidor.

  3. “A typical recent-year
    “A typical recent-year production car gets about 28 EPA adjusted mpg, or 8.4 liters of fuel per 100 km, on level city streets. (To convert between miles per U.S. gallon [mpg] and L/100 km, divide 235.2 by the other.) Where does the energy in that fuel go? About 85–87% is lost as heat and noise in the powertrain—engine, pollution controls, the mechanical drivetrain transmitting torque to the wheels—or in idling at 0 mpg (which wastes 17%). Only ~17% reaches the wheels in EPA testing, or ~12–13% in actual driving using accessories; ~6% accelerates the car. Since ~95% of the mass moved by that ~12–13% of the fuel energy is the car, not the driver, the car uses less than 1% of its fuel to move the driver—not a very gratifying outcome from a century of devoted engineering effort.” (Winning the Oil Endgame, p. 46) Disponível para download no sítio http://www.oilendgame.com/

  4. A respeito da mobilidade
    A respeito da mobilidade sustentavel eu queria saber como anda a promessa do Serra de transformar a CPTM num metro de superficie? Mas claro, ninguem precisa responder. Todos sabemos a resposta.

    Em relacao ao topico em si, acho que algumas coisas estao sendo esquecidas:
    1- a adequacao aos deficientes e levada em conta?
    2- ninguem fala em colocar cronometro no semaforo, algo essencial
    3- muito menos em sincronizar os semaforos pra evitar o “stop and go”.
    4- sobre o transporte publico: quando vao obrigar os onibus a serem menos poluentes e a nao serem construidos sobre a carroceria de caminhoes? E duro entrar neles se vc tem problemas de mobilidade.
    5- eu gosto muito da ideia do monotrilho, mas alguem esta considerando a desvalorizacao dos imoveis ao redor?
    6- no resto do mundo os metros me parecem menos profundos que o de Sao Paulo. Um metro mais proximo da superficie diminuiria o custo de construcao?
    7- E aqueles carrinhos pequenos, pra duas pessoas. Vale a pena serem adotados em larga escala nas metropoles?
    8- Fala-se muito em areas verdes, mas ninguem lembra de umacoisa: arvores inadequadas ao longo das calcadas prejudica o deslocamento de dia e a ilumacao a noite.
    9- E o trabalho a distancia, vale a pena?
    10- E minha ultima duvida. Quando vai a NY, o Sachs anda de SUV ou usa aquela porcaria que os nova-iorquinos chamam de metro?

  5. Oi Nassif, estamos discutindo
    Oi Nassif, estamos discutindo esse tema no GT de Meio Ambiente e Mobilidade Urbana do Movimento Nossa São Paulo.

    Acessem recente tese defendida na FAU-USP:

    http://www.4shared.com/file/80149195/61a186de/andar_a_pe_-_meli_malatesta.html?s=1

    E segue, ainda sobre a tese da Malatesta, um pequeno texto extraído de um bom blog sobre ciclismo.

    Não deixem de ver as homenagens a ciclista que morreu atropelada ontem na Avenida Paulista.

    Abraços, Gustavo Cherubine.

    http://apocalipsemotorizado.net/

    co2zero-carol2

    arte: carol makimoto

    Maria Ermelina Malatesta pesquisa e trabalha com a forma mais elementar de locomoção humana: andar a pé. Em sua tese de mestrado, “Andar a pé: um modo de transporte para a cidade de São Paulo”, Meli analisa as condições de deslocamento da grande maioria da população paulistana. Afinal, “somos todos pedestres” (mesmo aqueles que andam apenas da porta do carro até a porta de casa).

    A tese de Meli pode ser baixada no disco virtual. O trabalho inspirou ainda uma matéria na última edição da revista Bons Fluidos, que pode ser lida aqui.

    Segue abaixo um pequeno e contundente excerto do trabalho:

    “Apesar de serem preteridos em seus direitos e de não serem atendidos, não cobram, não reclamam pois, mesmo maioria, não são uma categoria articulada para exigir melhoria nas suas básicas condições de caminhada.

    É inaceitável a visão dessa grande maioria silenciosa sendo atropelada por soluções de divisão espaço-tempo que minimamente atendem as suas necessidades, tornando-se vítimas da luta cotidiana contra os atrasos a que são submetidas ao exercer seu básico direito de caminhar. É assustadora a constatação que esta situação de desequilíbrio do ambiente urbano, comprometa vidas e futuros em favor da garantia de predomínio dos modos que previlegiam principalmente minorias sociais dependentes do automóvel.”
    Por luddista | Postado em cidades (im)possíveis, pedestres e cadeirantes | Tags:pedestre | Comentários (0)

  6. Nassif, as homenagens à
    Nassif, as homenagens à ciclista que morreu ontem.

    Gustavo Cherubine.

    http://apocalipsemotorizado.net/

    Ciclista Márcia, presente!
    15/01/2009 – 2h07

    luto

    marcia

    (foto: Canna)

    *

    Márcia Regina de Andrade Prado

    vítima da estupidez motorizada

    – 17/11/1968 – 14/01/2009 +

    *

    Luto pela morte de ciclista – 1
    Luto pela morte de ciclista – 2
    O motor venceu
    Sempre Márcia
    Sua pressa vale uma vida?
    Vivemos a guarra, aqui na cidade
    Fique em paz, Márcia
    Márcia será sempre a nossa primeira dama
    Guerreira do asfalto
    Vida de ciclista
    Cicloativistas paraenses realizam Bicicletada Márcia Prado, contra a violência no trânsito
    Márcia Regina de Andrade Prado
    Chega de sociedade do automóvel
    Não esqueceremos

    *

    Homenagem à ciclista Márcia Prado:

    QUINTA (15/01), às 18h, na Praça d@ Ciclista

    *

    Bicicletada da Memória: Márcia Prado

    SEXTA (16/01), às 18h, na Praça d@ Ciclista
    Por luddista | Postado em articulações, bicicletas, cidades (im)possíveis, massa crítica | Comentários (10)

  7. Em relacao ao ato de
    Em relacao ao ato de caminhar, ha limites pra isto em Sao Paulo. Durante uma semana, eu levanta de manha e ia da USP ao hospital sao Paulo a pe. Ia e voltava a tardinha. Fiquei em forma. Mas foi so uma semana. E muito dificil falar pra populacao andar deste tanto. O pior de tudo e a poluicao.

    Sobre as bikes. Eu gostava muito de andar de bike de uma cidade a outra quando menino. Andava uns 80-100 Km sem problemas. Mas convenhamos, se o tempo e limitado nao da, ne?

    O melhor mesmo, a curto prazo, e transformar o canteiro central das principais avenidas em corredores de onibus. Estes teriam de ser biarticulados. E os demais onibus iriam conduzir as pessoas do bairro ate a grande avenida mais proxima.

  8. Acho que você vai gostar de
    Acho que você vai gostar de ver um vídeo – curto – a respeito de bicicletas em Utrecht (Holanda), a “Poços de Caldas” desse seu leitor: http://www.youtube.com/watch?v=NbcgxIA-vVw

    Quanto a representatividade dos valores mensurados pelo PIB, vale citar Hazel Henderson no Le Monde Diplomatique ( http://diplo.uol.com.br/2007-12,a2026 ):

    “Como o PIB inclui apenas a produção medida em dinheiro, os indicadores nacionais ignoram muitos dos custos sociais e ambientais do processo produtivo – assim como fazem as corporações. Os manuais de economia referem-se a tais custos, impostos à sociedade e às gerações futuras, como externalidades. Significa que poderiam ser omitidas ou deixadas de lado nos balanços de uma companhia e, conseqüentemente, também no PIB. (…)

    De acordo com manuais de economia, o PIB ainda estabelece como nulo o valor de bens ecológicos vitais, como ar limpo, água e biodiversidade; ou o de seres humanos saudáveis; ou o do trabalho não-remunerado (educação das crianças, manutenção do lar, cuidados com doentes e idosos, serviço voluntário etc). Tais valores devem corresponder a cerca de 50% de toda a produção, mesmo em sociedades industrializadas.”

  9. Nassif, nesse curto tempo que
    Nassif, nesse curto tempo que tenho, pergunto sobre o planejamento urbano, para evitar problemas com transporte e densidade demográfica excessiva, na cidade de SP.
    Digo o que ví acontecer em Copacabana-RJ, de meio século para cá e acompanho o mesmo acontecimento nos últimos vinte anos, no bairro da Aclimação-SP , quando alí vou uma ou duas vezes por mês.
    Casas e mais casas sendo substituídas por prédios de dez ou mais andares, cada um com até quatro apartamentos.
    Imagine o aumento populacional e de automóveis na região.
    Não acredito que haja um estudo sério da prefeitura, sobre esse impacto na região. (talvez haja sim, sobre alvarás, outrs licenças e IPTU). Sdc.
    Depois, vem as consequências.Sdc

  10. Nassif, sobre o “amigo de
    Nassif, sobre o “amigo de FHC”, H. Kissinger, lembro de uma citação atribuída a ele quando era Secretário de Estado, e os EUA estava sendo invadido pela indústria japonesa, em que dizia ” a economia americana não suportará o surgimento de um novo Japão no Cone Sul “, referindo-se ao Brasil, que despontava, por conta de Itaipú, Angra I e II (participação alemã) e outros “milagres econômicos” da época.
    DE lá para cá, eles começaram a “ajudar e participar” mais das decisões dos governos.
    Acho que fizeram um bom trabalho. Aquí estamos. Sdc

  11. Sou professor da disciplina
    Sou professor da disciplina Geografia dos Transportes na UFPel (Pelotas). Solicito contribuições que possam ser úteis nas minhas aulas. Ministro a disciplina para cerca 60 alunos por ano e acho que um trabalho deste tipo é importante para espraiar o debate sobre estas questões. Meu e-mail é [email protected]

  12. Ontem saiu em manchete nos
    Ontem saiu em manchete nos jornalões de São Paulo que uma ciclista foi morta por um ônibus na Paulista..
    Ciclista também é gente, o trânsito de São Paulo é assassino, os motoristas de São Paulo são assassinos, maleducados e totalmente estrssados.
    Mas quantos pedestres são assassinados por dia em São Paulo?
    Os ciclisrtas tem sua organização, parabéns para eles.
    E os pedestres, que não somos todos nós, mas principalmente os que não usam o automóvel. É uma balela essa coisa de que “Pedestres somos topdos nós”. Eles não são pedestres nem ciclistas, saem de uma garagem para entrar em outra. Se não fosse dar problema atropelariam um pedestre ou ciclista por dia.

  13. Ontem saiu em manchete nos
    Ontem saiu em manchete nos jornalões de São Paulo que uma ciclista foi morta por um ônibus na Paulista..
    Ciclista também é gente, o trânsito de São Paulo é assassino, os motoristas de São Paulo são assassinos, maleducados e totalmente estressados.
    Mas quantos pedestres são assassinados por dia em São Paulo?
    Os ciclistas tem sua organização, parabéns para eles, é a única comunidade organizada que contesta os Estilingões, Rodoanéis, pontes, vias expressas e viadutos do estado e prefeitura.
    E os pedestres, que não somos todos nós, mas principalmente os que não usam o automóvel?
    É uma balela essa coisa de que “Pedestres somos topdos nós”.
    Eles não são pedestres nem ciclistas, saem de uma garagem para entrar em outra. Se não fosse dar problema atropelariam um pedestre ou ciclista por dia.

  14. jcslopez, em relação ao teu
    jcslopez, em relação ao teu comentário sobre a densidade demográfica, discordo do teu ponto de vista. No meu entendimento, a densidade urbana contribui ao aumento no uso dos transportes públicos (à condição de que estes existam, claro!!). Explico: um sistema de transporte (metrô, ônibus ou bonde – tão em voga na Europa) atinge um certo grau de eficiôencia a partir de uma densidade populacional mínima. O metrô serve mais para áreas densas, enquanto mesmo o ônibus não é eficaz em zonas residenciais de casas, pois a densidade por habitantes – por consequência por usuários – é muito baixa. Nessas áreas, o carro sempre vai ser mais vantajoso ao morador do que o transporte público (o exemplo típico seria os bairros residenciais americanos, ou Alphaville em São Paulo, cheio de casarões…). Então, a solução para um transporte público eficaz passa por uma densidade urbana importante.
    Há outras vantagens de se ter uma maior densidade, como a melhor utilização das infraestruturas e um menor impacto ambiental, mas isso é assunto pra outro tópico…

  15. Nei, meu amigo

    Entendo sua
    Nei, meu amigo

    Entendo sua posição radical, mas, a rigor, todos nós, em algum momento, somos pedestres. Alguns, nem que seja quando caminham pela Oscar Freire, esse pedaço de Europa encravado em SP, mas onde os motoristas são menos respeitosos com os pedestres do que os motoristas de qualquer periferia.

    E por falar em SP, vem pra essas bandas pra gente passear a pé.

    🙂

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