A cidade fantasma de Angola

Por A.Alvaro Guedes

Do Le Monde

Uma cidade fantasma construída pela China no coração de Angola 

Cidade Nova Kilamba é uma cidade nova, feita de edifícios brilhantemente coloridos e imaculados, construídas em menos de três anos a trinta quilómetros de Luanda, capital de Angola. Cidade Nova Kilamba está quase vazio, uma cidade fantasma construída por uma empresa estatal chinês – China International Trust and Investment Corporation (CITIC) – para uma gritante $ 3,5 bilhões. Onde estão as 500.000 pessoas que podem acomodar este complexo urbano refletindo tanto em torno da capital angolana?

Um repórter da BCC visitou a Nova Cidade Kilamba, descrevendo um lugar “surpreendentemente silencioso, as vozes saltando fora das paredes de concreto fresco e estradas vazias. Não há praticamente nenhum automóvel e ainda menos pessoas. Apenas Dezenas de linhas de apartamentos coloridos é infinitamente repetido, as janelas fechadas e varandas vazias. Depois de dirigir em torno de quinze minutos, não vimos nada, exceto os trabalhadores chineses, muitos dos quais viviam em pré-fabricados ao redor do local “.

A cidade, um novo deserto, é o trabalho do estado chinês que tem sido prestado, como é frequentemente o caso na África, com prioridade de acesso aos recursos naturais; de óleo no caso do Angola. Tecnicamente, o gigantesco projeto foi amortecido pelo governo angolano. O problema é que ninguém vem. Dos 2.800 apartamentos disponíveis em 750 edifícios de oito andares, apenas 220 foram vendidos. As dez escolas do complexo, apenas um punhado funcionam.

O projeto é defendido com unhas e dentes pelo governo do Presidente José Eduardo dos Santos, que antes do início de seu mandato prometeu construir um milhão de casas em quatro anos. O problema atual é que as residências da Cidade Nova Kilamba – cujos preços variam entre 120.000 e 200.000 dólares – são inacessíveis para a grande maioria da população, dois terços dos quais vivem com menos de 2 dólares por dia, de acordo com As estimativas das organizações internacionais.

“Simplesmente não há classe média em Angola, só os muito pobres e muito ricos. E assim não há ninguém para comprar este tipo de habitação”, explica Elias Isaac, membro da Open Society Iniciativa da África Austral (OSISA), citado pela BBC. O governo de Angola promete facilitar o crédito à habitação, e constituem um elemento de habitação social no parque habitacional. Os críticos dizem que ele quer sobretudo  concorrer para a eleição presidencial em 31 de agosto de 2012.

China ajudou a construir esta cidade fantasma, porque na realidade é que quer os recursos de propriedade de Angola. Bem-vindo a um mundo feito pela China para a posse dos recursos petrolíferos.

Fonte:http://bigbrowser.blog.lemonde.fr/

Cidade chinesa

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Luis Nassif

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